Enquanto o Narrador recebia novamente aquela visita imaginária...
- Boa tarde Sr. Mário.
- Não precisa me chamar de senhor!
Ele nem precisou sair,
Apesar de que era seu objetivo;
Não houve bala e nem cerveja,
Somente a chuva o saudava na janela.
"Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;"
Na porta, a batida tão esperada
Naqueles outros tempos mais frios,
Não chegou a ser surpresa,
Mas poderia ter sido de outra forma.
"Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;"
Não houve tempo pra nada:
Um abraço, um beijo, um sorriso e fim.
Preferiu nem olhar pela janela,
Pois seria duro demais àquela altura.
"Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos..."
Segurara sua mão e sentira seu perfume,
Doce ilusão de raro momento.
Um pedido e somente isso,
Pois as explicações ficaram para outro dia...
"Atos sao pássaros engaiolados,
sentimentos são pássaros em vôo."
Melhor seria ver à distância,
Como os demais encontros tortos,
Onde somente houve tristeza
E jamais tanta aproximação.
- Por que você não impediu isso, Mago?
- Beatriz, às vezes podemos imaginar, mas não podemos ter certeza do que vai acontecer.
- E agora? O que tenho que fazer?
- Como se você não soubesse...
"Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor..."
Mago Merlin... ode, mais uma vez, a Quintana... aquele que sempre esteve aqui!
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