25.2.10

Estrelinhas, Girassóis e Sombras

Durante a festa daquele rei gordinho,
O Mago preferiu algum repouso,
Mas passeou com Ana e Dri, pela capital próxima,
Já que não lhes deu tanta atenção como gostaria.

Viram histórias dos deuses antigos
Que os fez rir da tamanha imaginação
De alguns que já não tem mais o que inventar,
Para divertir outros com sede de novidades.

Na volta elas começaram as despedidas:
Voaram roupas, malas, papéis, canetinhas,
Causando furor por todo o canto
E correrias do Dragão, do Narrador e do velho Guardião.

- Pronto! Espalhamos tudo que aprendemos! Cada canto da casa agora possui estrelinhas e você terá sempre nossa presença em cada uma delas.

O Mago, algo emocionado, as abraçou.
Priti, sua irmã Carol e Sid chegaram cedo,
Para buscar as meninas, conforme o combinado,
E assim todos se foram, protegidos pelos yetis.

No silêncio que se formou,
O Mago foi buscar um girassol,
No meio da plantação de folhas amarelo-ouro,
Para presentear Alice, num outro dia.

Encontrou, entretanto uma sombra...
Capricho da natureza, enfeitava olhos negros
Que traziam dúvidas, mistérios e incertezas,
Mas chamavam demais a atenção.

Do brilho dos girassóis amarelos,
Das sombras iluminadas dos olhos,
Das estrelinhas dispersas pelos cantos,
Virá a mágica do retorno, refletida pela próxima lua cheia...

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

14.2.10

O General

Conforme prometera, ele logo voltara,
Mas somente arrumou algumas coisas,
Deixou instruções, viu as meninas rapidinho
E retornou para onde fora.

Quando por lá, conhecera um tal general,
Que teve seus exércitos dizimados
Pelas forças de outras ganâncias,
Da miséria e da ignorância.

Por lá ficou alguns dias, foi e voltou algumas vezes,
Enquanto, por aqui, aqueles que se achavam reis,
Deixaram cair de vez a máscara que vestiam
E o Mago foi convocado para ajudar àqueles que realmente se importam.

- Diga que não vai ficar fora de novo! - suplicou Ana.
- Ficarei por aqui mais tempo agora, porém ainda há o que fazer por lá!

A cidade está bem quieta...
Enquanto em quase todos os recantos
Um tal rei gordinho é venerado,
Por aqui é só silêncio.

O tabuleiro está montado;
As peças se movimentam lentamente;
Um jogador dita as regras
E o outro as aceita, por não possuir melhor estratégia.

Adrielle se aproximou em silêncio
E Ana também – não queriam atrapalhar.
Deitaram, uma de cada lado, em seu colo
E ele afagou seus cabelos.

Assim ficaram um tempo...

- Vocês já podem voltar a protegê-las... se quiserem. - o Mago quebrou o silêncio.
- Tentaremos, mas sem Déborah não é assim tão fácil. - disse Ana, abrindo sua mochila cor de rosa.
- Mas, ao menos, chega de travessuras, né Adrielle?
- Hum... você já tem o feitiço com você. É só entregar! - ela riu.

Passarão vários dias,
Onde o descanso se fará presente,
Até que surjam novos confrontos
E o velho jogo de xadrez faça um novo perdedor...

Mas isso é história para outro dia.

Mago Merlin... aquele que anda por lá e volta para cá... mas continua por aqui, como sempre!