Enquanto isso, lá no monte...
- Era isso que você queria dizer? - perguntou o Guri, com um trabalho pronto nas mãos.
Durante um bom tempo, eu criei tal ilusão
Que realmente o que parecia óbvio era verdade,
O amor que me dizias realmente existia
E me fazia muito feliz.
O tempo passou e te enchi de mimos,
Te levei, te busquei, te dei meu colo enquanto choravas,
Meu carinho e minha dedicação,
Mesmo sabendo que ainda não eras minha.
Me fizeste prometer o que eu cumpriria,
Pois voltei por você e pra você,
Quando o destino me colocou à prova,
Mas, em troca, também me fizeste duvidar de teu amor.
E a dúvida foi a pior dor
Daquelas tantas outras sentidas,
Quando, então, te pedi a morte
E me negaste este último desejo.
Sempre me virei por conta própria
E isso nunca importou até te encontrar.
Noites lentas sem resposta aos meus apelos,
Em que braços estarias quando não me retornavas?
Seguirei então só:
Desdenhaste meu amor e tudo o mais que te dei e daria a vida toda,
Já que assim igual nunca encontrarás,
Mas dessa forma é que se fez.
Obrigado por salvar meu coração,
Pois as partes que tu tens estão bem protegidas
E são tuas pra sempre...
Use com bom senso...
Ele sorriu e afagou a corujinha,
Mas uma lágrima rolou de seus olhinhos pequeninos,
Pois ela sabia que seria sua última viagem,
Para nunca mais voltar.
- Espere, menino! - um uníssono se fez presente – dê a ela mais uma chance.
- " Eu estou aqui sozinho, não quero partir...
Meu coração não se moverá, está incompleto,
Mas não consigo mais respirar
Porque a perdi e no meu mundo não existe mais ar..."
O restante dessa história pode ser que o Narrador conte outro dia...
Mago Merlin... em terras mais distantes... aquele que sempre esteve aqui.
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