O mesmo frio já sentido na montanha,
Naqueles antigos tempos do ode à Lua,
Cercou o Mago com a chuva fina
E o sabor suave do vinho doce.
Adrielle chegara esbaforida como sempre,
Derrubando uns fios de energia,
Criando novamente um apagão,
Voando no vento forte que anoiteceu o dia.
- Pelo menos hoje você não derrubou nenhum palco. - observou o Guri.
- Ops... - ela deu uma risadinha.
Ele invocou antigas canções
Daquela elfo que tinha o dom da música,
Que lançava um encanto em todos que a ouviam
E que a encontrou, acompanhado da Bailarina.
- Você vai deixar que tudo se repita, Ana?
- Só ele tem esse poder, Adrielle.
Essências mágicas daqueles dias;
Imortais, gravadas eternamente na alma,
Ecoam na mente confusa em ébrio,
Pelo frio, pelo vento e pelo vinho.
- Ele era bom o bastante pra ela.
- Ela foi embora, Adrielle... Há muito tempo.
Do sonho vivido de onde nunca se acordou,
Daquele “não” que não é dito,
Do risco já passado e que volta no presente
Que a chuva não consegue levar embora.
- A princesa quer voltar a ser fada...
As meninas e o Guri sentaram a sua volta
E ele sorriu...
Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui.
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