30.7.09

Quando a chuva cai

Depois da chuvarada,
Que Deborah deixara de lembrança,
Alguma geada fez surgir um dia de sol
E uma noite com o velho sorriso do gato de Alice...

Prenúncio de Lua Cheia,
Onde o Mago ficará por aqui mesmo,
Ao contrário de outros meses
Quando procurou terras distantes...

Num período de calmaria,
Quando somente um coração, batendo mais depressa,
O assustou um pouco,
Até ver o gato foi bem interessante...

Nem tudo está errado,
Mas nem tudo está tão bem assim...
Tudo do jeito que ele pensou querer...
Será que alguém vai ficar na frente?

- Já vou – disse a fada – voltou a chover...
- Você terá tudo o que desejar... basta querer desejar... ouça e pense...

Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar de chover
Nos primeiros erros

O meu corpo viraria sol
Minha mente viraria
Mas, só chove e chove
Chove e chove”


Mago Merlin... sem subliminaridades... aquele que sempre esteve aqui!

28.7.09

Never saw blue like that

Deixaremos a chuva para ti...
Representa as lágrimas derramadas
Que não foram em vão,
Pois te fizeram bem...

Já tem os teus afagos,
Escrevestes os teus pensamentos,
Liberto estás dos teus maiores temores,
Pois tua mente está novamente aberta...

Fique em paz, o (K) Clown te fará companhia,
Assim como Lucy, que se diverte com conchinhas,
Quando vira criança naqueles quintais
Que cantara a “cirandista”

E num último abraço,
Num eterno choro,
As meninas se foram, para voltar a qualquer hora,
Pois a Fada finalmente chegou...


- Olhe a tua volta, querido Mago... dentro do teu coração verás o céu que é teu! O nosso tempo é curto e não há motivo para complicar as coisas... porque isso é nosso destino...

- Xauuuuuuuuuu!

Mago Merlin... aquele que sempre estará aqui!

26.7.09

Clarear

Num desses dias de um maio qualquer,
Onde a Lua fora cheia e não chorara,
Foi brincar, lá na montanha, com aqueles que quer bem,
E ouvir canções de amor “duns” caras legais...

Encontrou alguém que tinha um brilhinho escondidinho
Nos olhos marejados
E que dizia “Sei lá” a cada pergunta que fazia,
Enquanto viajava naquele sonho enluarado...

Lembrou disso hoje,
Quando ouviu a mesma cantoria,
Enquanto falava com a Fada dos Olhos
Sobre o reencontro na terra da Estrelinha... 

Ah! Sim... aqueles antigos aprendizes
Mandaram corujas para todo o canto
E marcaram o momento mágico
Lá nas terras quentes mais ao norte...

Lá também mora a Emi,
Menina das Cores,
De quem roubei um pensamento
Que deixo aqui, para quem quiser saber...

“Tenho vento no olhar e na alma
O resto é mistério
desespero de quem não soube amar

Tenho medo do que é puro e direto
Sou tormenta
barco que naufraga com brisa do mar

Conto dores como quem guarda amores
Tenho tão pouco que só me resta

agarrar.
com estereotipos e unhas encardidas.

Não sou o que prezo
mas sei que nasci para ser

algo.
que não me cabe contar.”


- Quando ela chegou? – perguntou o Narrador a Deborah.
- Ele está tranqüilo e isso é o mais importante...

Mago Merlin... começando a fazer as malas... antes verá o mar... aquele que continua sempre aqui!

25.7.09

Raiozinhos de Luz

Era uma vez... os Contos de Fada começam assim...

Deborah chegara e bloqueara a saída do dragão
Que, sem nada entender, a levou até a Toca,
Onde era aguardada ansiosamente pelas irmãs
Recebendo, também, um grande sorriso do Mago...

Após os abraços nas pequenas,
Fitou os olhos do Mago com ternura
E, a seguir, destruiu a ampulheta
Que se transformou em purpurina colorida...

- Chega! Que o tempo, senhor da razão, cumpra sua obrigação!

O Mago sorriu...

O Narrador continuou...

