Faltando um dia para a lua cheia,
Após dois dias de muito trabalho,
Quando até foi à terra de Alice,
O Mago admira o satélite brilhando no céu.
Pensa um pouco, observa a obra do gnomo e da elfo
Que fizeram esculturas com a lenha, para que logo secasse,
E é acompanhado de perto por Ana
Que somente segue seus passos.
Abre uma caixinha metálica
Decorada com uma cena de batalha, dos tempos da pré-historia,
E de lá retira um cristal,
Recebido de presente de uma antiga aprendiz.
- O que vai fazer? - perguntou Ana.
- A lua tem vários poderes. Um deles é dar energia ao cristal.
Ana afasta algumas pequenas nuvens
E faz com que o céu fique totalmente limpo.
O Mago, por sua vez, deixa cair água corrente no cristal
E o expõe totalmente, num fio de ouro e prata.
- E o outro, onde está?
- Com a Garotinha. Ela também conhece você.
Pegou um tocos de lenha já secos,
Levou-os pra dentro e acendeu o fogo,
Colocando umas varetas de sândalo
Para perfumar o ambiente.
- Como assim conhece?
- Quer assar pinhão?
Separou as sementes e espalhou no metal em rubro
Tendo o cuidado de tirar os pinguins do forno,
Onde eles tem ficado por conta do frio
Que promete neve para os próximos dias.
- Você não me respondeu.
- Deixa quieto. Com o tempo você descobrirá muita coisa, Beatriz.
- Só você me chama assim...
Chamaram os demais e degustaram a iguaria.
Enquanto Adrielle e o Guri discutiam alguns escritos,
Ana se afastou um pouco, procurando o coelhinho douradinho
E dessa vez foi acompanhada pelo Mago.
- O que devo fazer? - ela perguntou, acariciando o tristonho coelhinho
- O que você quer fazer?
- Acho que nada. Ela abusou, né?
- Sim. Nem conte pra Adrielle.
- Como se ela já não soubesse...
Sentaram numas almofadas dum canto da sala
E tentaram descobrir o real significado daquele outro coração,
Esculpido num cristal com uma turmalina negra incrustada,
Que substitui um retrato...
- O que será?
- Quem sabe não faz parte da história que o Guri tá escrevendo?
Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui.
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