Pareciam formiguinhas andando do lado para o outro,
Subindo no armário, atrás da antiga caixa,
Espalhando tudo pelo chão,
Para depois arrumar com precisão.
- Mas estamos quase no verão, precisa este frio todo?
- Narrador, deixe Adrielle dar o clima da coisa. - pediu o Mago.
A pequenina deu um risinho
Igual àquele da menina Jaqueline,
Que saudou o Mago logo cedo, com a mesma alegria das manhãs,
Apesar do olho roxo (deixa quieto... ela está bem e sorridente como sempre).
Frutinhas vermelhas foram unidas num colar
E caixinhas foram enfeitadas com papel brilhante e lacinhos.
Deborah usava a luz dourada das estrelas e o brilho da lua
Ao pintar bolinhas de sabão para serem penduradas depois.
Um pinheirinho foi miniaturizado pelo Mago;
O menino trouxe uns "galhinhos" secos logo rejuvenescidos,
Enquanto o Guri e o Narrador separavam pergaminhos e penas,
Para que todos escrevessem suas cartinhas.
A antiga árvore dos passarinhos,
Presente da amiga artesã lá da montanha,
Foi totalmente enfeitada com tudo que recolheram,
Para saudar o Natal que se aproxima.
- As cartas estão prontas? Aproveitem que Chapeuzinho (Vermelho) vai levar a dela e pode levar a de vocês também.
Ana pediu uma mochila nova;
Adrielle, um vestido cor de rosa;
O Narrador e o Guri dividiram os mesmos desejos
De pergaminhos, penas e canetinhas (para ficarem mais modernos).
O menino nada pediu de especial,
Pois seu maior desejo é outro,
Apenas uma armadura nova
Para enfrentar o dragão mais uma vez.
Aliás, o dragão pediu um isqueiro...
Tá ficando velho e precisa de uma ajudinha às vezes.
Os desejos do Mago e de Deborah não foram revelados,
Talvez porque já não tenham mais o que pedir além de felicidade.
O dia, então, começou frio,
O fogo foi aceso, outros pensamentos surgiram,
Um abraço e um beijo foram trocados,
Enquanto o Mago aguarda para conhecer o futuro.
- Ele fez isso, Narrador? - perguntou Ana.
- Como se você não soubesse!
Mago Merlin... preparando o Natal... aquele que continua por aqui!
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