Apesar da névoa clara,
Que impede a visão do luar,
Ela está lá em algum lugar
Em prata e porcelana, linda como sempre...
Ana e Adrielle foram ao jardim.
Seus olhinhos brilhavam ao procurar a lua
Em algum lugar naquele infinito,
Onde outras estrelinhas haviam de brilhar também.
Inicialmente, com passinhos delicados,
De mãos dadas a seres invisíveis,
Iniciaram um rodopiar misterioso
Com movimentos de dança sofisticados.
Suas roupas iniciaram uma transformação
Surgindo vestidos esvoaçantes de tecido suave,
Enquanto a névoa absorvia os poucos feixes de luz
Que tomavam cores diversas e brilhantes.
Cada vez mais depressa, num ritmo musical,
Pareciam multiplicadas de tão rápido que dançavam.
Em dado momento, pareceu que ela assim entendeu
E, coberta inicialmente por um manto negro, materializou-se.
- Por que me chamaram, pequenas elementais?
- Bom… não somos bem isso, mas queríamos companhia para dançar!
A música foi retomada e a Lua deixou cair seu manto,
Deixando à mostra um belo e brilhante vestido
Totalmente branco e longo, igualmente esvoaçante,
Contrastando com o rosa e azul das meninas.
Impossível descrever a cena
E fica a critério de cada um:
Misture as cores, os contrastes e os brilhos;
Envolva tudo em sentimentos... talvez seja possível imaginar.
O que importa é que tal sentimento tem que ser grandioso,
Maior do que se possa alcançar; deve ser livre e real;
Deve ter o poder de mudar tudo o que se sente;
Pode até ser sombrio, mas tem que ser verdadeiro...
E dessa forma é que se dança sob a luz da lua...
Mas, quem sabe, isso deve ser amor...
Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!
Sim eternamente aqui Mago...
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