31.5.08

O Sétimo Ano

A bruxa bem que tentou atrapalhar, como sempre,
Só que anda enfraquecida por conta do seu inferno astral que terminou há pouco...
Enviou chuva forte e desânimo,
Além do frio e do vento.

Só que o barulho apareceu...
Não como antigamente, mas foi o barulho de sempre
Daqueles meninos que cantavam e animavam
Os corações dos mestres e aprendizes.

Eles voltaram e, junto com eles,
Aqueles que se foram em forma de saudade,
Vindos de todas as partes,
Para brindar mais uma vez.

No início o Mago e a Fada dos Olhos (que, claro, foi quem animou o Mago e neutralizou o feitiço da bruxa)
Foram saudados pelos pequenos... aqueles dos olhinhos que sempre falo.
O Anjo estava lá, assim como a Bela que iluminou as trevas, Polinésia, dentre outros
Assim como os próximos... aqueles que o Mago não conhece...

Aos poucos o “sétimo” foi chegando
E confirmando a tal da máxima
Que “saudade é um elogio ao passado”,
Pois os tempos mudaram, mas o coração continua o mesmo e assim sempre será!

E naquela história do homem e a estrela, a paixão recupera a emoção do estar junto...

Mago Merlin... frio, chuva e barulho... é a segunda estação francamente instalada... aquele que trabalha na cidade, vive na montanha, mas continuará sempre aqui!

25.5.08

O Encanto do Bilhete

Despediu-se da Estrelinha e foi olhar para o céu
Naquele momento que tudo muda,
Onde a felicidade é relativa
E o coração descobre o significado da história...

Eis que mais um bilhete aparece em cima da cômoda.
“ A mágica só se torna mágica quando acreditam que ela realmente está entre o céu e a terra! Ou entre o mar e as estrelas?”
Imediatamente um ciclone domina o Mago fazendo-o desaparecer da montanha (havia um feitiço escondido naquelas palavras)...

- Quem é você? – o Mago ouve uma voz
- Sou o Mago que mora na montanha – ele responde enquanto observa quem se materializa.

De início, pareceu que era brincadeira de Chapeuzinho Vermelho...
A seguir achou que era uma princesa...
Antes que a voz respondesse, perguntou:
- Seria você mais uma estrelinha que caiu?

Ela disse que não era bem isso...
Somente alguém que mora num lugar distante,
Perto de lugares conhecidos,
Que acredita que os amigos podem ter idéias contrárias, pois isso engrandece...

Ele tirou o pó de suas vestes (viajar em ciclones gera muita poeira)
E conversou com a nova amiga.
Ela mostrou-lhe seu piano,
Afinal, como ela disse, “é a música que contagia a mágica e paixão, é o som do ritmar do orvalho...”

Despediram-se... a mágica do bilhete era temporária.
O Mago voltou para a montanha
Onde o frio embalou seu sono
Para caminhar ao sol, no dia seguinte...

E a menina das cores agora sorri... disso eu falo outro dia...

Mago Merlin... conheceu Nini Félix... aquele que sempre esteve aqui!

Som e Luz

Enquanto a capivara pastava à volta da casa...

- Você falou que contaria sua viagem no tempo. - reclamou a Estrelinha.
- Sim, mas isso não impede também de falar da capivara!
- Comece! - insiste a Estrelinha
- Assim seja...

Era uma vez uma casa de imperadores...
Aquela onde estive outro dia quando decisões foram tomadas.
Velhos amigos convidaram para uma volta ao passado, guiada pelos fantasmas do tempo.
Ah! Esses fantasmas! Contaram uma história real de uma festa de princesas...


- E como eles fizeram?
- Abriram um portal de luz através de pingos d'água diminutos e lá contaram a tal história daqueles imperadores que foram donos da casa.


A noite era de estrelas e logo os fantasmas foram embora.
Os amigos jantaram, a seguir, servidos pela bela jovem de nome doce como o mel.
Na saída, saudados assim foram pela lua. Já quase pela metade, mesmo assim iluminou o antigo palácio com seu brilho de prata.
A lua... Agora em minguante, mesmo assim não perde a majestade.

- E a capivara?
- Falo dela outra hora...

Mago Merlin... dias de sol e de lua... feliz por reencontrar velhos amigos. Aquele que sempre estará aqui.

15.5.08

Mágicas e Paixões

A mágica da montanha surge através de sons, nuvens e palavras...
Encontro aquele “klown”, amigo da garotinha (passou a ser meu amigo também),
“Brigando” pela atenção da amiga que também surgira do nada,
Enquanto cuido de um pé cortado da menina-moranguinho (dessa eu falo outra hora).

Na mágica, até a Menina das Cores ressurgiu
Como uma fada encantada, que traz amor no coração.
Mostro ao “klown” que executa a pergunta:
- E qual seria o conto se a fada assim não fosse?

Embatucado com a pergunta, digo que gostei apesar de não entender muito bem o que ele queria dizer. Ao que acrescenta:
- Gostou? Sem entender? Está parecendo comigo quando ouço suas histórias... mas é simples: o conto não seria o mesmo se a fada que nele protagoniza não fosse do jeitinho que a gente gosta que ela seja!

Sugiro mais músicas. Ele envia imagens em movimento de sons, da rádio experiência, de bons momentos passados.
É a mágica da montanha...
Surge do nada, com fadas, magos e duendes... com paixões, luas e momentos inesquecíveis...
E clowns é claro!

