25.6.08

O Velho Pai

Este ano a coisa começou pela manhã...
Não foi a bela aprendiz, que veio das Minas,
A primeira à dar os “parabéns”
E sim o velho pai, que sempre está aqui...


Ah! Sim... a presença é indispensável
Porque sua disposição é incomparável.
Anda pra cima e para baixo,
Sempre animado e sorrindo...


O dia começou com o bicar das corujas na janela (quase 100)
Que vieram de todas as partes,
Trazendo mensagens
Daqueles que andam dispersos pelo mundo...


A Fada dos Olhos fez diferente: materializou sua voz
Com a bela saudação logo cedo,
Enquanto outros aguardavam
Para comemorar com um delicioso café da manhã...


E o dia foi passando...
À noite, um jantar reunido com os seus...
Ainda veio a Bailarina que trouxe doces
E a Estrela de Saturno que veio de muito longe...


E assim foi o aniversário...
O velho pai esteve lá, claro!
O Mago da Luz falou das saudades, aquele "Pexe" materializou sua voz também...
E o (K)Clown (junto com a Garotinha), deixou uma bela mensagem:


“- Dizia o velho mestre que um Mago jamais envelhece!
Então porque os anos passam para ele?
Para que possam, os aprendizes, aprender vagarosamente os seus valiosos ensinamentos!”


Mago Merlin... mais uma era começando... agradeceu a todos, um por um... aquele que sempre estará aqui (assim como o velho pai)!

20.6.08

Últimos Dias

Confesso que a visão sempre causa bons efeitos...
Vi a Lua cheia na estrada quando desci a serra a caminho do mar...
Surgiu no meio de nuvens de chuva, iluminando aquela antiga trilha,
Da mesma forma como surgiu nesses dias, no meio da cidade de pedra.


Os últimos dias antes, novamente, do recomeço...
As coisas estranhas aconteceram (e se superaram, se lembrar dos anos anteriores),
Mas agora um pensamento bom me passa pela cabeça...
Uma mistura do que já vi e do que um dia verei de novo.

A cena: início do dia... uma névoa fria envolve toda a montanha...
As crianças e seus casacos azuis, com gorros
Para proteger do frio,
Caminham na direção da escola.

As flores vermelhas contrastam, em meio à névoa,
E brilham, devido ao orvalho, com os primeiros raios de sol
De uma manhã de outono, quase inverno,

Onde tudo é silêncio, por um breve intervalo de tempo...

Dizem que no outono não existem flores,
Mas na montanha tudo é diferente...
Assim como naquele lugar que a imaginação criou,
Onde, um dia, tudo também será diferente.

Fim de tarde... mais um dia de trabalho se foi...
No quintal, novamente a névoa toma seu lugar.
O cheiro do café quentinho e do bolo de milho, recém tirado do forno a lenha,
Inspiram outro bom momento, misturados ao perfume do mato molhado.

Nos últimos dias do outono...
Nos últimos dias de coisas estranhas...
Vale a pena olhar a Lua
E buscar novas energias naquelas boas lembranças...

A Estrelinha foi passear, mas já deixou a saudação... o Anjo não avisou, mas houve uma festa daquele tal João... ufa! Falta pouco...

Mago Merlin... aquele que sempre estará aqui.

11.6.08

Viagem Estelar

O Mago volta para casa observando as estrelas
Por onde andara há alguns dias...
Seu destino foi Mercúrio, bem perto do Sol,
Não sem antes saudar os demais astros...

A Estrela favorita de Saturno foi com ele,
Mas somente ele foi saudado por Marte que surgiu, depois de tanto tempo,
Lembrando o contraste entre a ciência e a fé,
Daquele tempo que hoje elogia (pois traz saudade).

Aquela Estrelinha, que caiu na montanha e que conversa muito com ele,
Também apareceu contando suas histórias (dessa vez foi ela),
Onde você pode ser o que quiser: desde um peixinho do fundo do mar
Até um pássaro que voa bem alto, sentindo o vento e mais nada...

Enfim, passou também por Vênus, mas não encontrou aquela bruxinha dela preferida...
Somente observou o movimento dos amantes
Que idolatram tal deusa esta semana,
Por conta do amor que ela inspira...

E a Lua anda por aí...
Agora sorrindo como o gato da amiga...
Ah! Alice fez aniversário outro dia
E dela ele jamais esquece...

Mago Merlin... voltou pra montanha para recuperar as forças esgotadas pela cidade... pouco tempo, poucas horas... ainda falta revisitar o planeta daquele principezinho... aquele que continua sempre aqui!

4.6.08

Fênix (ϕοῖνιξ)

Ela olhava para o infinito,
Onde uma floresta ladeava sua casa
E gerava a dúvida
Daquilo que lá existia...

Um mundo mágico? Talvez...
Onde os animais falam com você,
Onde aqueles seres de contos de fada batalham a seu lado
E onde o mar atravessa a floresta como um rio de águas cristalinas....

Pode ser, também, que existam seres do mal (ela já disse que pensa assim...),
Mas eles não possuiriam poder suficiente para machucá-la,
Pois é uma Fênix que vive por muitos e muitos anos
Ou renasce a cada dia...

Eu sei que seu olhar guarda um mistério...
Chego a me perguntar se ela não é fruto somente da minha imaginação
Porque ela conhece Terabithia, acredita no poder dos armários
E nas mensagens das corujas...

Em dias onde as forças diminuem
(Aqueles onde coisas estranhas acontecem todo ano)
Talvez a pira de ramos de canela, sálvia e mirra
Já esteja pronta para, enfim, queimar o antigo e fazer renascer, das cinzas, o novo tempo... mais uma vez...

Mago Merlin... tempo de coisas estranhas... aquele que sempre estará aqui.