Observando o movimento dos dias,
O calor, o frio (às vezes a neve), a chuva e os pássaros,
Alguém resolveu dar nome e data às estações
E cada lugar do planeta tem uma forma de identificá-las.
Por aqui, agora, estamos no meio do verão.
Estação que chove (mas na montanha sempre chove porque a Lua chora... já falei disso),
Que eventualmente faz calor (na montanha sempre tem frio em algum momento),
Que neste ano fiquei observando de forma diferente.
É a estação do silêncio na montanha.
Em outros anos, este silêncio era algo abafado por outros barulhos
Vindo de outros que chegavam
Num eventual recomeço.
Neste ano não vi a chegada dos outros mais novos,
Então o que vi (ou ouvi, ou não...?) foi o silêncio mesmo
Que começa em meados de dezembro,
Interrompido pelas festas de Natal e Ano Novo.
No correr de janeiro ele fica mais intenso.
Hoje, então, depois da tempestade (outra é vista se formando ao longe),
As ruas estão vazias porque o parque fechou
E as pessoas voltaram tristes para suas casas.
Claro que não é assim o tempo todo.
Encontrei a Fada dos Olhos com uma bruxinha amiga,
Para jogarmos conversa fora
Naquele lugar que a Lua gostava de ir.
Lá, ainda, encontramos a Fada da Luz e seu curinga-mago consorte
E, durante algumas ótimas horas, matamos a saudade
De outros tempos quando nos víamos mais amiúde
E fazíamos feitiços juntos.
Enfim, assim é o verão aqui.
Estação do silêncio.
Que venha o outono com seus ruídos,
Pois o silêncio já foi o suficiente.
Mago Merlin... recebeu um arco-íris de presente de Alice... encontrou a Lua (mesmo em nova, mas contará isso depois)... aquele que sempre estará aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário