Aquele castelinho de cartas e peças de dominó
É montado durante onze meses do ano,
Acumulando feitos, erros e acertos,
Tolerância e eternos pensamentos....
Ao lado, pilhas e pilhas de peças antigas...
Algumas ainda de pé, outras amassadas ou quebradas
Enfim... estão lá e piscam em frente aos olhos
Como os pirilampos, mas sem a mesma harmonia e leveza...
Lentamente a criatura dos tempos se aproxima...
O sorriso é velho conhecido e ela olha para meus olhos,
Tira uma peça e o raciocínio fica mais lento;
Empurra uma carta, derruba uma torre e cai na gargalhada....
Chega perto dos montes antigos, seleciona um momento
E remonta o que já destruiu no passado;
Sorri novamente e volta para a obra atual
Escolhendo, como se fosse um torturador, o local para derrubar....
Nenhum feitiço o impede, por mais que se tente conjurar.
Escutei a música daquele momento agridoce,
Onde um longo corredor foi percorrido
Depois de choros e soluços e antes de engasgos... senti sua falta.
Os tempos bons aparecem nas pilhas antigas
E tento fixar a atenção neles,
Pois a criatura faz questão de mostrar as peças ruins
Que também nunca são destruídas, pois já aconteceram...
Somente um mês e toda a carreira de peças virá ao chão
E outra começará a se formar com o que sobrou da atual.
É hora de ficar mais atento, pois faltarão pedaços importantes,
Mas também é hora de total superação....
E o Mago recebe um bilhete das meninas:
“ – Errol se perdeu nas montanhas, mas encontramos a carta da Amiga para o Guri. Ela estava muito cansada para voar até o (K)Clown, mas encontraremos uma forma de fazer chegar até ele. Vimos que não está sozinho, pois Olhos Azuis reapareceu, a Estrelinha está por perto, um dos pirilampos se transformou na Coreógrafa, assim como a incansável Lucy também estará com você. Voltaremos em breve, pois nunca acontecemos, mas também sempre estivemos aqui!
Déborah, Dri e Bia”
Mago Merlin... mais um longo mês até outra nova era... aquele que cuidará dos pedaços e continuará sempre aqui!
28.5.09
24.5.09
Sempre haverá um lugar para nós
Enquanto o gnomo e seu ajudante
Continuavam a lida no jardim,
Multiplicando gramíneas e plantando flores do campo,
O Mago foi encontrar os senhorinhos (aqueles) e saudar os frutos da terra.
Lá estavam representantes de todo o castelo,
Comemorando as dádivas divinas
Preparadas com amor e dedicação,
Para uma boa e farta refeição...
O Guri foi embora e as meninas não vieram,
Pois yetis não costumam ser delicados com uma lida tão singela,
Como a do gnomo e seu ajudante,
E poderiam colocar todo o trabalho a perder...
Viu alguns pirilampos que o saudaram;
Acendeu o fogo, pois o frio do começo de noite é certo;
Saudou, à distância, o velho pai
Que virá celebrar o dia de João!
Resolveu ver por onde andava a amiga do Guri,
Já que ele partira tão triste,
Achando que tudo se acabara,
Num momento de pouco tato...
Deu algum trabalho, mas finalmente conseguiu.
Quando surgiu à janela, seus cabelos de ouro brilharam ao sol
E seus olhos de mel, agora mais sérios,
Fitaram o Mago à distância.
Fingindo não ver, ofereceu um pinhão a um serelepe;
Este veio a seu encontro e ela o acariciou,
Encostou seus pelos macios em seu rosto
E entregou-lhe um envelope, que mais tarde chegaria às mãos do Mago.
“ Leia e faça chegar ao Guri” – estava escrito!
“Vivi muito tempo sem entender algumas coisas:
Que os acontecimentos dependem do que arriscamos.
Nesse nosso conto de fadas, sonhado quando estávamos acordados,
Eu confundi tudo e descobri, tarde demais,
Que os desejos feitos as estrelas
Se transformam em realidade.
Siga feliz, ajude seu novo amigo a encontrar o seu destino.
Conte a ele o que você sempre me disse:
Que a força é uma coisa que você escolhe ter
E jamais esquecerei disso.
Beijos no coração. Eu também sempre estarei com você aonde você estiver.”
E uma coruja alçou vôo em direção ao céu repleto de estrelas....
Mago Merlin... aquele que continua por aqui... como sempre!
Continuavam a lida no jardim,
Multiplicando gramíneas e plantando flores do campo,
O Mago foi encontrar os senhorinhos (aqueles) e saudar os frutos da terra.
Lá estavam representantes de todo o castelo,
Comemorando as dádivas divinas
Preparadas com amor e dedicação,
Para uma boa e farta refeição...
O Guri foi embora e as meninas não vieram,
Pois yetis não costumam ser delicados com uma lida tão singela,
Como a do gnomo e seu ajudante,
E poderiam colocar todo o trabalho a perder...
Viu alguns pirilampos que o saudaram;
Acendeu o fogo, pois o frio do começo de noite é certo;
Saudou, à distância, o velho pai
Que virá celebrar o dia de João!
Resolveu ver por onde andava a amiga do Guri,
Já que ele partira tão triste,
Achando que tudo se acabara,
Num momento de pouco tato...
Deu algum trabalho, mas finalmente conseguiu.
Quando surgiu à janela, seus cabelos de ouro brilharam ao sol
E seus olhos de mel, agora mais sérios,
Fitaram o Mago à distância.
Fingindo não ver, ofereceu um pinhão a um serelepe;
Este veio a seu encontro e ela o acariciou,
Encostou seus pelos macios em seu rosto
E entregou-lhe um envelope, que mais tarde chegaria às mãos do Mago.
“ Leia e faça chegar ao Guri” – estava escrito!
“Vivi muito tempo sem entender algumas coisas:
Que os acontecimentos dependem do que arriscamos.
Nesse nosso conto de fadas, sonhado quando estávamos acordados,
Eu confundi tudo e descobri, tarde demais,
Que os desejos feitos as estrelas
Se transformam em realidade.
Siga feliz, ajude seu novo amigo a encontrar o seu destino.
Conte a ele o que você sempre me disse:
Que a força é uma coisa que você escolhe ter
E jamais esquecerei disso.
Beijos no coração. Eu também sempre estarei com você aonde você estiver.”
E uma coruja alçou vôo em direção ao céu repleto de estrelas....
Mago Merlin... aquele que continua por aqui... como sempre!
23.5.09
Em sonhos
Enquanto o gnomo cuidava do jardim (ele trouxe um ajudante),
O (K)Clown, com sua alegria habitual,
Pula a janela, quase derruba a elfo (que trouxe um pão que ela mesmo fizera)
E conta que vai viajar, não sem antes encontrar a amiga Garotinha...
Os olhos do Guri se encheram de lágrimas...
Procurar novos rumos e evoluir...
Aprender caminhos em terras distantes,
Carregando a dúvida dentro de si
Num coração repleto de perguntas....
Da mesma forma que ele entrou, saiu...
O Guri, que somente ouvia quieto,
Contou também o que aprendera da visita ao Aprendiz:
Em sua casa no alto do morro,
De onde o mar é visível, em contraste com o céu sempre azul,
Ele mostrou suas antigas aventuras
Dos tempos da montanha, onde o palco era sua alegria.
Terminou com um poema, naquele lugar dos Ventos Tortos, cujo final transcrevo aqui:
“Tatuei você no meu sonho
Para não esquecê-la de vez
Agora sofro de insônia
E não vejo seu rosto há um mês.
E o tempo apaga o olhar
Que na mente um dia ficou
Pois nada resiste ao fadar
De um luto ao que nunca se achou”
Decidido, o Guri fez a mochila... vai embora acompanhando o (K)Clown (nos seus sonhos...).
O Mago o abraçou, com um desejo sob a forma de outra mágica:
“ – Que a mais mística de todas as magias, como aquela que te une à sua amiga, ilumine teu caminho... ela não esquecerá que você sempre estará por perto... seu sorriso será eterno assim como o dela em seus pensamentos... leve esta chave que abre a caixinha mágica onde guardei suas memórias que jamais serão apagadas.”
Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui... será que o (K)Clown encontrará a Garotinha?
O (K)Clown, com sua alegria habitual,
Pula a janela, quase derruba a elfo (que trouxe um pão que ela mesmo fizera)
E conta que vai viajar, não sem antes encontrar a amiga Garotinha...
Os olhos do Guri se encheram de lágrimas...
Procurar novos rumos e evoluir...
Aprender caminhos em terras distantes,
Carregando a dúvida dentro de si
Num coração repleto de perguntas....
Da mesma forma que ele entrou, saiu...
O Guri, que somente ouvia quieto,
Contou também o que aprendera da visita ao Aprendiz:
Em sua casa no alto do morro,
De onde o mar é visível, em contraste com o céu sempre azul,
Ele mostrou suas antigas aventuras
Dos tempos da montanha, onde o palco era sua alegria.