Um lugar muito distante
Perto de uma praia deserta
Onde o amor se fez verdade
E um raio de luz varou os céus, virando estrela...

Muito tempo depois,
Quando tudo estava perdido,
Outro raio de luz seguiu na direção do infinito
E virou poeira da imaginação...

E de um sonho não realizado,
Mais um raio surgiu e se foi,
Para nunca acontecer,
Apesar de sempre desejado...

Um dia, os três raiozinhos de luz se encontraram,
Foram brincar numa casinha de uma montanha
E, apesar de nunca terem acontecido
E nunca terem pedido amor, foram amadas incondicionalmente...

O Mago reuniu as três meninas
Sentadas “em chinês”,
Aconchegadas em seus braços
Num misto de choro e alegria...

O feitiço da ampulheta fora quebrado
Pela alegria das três irmãs
Que afagaram sua cabeça, nos seus dias de saudade,
Até que a fada voltasse...

Mago Merlin... hora de continuar... já reclamaram dos textos tristes... será que melhorou? Aquele que continua sempre e, com certeza, por aqui!

Que nem maré

Dri acordou cedo e logo cutucou a irmã
Para que saíssem ao quintal.
Encontraram o dragão que as saudou,
Mas viram o céu nublado e o frio estava implacável...

Sentaram no chão, ao lado da mudinha da árvore
Que o gnomo plantara,
E espalharam vários triângulos que criaram
A partir das cascas de pinhão...

Novamente as estrelas de raro brilho,
Como da outra vez, num snowflake koch,
Ficaram flutuando a sua frente
Quando, então, chamaram o dragão.

- Pode nos ajudar? – perguntaram no uníssono tradicional.

Um sopro de fogo azulado
Uniu-se às estrelinhas e dirigiu-se aos céus...
E as nuvens se dissiparam,
Para a alegria das meninas!

O Mago consultara a ampulheta...
Poucos cristais insistiam em demorar a cair,
Mas preparou um coche
Caso recebesse o chamado tão esperado...

- Não, Mago... além do gnomo, nem uma só coruja apareceu! – disse o guardião.

Reuniram-se em volta do fogo
Comeram uma pasta
E finalmente o Narrador resolveu contar alguma coisa,
Mas isso será história para outro dia...

E na noite onde brilhou a luz da solidão
O Mago enviou o dragão ao infinito,
Pois os cristais de areia estão no fim
E o presente virará passado num caminho para o futuro...

- Deborah! – gritaram as meninas, pulando e quase derrubando a poderosa irmã.

“Foi a saudade que fez
Eu chorar outra vez
Não, não quero solidão
Só quero ser feliz de novo”

Mago Merlin... aquele que está com bastante frio, em ode a Vercillo... mas segue por aqui mesmo, como sempre!

24.7.09

Sombras e Sentimentos

O dia claro num lindo amanhecer
Fez pensar que os dias passaram depressa,
Que a mágica da fada voltara
E que tudo voltaria ao normal.

Adrielle chegara com seu yeti
E o abraço das irmãs derreteu a neve,
Num halo de luz amarela,
Deixando o céu totalmente azul...

Da mesma forma como na festa,
Veio com suas luvinhas de dedinhos coloridos,
Casaco, gorro e também botas, 
Pois a viagem fora muito longa.

Em suas mãozinhas o serelepe,
Aquele da Amiga,
Que logo depois do afago tradicional
Saiu em busca de sua dona...

Tanta alegria atraiu o gnomo sumido
Que cuidou do jardim e da lenha,
Para deixar a casa quentinha
Na hora que os folguedos diminuem...

Mas elas tagarelaram ao máximo!!!

- Meninas, a sopa está na mesa! Lavem as mãos!

Ele permaneceu em silêncio...
Olhava para a caixa mágica todo o tempo
Esperando um ruído especial
Para poder sorrir...

Mas nada aconteceu 
E ele preferiu deixá-las brincando
Até que adormeceram,
Enquanto ele procurou o sonho...

Entre imagens e pensamentos,
Sombras e sentimentos,
Em seu coração somente um se faz presente
E se chama saudade...

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui.

23.7.09

Em Silêncio

- Beatriz, hora de dormir! – disse o Mago.