Mago Merlin... recarregando as energias... aquele que sempre estará aqui!

Prisões

Dias se passaram até conseguir chegar em casa...
Nem foram tantos, mas a sensação de prisioneiro não é interessante (melhor poder olhar para o céu).
O Eremita não apareceu, pois há muito ele foi expulso da montanha...
Só que, na cidade, ele surge às vezes.

Eremita: o símbolo da prisão...
Aquele que sucumbiu aos encantos
Dos que acreditam viver livres,
Enquanto se entrelaçam em grilhões.

Alguns pensam – e o Eremita é assim – que liberdade é ter o poder,
No crescer de um ego doentio,
Na ilusão da felicidade
Em grandes coisas de valor inexistente.

O poder carrega a ansiedade ao lado
Das correntes da angústia,
Que os fazem sucumbir
E viver em prisões, na ilusão da liberdade.

Por elas caminha o Mago,
Observando o engano de seus moradores,
Enquanto os algozes, que também são prisioneiros,
Acreditam que viverão pra sempre impunes.

“- Que a mágica da razão, de quem o tempo é o grande senhor, um dia tome o controle da situação e liberte os eternos eremitas de seus cubículos rodeados de espelhos.”

Mago Merlin... observando... esperando o momento de seguir em frente, sempre em rumo da liberdade. Aquele que olha para o céu e que continua sempre aqui!

11.5.08

A Carta

Chegou em casa cansado,
Pois o outono começa a deixar espaço para o inverno,
Com chuva e frio,
Como é comum na montanha.

De longe, viu uma pequena luz em cima da cômoda...
Chegou perto e materializou-se um envelope...
Uma carta...

- Carta? – perguntou a Estrelinha
- Sim... falando daquela outra estrela, lá de Júpiter – respondeu o Mago.
- A favorita daquela história?
- Não seja apressada e somente escute...

Aproximou-se e o envelope pulou em suas mãos.
Sentou, abriu e começou a ler...

“Merlin.
Eu estou escrevendo essa história porque sei que é o único que pode compreendê-la. Você tem os muitos anos de experiência, sempre por perto, observando e aprendendo com os pequenos seres desse mundo encantado... e você é dono de um coração que é capaz de ver muito além. Por isso também digo que é o único que pode guardá-la.
Como uma boa história, irei começar com: “Era uma vez”...

Uma pequena estrela no céu, meio tímida, com medo de seu próprio brilho...”

- Imagine! Uma estrela com medo do seu brilho?
- Você também já foi assim...

“Ela estava cansada de somente brilhar... de ver o passar das noites... de estar lá no céu tão silencioso e distante de tudo. Ela sonhava... sonhava com os seres que, lá de cima, observava.
Em especial, havia um determinado ser encantado que era diferente. Ele tinha um dom que há muito outros haviam perdido: ele sabia sonhar, usar a imaginação e manter sua mente aberta...”

- Hum... você já andou contando isso...
- Pegue uns biscoitos, Estrelinha.

“Ele também olhava o céu, onde centenas de estrelinhas brancas, coloridas e de maior ou menor brilho, pareciam brincar naquela outra dimensão... e nessa noite do “Era uma vez...”, ele olhou para o céu e o observou com mais atenção.

Sua essência passou por aquele portal e, como um raio, encontrou o olhar da tal estrelinha tímida e pequenina, escondida num pedaço pequeno de céu escuro, protegida pelo planeta Saturno.
E assim a mágica aconteceu! A estrela deixou pra trás o medo de seu próprio brilho... eles, então, se uniram... num mesmo longo caminho a percorrer...”

- E quem mandou a carta, Mago?
- Nem imagino. Apareceu como os bilhetinhos que Nini Félix deixa.
- E quem é Nini Félix?
- Também não imagino quem seja...

Mago Merlin... o frio está chegando e os momentos de maior magia também... aquele que sempre estará aqui!

6.5.08

Somente um sonho

A Estrelinha andou por uma floresta
Cheia de fadas e duendes...

- Então, agora é sua vez! Conte essa história! - pediu o Mago
- Sei contar não...
- Tente... libere seus sonhos.
- Você falou para tomar cuidado porque eles se transformam em realidade... conte um sonho você... depois eu elaboro melhor.

O Mago serviu um chá e começou:

- Há muito tempo um feitiço não se realizou: o choque entre as esferas da distância (depois eu explico isso) causaria efeitos imponderáveis.
Eram duas figuras místicas. Uma grande e outra pequena... ambas de grande poder reservado nas tais esferas.
Um sonho... onde o único poder era a própria imaginação e dois desejos incrustados em duas pessoas.
A grande foi bem recebida. As pessoas jamais conhecidas eram claras nesse sonho. Alguém diferente também apareceu (nos sonhos tudo é possível). A pequena sorria...
Eles saíram, passearam por locais desconhecidos da pequena. Falaram algumas coisas, se abraçaram e se beijaram.
E aí o sonho acabou...

- Mas isso é história que se conte? - reclamou a Estrelinha.
- Sonhos são assim... quase ninguém os entende. Tome seu chá. Depois conto da carta que recebi. É uma outra história que ficará para outro dia...

Mago Merlin... viu a Fadinha feliz (ela reencontrou um caminho...)... esperando novidades... aquele que sempre estará aqui!