Terminou com um poema, naquele lugar dos Ventos Tortos, cujo final transcrevo aqui:
“Tatuei você no meu sonho
Para não esquecê-la de vez
Agora sofro de insônia
E não vejo seu rosto há um mês.
E o tempo apaga o olhar
Que na mente um dia ficou
Pois nada resiste ao fadar
De um luto ao que nunca se achou”
Decidido, o Guri fez a mochila... vai embora acompanhando o (K)Clown (nos seus sonhos...).
O Mago o abraçou, com um desejo sob a forma de outra mágica:
“ – Que a mais mística de todas as magias, como aquela que te une à sua amiga, ilumine teu caminho... ela não esquecerá que você sempre estará por perto... seu sorriso será eterno assim como o dela em seus pensamentos... leve esta chave que abre a caixinha mágica onde guardei suas memórias que jamais serão apagadas.”
Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui... será que o (K)Clown encontrará a Garotinha?
19.5.09
O Menino e a Feiticeira
O frio intenso invadiu o monte
E o Mago precisou de ajuda...
A elfo, que cuida da casa, juntou lenha
Para acender o fogo e aquecer o ambiente.
Depois de dias de festa,
Onde conheceu momentos diferentes,
Nada como um pouco de calor dentro de casa
Depois, claro, que o guardião espantou algumas aves polares...
- O menino esteve aqui e deixou um bilhete, Mago! – disse o guardião, entregando um pergaminho.
“ Na busca infinita, pelos encantos da Lua,
Estive em todos os lugares e conheci seres poderosos.
Quando já desistia de minha busca, num lugar tão tão distante,
Um som em ondas me guiou até a Feiticeira...
Diziam que tinha seus mistérios;
Alguns contaram que ela era uma deusa
E outros afirmaram que era somente mais uma ensandecida
Que despertava sonhos profundos.
Perguntou o que eu desejava
E antes que eu pudesse responder,
Seus olhos de jade brilharam
E sua voz suave ecoou em meu coração:
- Quando a Lua estiver por sobre as águas, as estrelas brilharem no céu e um tom azulado surgir no infinito, procure as borboletas, pois uma delas será seu amigo Mago (pois o transformarei nessa forma) e ele, que sempre estará lá, o guiará no caminho certo!”
- O que dizia o bilhete, Mago? – perguntou o Guri que chegara de sua jornada à casa do Aprendiz.
- Viu sua amiga hoje, Guri?
Mago Merlin... será mesmo que grandes garotas nao choram? Aquele que sempre esteve aqui!
E o Mago precisou de ajuda...
A elfo, que cuida da casa, juntou lenha
Para acender o fogo e aquecer o ambiente.
Depois de dias de festa,
Onde conheceu momentos diferentes,
Nada como um pouco de calor dentro de casa
Depois, claro, que o guardião espantou algumas aves polares...
- O menino esteve aqui e deixou um bilhete, Mago! – disse o guardião, entregando um pergaminho.
“ Na busca infinita, pelos encantos da Lua,
Estive em todos os lugares e conheci seres poderosos.
Quando já desistia de minha busca, num lugar tão tão distante,
Um som em ondas me guiou até a Feiticeira...
Diziam que tinha seus mistérios;
Alguns contaram que ela era uma deusa
E outros afirmaram que era somente mais uma ensandecida
Que despertava sonhos profundos.
Perguntou o que eu desejava
E antes que eu pudesse responder,
Seus olhos de jade brilharam
E sua voz suave ecoou em meu coração:
- Quando a Lua estiver por sobre as águas, as estrelas brilharem no céu e um tom azulado surgir no infinito, procure as borboletas, pois uma delas será seu amigo Mago (pois o transformarei nessa forma) e ele, que sempre estará lá, o guiará no caminho certo!”
- O que dizia o bilhete, Mago? – perguntou o Guri que chegara de sua jornada à casa do Aprendiz.
- Viu sua amiga hoje, Guri?
Mago Merlin... será mesmo que grandes garotas nao choram? Aquele que sempre esteve aqui!
15.5.09
Pasta, Chocolate e Chá
- “Estarei aí em meia hora!”
A voz decidida, da Fada Rosa,
Não deixou qualquer alternativa:
O baixinho guardião logo liberou a entrada,
Enquanto o Guri foi procurar o Aprendiz (esta história vai demorar pra ser contada...)
Conversaram... ela trouxe aquela cesta da outra vez,
Com conservas e uma saborosa pasta a ser preparada.
O Mago reservou a canção da mocidade,
Daqueles tempos dos amigos certos, regada por um bom vinho tinto.
Mostrou-lhe o púcaro e a bandeja mágica;
Contaram histórias e o Mago revelou alguns segredos
Que poucos souberam no passado,
Mas que agora são somente boas lembranças...