A menina procurara o serelepe,
Da Amiga do Guri, que é mágico,
Mas poder-se-ia dizer
Que também é “bunitinho”...

Ele seguiu em silêncio,
Mesmo depois das histórias que ouviu
Do amigo (K)Clown que por aqui passou
Saltitante como sempre...

A dor que ele sente é velha conhecida,
Talvez a única que leve as lágrimas,
O consome na incerteza
Da perda tão certamente esperada.

O poder que me ensinaste 
Poderá não ser suficiente
Para o tempo passar depressa
E tudo que ele deseja se resolver...


Preciso de você!
Venha logo!
Irei te buscar se preciso for,
Mas não me deixe só...

E o serelepe, após um afago e um sorriso, correu pela noite sob os pingos da chuva, levando a mensagem a seu destino...

Mago Merlin... continua sem comentários... mas ainda continua por aqui!

22.7.09

Beatriz, a Ciranda e o Eclipse

Chove e faz frio...
A magia de outro dia está longe,
Substituída pelas gotas de chuva
Observadas, à distância, por Ana...

A elfo que cuida da casa adoecera
E o gnomo há muito não aparece;
Quanto ao narrador, este fica em silêncio
Quando é tudo que lhe resta a fazer...

A menina andou pela casa
Até encontrar um livro com antigas cantigas
Que a entreteve por um tempo,
Quando, então, resolveu perguntar:

- Por que o mar levou o anel?
- Trocou-o pela concha e a deu de presente. Do anel, ninguém mais soube... procure a sereia, ou até a baleia, mas acredito que foi mesmo o pescador que o encontrou e o deu para seu amor...


Insatisfeita com a resposta,
Buscou um pequeno sachet, na sua mochila, 
Que exalava um perfume suave
Como pétalas de rosas...

- Se é preciso um anel, farei um e o choro acabará! 

Antes que o Mago pudesse responder,
Ela abriu a pequena almofada perfumada
E uma pequena esfera prateada
Flutuou ao seu comando antes de rumar às estrelas...

Alguns minutos depois (seis ao todo)
A esfera retorna às suas mãos,
Dessa vez com um brilho dourado
E a menina a coloca de volta à origem...

- O que a esfera trouxe, Beatriz?
- Só você me chama assim! 

E com seu risinho meigo
Fez desaparecer o sachet em flocos de neve...


- Pronto. Agora ele não vai mais chorar. O anel irá para seu verdadeiro dono.


O Mago, perplexo, sorriu...
Olhou a ampulheta... parece que se foi metade
Da areia de cristais finos e brilhantes,
De dor de saudade que não se aplaca...

E em algum lugar, numa praia distante, uma longa procura terminou...

Mago Merlin... aquele que continua por aqui!

21.7.09

E lá se vai mais um dia

Um misto de conhecida euforia
Associado com um dia cheio de trabalho bem sucedido,
Nem fez notar a noite que chegou,
Pois antes da solidão daquele silêncio, um riso alegre foi ouvido ao longe...

Contara histórias e contara os dias
Que ainda faltam para a areia terminar de cair...
Ouve-se os olhos rindo apertadinhos
Imaginando a cena de um momento bem mágico...

“Ah! Sem egoísmos, é bom que assim seja!”
Diria um observador distante e politicamente correto...
Este provavelmente desconhece o sabor agridoce da saudade,
Pois certamente nunca recebeu qualquer afago na vida...

“E lá se vai mais um dia”
Daqueles cujos sonhos jamais envelhecerão...

- Beatriz? Por que vieste sozinha? – perguntou o Mago, ao ouvir os passinhos atrás dele.
- Só você me chama assim! Deborah pediu que eu viesse cuidar de você - disse a menininha Ana, com um meigo sorriso nos lábios - Irei embora quando a fada voltar.


Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

20.7.09

Ashes are Burning

O som do prato iniciando o piano,
A voz suave e renascente encontra seus pares
Como o início de um incêndio
Iluminando a escuridão...

O fogo se apaga 
E surge o brilho da brasa incandescente,
Deixando no ar a névoa escura,
Enquanto queima suas próprias cinzas...