Horas passaram, terminando com chocolate e chá...
Idéias trocadas, bons momentos rememorados...
A mágica renasce na noite fria,
Véspera de festa no castelo do monte...
Enquanto isso, o humor da Feiticeira estava sóbrio e decidido,
Afinal, dizem, grandes garotas não choram...
Mas isso também é história para outro dia,
Enquanto a Fada dos Olhos não fala da magia da lua de maio...
Mago Merlin... aquele que continua por aqui!
A voz decidida, da Fada Rosa,
Não deixou qualquer alternativa:
O baixinho guardião logo liberou a entrada,
Enquanto o Guri foi procurar o Aprendiz (esta história vai demorar pra ser contada...)
Conversaram... ela trouxe aquela cesta da outra vez,
Com conservas e uma saborosa pasta a ser preparada.
O Mago reservou a canção da mocidade,
Daqueles tempos dos amigos certos, regada por um bom vinho tinto.
Mostrou-lhe o púcaro e a bandeja mágica;
Contaram histórias e o Mago revelou alguns segredos
Que poucos souberam no passado,
Mas que agora são somente boas lembranças...
Horas passaram, terminando com chocolate e chá...
Idéias trocadas, bons momentos rememorados...
A mágica renasce na noite fria,
Véspera de festa no castelo do monte...
Enquanto isso, o humor da Feiticeira estava sóbrio e decidido,
Afinal, dizem, grandes garotas não choram...
Mas isso também é história para outro dia,
Enquanto a Fada dos Olhos não fala da magia da lua de maio...
Mago Merlin... aquele que continua por aqui!
10.5.09
Quebra-cabeças
De tempos em tempos
O Mago sai de sua casa em direção a uma metrópole,
Em busca de lugares novos, conhecimento, novas histórias
E traz, na bagagem, suprimentos para mais um período indeterminado...
Dessa vez foi aonde mora a Garotinha...
- Esteve com ela, Mago? – perguntou o Guri.
- Quando foi a última vez que você falou com sua amiga?
Conheceu o jardim onde existe um belo palácio
Que lembra o que existia na montanha;
Esteve onde a cultura é mágica, no lirismo de sua estrutura,
Acompanhado da moça dos fios de arame....
Aproveitou e juntou pedaços antigos:
A tela mágica contou histórias,
Esclarecendo o que nunca foi sabido,
Num retorno ao passado infantil...
Lembrou da história que contou aos aprendizes
Quando os convidou ao tempo do giz de cera e canetinha,
Para mostrar aquela aquarela da partitura dos passarinhos,
Belo presente que Alice lhe deu...
Peças pequeninas, uma ao lado da outra,
Formam quadros, paisagens, bichinhos coloridos, flores,
E contam as histórias interrompidas
Assim como foi com a Garotinha há muito tempo atrás...
Agora está de volta... logo irá de novo!
- Mago, alguém esteve aqui, mas não se identificou! – disse o guardião
- Às vezes ela aparece... por enquanto se esconde nas sombras... um dia passará no seu teste!
Mago Merlin... aquele que mais uma vez foi... mas continuará sempre aqui!
O Mago sai de sua casa em direção a uma metrópole,
Em busca de lugares novos, conhecimento, novas histórias
E traz, na bagagem, suprimentos para mais um período indeterminado...
Dessa vez foi aonde mora a Garotinha...
- Esteve com ela, Mago? – perguntou o Guri.
- Quando foi a última vez que você falou com sua amiga?
Conheceu o jardim onde existe um belo palácio
Que lembra o que existia na montanha;
Esteve onde a cultura é mágica, no lirismo de sua estrutura,
Acompanhado da moça dos fios de arame....
Aproveitou e juntou pedaços antigos:
A tela mágica contou histórias,
Esclarecendo o que nunca foi sabido,
Num retorno ao passado infantil...
Lembrou da história que contou aos aprendizes
Quando os convidou ao tempo do giz de cera e canetinha,
Para mostrar aquela aquarela da partitura dos passarinhos,
Belo presente que Alice lhe deu...
Peças pequeninas, uma ao lado da outra,
Formam quadros, paisagens, bichinhos coloridos, flores,
E contam as histórias interrompidas
Assim como foi com a Garotinha há muito tempo atrás...
Agora está de volta... logo irá de novo!
- Mago, alguém esteve aqui, mas não se identificou! – disse o guardião
- Às vezes ela aparece... por enquanto se esconde nas sombras... um dia passará no seu teste!
Mago Merlin... aquele que mais uma vez foi... mas continuará sempre aqui!