Os dias de liberdade parecem assustar,
Pois são como estradas que levam a todos os lugares,
Clareando nossa mente em descoberta
Daquilo que nossos corações já começam a nos mostrar...

A ampulheta deixa cair mais areia...
Menos um; ainda faltam alguns...
Mais sorrisos, mas ainda é dolorido
Já que é a dor da distância que aproxima...

“A fumaça, agora, pode ser vista a distância... 
Então agora você está enxergando quão longe 
Cinzas estão queimando pelo caminho 
Ashes are burning the way...”

Mago Merlin... que o tempo seja breve... momento Renaissance (mais um)... aquele que continua sempre por aqui!

19.7.09

Um pedido às estrelas

Um brilho diferente rolou na sua face,
Quando saiu para ver se aquelas estrelas
Iluminariam o caminho
Até teu destino já conhecido...

Fez um pedido à mais brilhante
Para que o tempo passasse rápido,
Pois andar sozinho por essas ruas
Precisa da calma que teus olhos trazem...

Abrir ou fechar,
Tormenta ou calmaria,
Entrega ou recolhimento,
Quem responde qual a melhor opção?

Um toque de campainha quebra o silencio...
Um sorriso volta a surgir
E um bater forte do coração
Afasta o medo de ser livre... 

A areia da ampulheta cai lentamente,
Pois o tempo será curto, mas também infinito...
Que as estrelas iluminem tuas noites,
Assim como teus sonhos...

Mago Merlin... sem maiores comentários... aquele que sempre esteve aqui!

18.7.09

Enigmas

A pequena Adrielle o esperava na volta...

- Por que ficaste para trás, pequenina – disse o Mago, enquanto a levantava no colo.
- Somente para ver o seu sorriso...

Ele acariciou sua cabeça,
Sorriu, beijou seu rosto,
E a entregou ao yeti...
Juntos sumiram deixando estrelinhas na poeira...

A fada aceitara seu convite
Para verem o que já lera,
Voltar um pouquinho ao passado
E relembrar como era antigamente...

Vozes conhecidas há muito tempo
Que nunca foram esquecidas...
Rostos que já cresceram,
Mas que ainda guardam o mesmo encanto...

Ele para e reflete...

Ela prometera um dia de sol, 
Enquanto afagava sua cabeça,
E uma noite com estrelinhas brilhantes...
Assim se fez...

Magia poderosa...
De alguém que tem muita luz no coração
Que agora o acompanha todo dia
Pelos enigmas do castelo do monte...

Mago Merlin... comendo uma cocada... aquele que sempre esteve aqui!

17.7.09

Nuvens

As nuvens, efetivamente,
Resolveram acampar no monte,
Pois, ao contrário da montanha,
Aqui a lua não chora...

Melhor se chorasse, 
Porque, então, tudo se resolveria rápido,
Os dias seriam mais curtos
E o sol voltaria a brilhar...

Dias difíceis... a criatura foi embora,
Porém deixou alguns rastros...
Novas decisões a tomar
Antes do sol brilhar na primavera...

O afago na cabeça hoje fez muita falta...
Talvez porque, em dias de frio,
O cansaço pareça mais intenso
E as dúvidas surjam com mais facilidade...

E ela que dizia não sonhar,
Um dia descobriu-se fada.
Encontrou um castelo e talvez procurasse um curinga,
Mas somente o Mago tinha o poder de vê-la...

- Oi!!

Mas isso será história para outro dia...

Mago Merlin... aquele que continua por aqui!

16.7.09

Falando do Tempo

Ontem Fênix apareceu...
Do nada, como sempre,
Mas cheia de cor e simpatia,
Além de trazer a música das estrelas...

Resolveu contar duas histórias...

E quando seres do bem contam histórias, o Mago reverencia...

Meu bauzinho

"Meu relógio engraçado
Foi quebrado pelo tempo
Levou junto meu bauzinho,
Que estava cheio de palavras e tons...
 
Acho que vou te jogar no meu bauzinho,
Quem sabe encontra a felicidade que procura...
Poderemos então ouvir os contos de Rahim Khan,
Ou cair na farra das estrelas! 
 
Foi uma sinfonia sem fim,
Até que me desiludi...
Meu bauzinho de brinquedo
Perdeu-se em um relógio engraçado;
 
Parado pelo tempo...
Roubou meus livros e a minha memória
Meu querido relógio volte o tempo...!
Para que eu possa contemplar um pouco mais meu bauzinho mágico."

INFINITO
 
"Caro tempo que nunca conseguiu ser lembrado...
...Dentro de ti saem bolhas de ar...
Todas coloridas,
Jamais percebidas.
 
Dentro dos meus olhos vejo tudo o que sou:
Mar, Floresta e Infinito.
Sou o tempo do “para sempre”...
Como deixar tudo tão descontente?
 
Em minha volta vejo todos os nobres lírios
Que um dia conseguiram ser percebidos...
Cada pétala que se esvaneia
Deixou de ser verdadeira!
 
Das minhas saem notas musicais
E junto com sua harmonia posso sentir a melodia,
Mas onde encontrar o tempo perdido?
...Acima do infinito... Onde nada mais deixou de ser despercebido!"
 

Mago Merlin... poemas raros de Nini... aquele que continua sempre aqui!

13.7.09

João e Maria

Depois que João e Maria
Jogaram a bruxa malvada
Dentro do caldeirão,
Eles cresceram....

A antiga casa dos doces foi reformada,
Recebeu alvenaria, pintura nova,
Além de vários quartos
Para abrigar os viajantes...

Os doces foram todos separados em potinhos
E hoje em dia são servidos no café da manhã,
Junto com outras iguarias
Que o Mago degustou, com a maior satisfação...

Sim, foi lá que o (K)Clown mandou o Mago ficar...

Foram sete horas de viagem...

Antes de ir, as nuvens negras no céu
Já mostravam que seria mesmo difícil...
O menino, mesmo distante, mandou aquele talismã,
Pela coruja de olhinhos puxadinhos, que o Mago guardou com todo carinho e cuidado...

As forças da natureza se revoltaram
E enviaram chuva forte que não desanimaram o Mago,
Certo de que deveria chegar lá
Independente do que acontecesse...

E assim foi... 

- Por que as forças da natureza se rebelaram? – perguntou o guardião.
- Cuide da coruja de olhinhos puxadinhos. Ela ainda terá várias missões.

E pedacinhos de coração, perdidos ao vento, começaram a se mover na direção do infinito...

Mago Merlin... missão cumprida...aquele que novamente foi, mas continuou por aqui!

9.7.09

Uma lenda da Lua

A lua cheia surgiu no céu há dois dias:
Providenciou um belo por do sol
E um bom espaço no céu,
Para mostrar sua beleza...

E conta uma antiga lenda... alguns Contos de Fada também começam assim...

Que a Lua, num dia de chuva de um inverno qualquer,
Procurou um mago por ai,
Para contar uma história
Que ela viu num desses dias que ela era nova...

Transformou-se em bela jovem:
Cabelos de ouro, olhos de jade
E rosto de porcelana
Que brilhava como prata...

O tal mago a recebeu
E ela contou que um coração fora despedaçado,
Como pétalas de uma rosa vermelha,
E seus pedaços voaram com o vento...

Um deles ela trazia para que ele o guardasse;
Outro seria entregue a um menino
E os menores seriam perdidos com o tempo,
Até que o mago unisse o seu ao do tal “piá”...

A lua foi embora
E o mago ficou aguardando o que o destino reservava...

- Guardião! Parto em missão. Alguém que parece flutuar desejará entrar... libere a fronteira. Volto em três dias.

Um dia um passeio se realizou...
Uma flor foi escolhida 
E levada ao alto de uma colina
De onde um lago era visto...

O céu era de um azul indescritível
E os sentimentos foram desenhados nas nuvens,
Para que, um dia, alguém os descobrissem
E a mágica, enfim, se realizasse...

Mago Merlin... viaja na lua cheia... mas continua por aqui, como sempre!

5.7.09

Carpet of the sun

Apesar da lua não ter trazido o sol,
Ao menos a neblina não apareceu,
O que permitiu que as meninas brincassem no jardim
Se divertindo com o dragão

Deborah aproveitou o frio,
Que fez com que todas vestissem casacos,
Luvinhas coloridas de dedinho e gorros, 
Para inventar neve, mesmo que fosse somente de brincadeira...

Os yetis ficaram só rondando
E perturbando o guardião.
Só saíram da fronteira quando o gnomo chegou
Trazendo pinhão e avisando que plantará árvores amanhã...

Olhos azuis deu uma passada na Toca e reclamou com o Narrador:

- Você não terminou a história de ontem!
- Ficou para outro dia, como sempre!

E as meninas, mais uma vez, sentaram a volta do fogo, sobre a mesma manta, para ouvir mais um pouco de história. Dessa vez, Olhos Azuis também ficou para ouvir...

Nos primeiros dias de setembro,
A primavera anunciada trará o acordar das fadas.
Aos poucos elas se movimentarão pelos campos
Colocando sementinhas, bem escondidinhas, no meio dos matinhos...

No dia 22, exatamente às 18:18h,
Durante a comemoração de um aniversário,
Elas balançarão suas varinhas
E a alegria das cores virá até os jardins.

A lua será nova, mas o sol brilhará com toda força.
Então, como pediu Olhos Azuis, ele diria que se ela não fosse embora
Descobriria um caminho, num tapete luminoso e dourado
Estendido sobre a grama verde e macia...

Pediria que ela sentisse o calor do sol
Ouvisse a música do amor que a encontrou,
Pois a semente plantada hoje
Florescerá no amanhã e será pra sempre...


- E o que ela disse? - perguntou novamente Olhos Azuis.
- Isso também será história para outro dia...

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

4.7.09

A Volta do Narrador

Há alguns dias a bruma chegou
Junto com o inverno, escondendo o sol,
O brilho das estrelas
E o colorido das flores...

Pensando não receber visitas
O Mago saiu da Toca, aceitando singelo convite, 
Da amiga que lhe afaga a cabeça,
Para um jantar de bodas, onde foram juntos...

Hoje saiu também...
Comeu pinhão, tomou quentão,
Esteve com os amigos
E terminou o dia, a beira de uma fogueira, num saboroso lanche...

Viu a lua indignada com as brumas...
Espantou-as por uns momentos
E ainda abriu espaço para diversas estrelas,
Pois queria avisar que será cheia em três dias... como na montanha...

Ao chegar...

- Oi Mago! Viemos trazer o Narrador! – disseram as meninas em uníssono, como sempre!

Ele sorriu... Conjurou uma manta macia, pegou biscoitos de chocolate e chá quente, e todos sentaram em volta do fogo...

E o Narrador invocou uma música de um menestrel das Minas:

“Queria fazer agora uma canção alegre
Brincando com palavras simples, boas de cantar
Luz de vela, rio, peixe, homem, pedra, mar
Sol, lua, vento, fogo, filho, pai e mãe, mulher”

As meninas reclamaram: “- Conte uma história, Narrador.”

Era uma vez... os Contos de Fada começam sempre assim...

Alguém que teve a idéia de ir embora
Que nem aquele João, meio sem nome, 
Que um dia procurou o Menestrel, pediu sua opinião
E não a recebeu...

Deixar pra trás, sair da angústia do trem parado,
Sem saber se deixaria a estação,
Se chegaria a seu destino
Naquele lugar que nem se sabe onde é...

- E o que te faria mudar de idéia? – ele perguntou.
Ela sorriu... e devolveu a pergunta.
Ele pensou, pensou e pensou... 
Até que...

- Só tenho a dar meu coração... já levas contigo uma parte dele que te dei sem pedir nada em troca. Se for motivo, ficarei feliz. Caso contrário, guarde-o junto ao seu e não se esqueça de mim.

- Meninas, hora de dormir... amanhã fará sol. Isto a Lua prometeu. O Dragão sentiu falta de vocês. Agora tudo voltou ao normal. – disse o Mago.

Mago Merlin... voltando ao normal... desejando muitas felicidades à Grande Loba que hoje fez aniversário... aquele que continua por aqui!