25.12.08

A última despedida

Antes de partir, uma última noite na montanha...
As meninas já foram, protegidas pelo dragão,
Pois os yetis ajudarão a levar as coisas...


- Preciso ficar ou posso ir também? - perguntou o baixinho que guarda a fronteira transparente.
- Pode ir... sua missão aqui está encerrada – respondeu o Mago - mas proteja o caminho das tempestades que andam por lá. A viagem será longa. Um gnomo terminará o encanto aqui. Hoje eu mesmo defenderei a fronteira.


No silêncio do dia de Natal, o Mago recebe um último presente, vindo da Fada dos Olhos, que conta uma história...

“ E agora sim!
Esta foi a última da grande série de despedidas que a Fada dos Olhos e o Mago Merlin fizeram.
O sábio Mago fez tudo como convinha... guardando as notícias da mudança, apresentando-as lentamente, em seqüência lógica, como quem sobe os degraus de uma grande escada.
Ele sabia que a amizade era forte e que não dava pra dizer adeus e ir embora...
Mas agora ele vai...
Da serra, onde fica a montanha, para um planalto, um tanto mais pra baixo no mapa.
E nesse planalto terá um Castelo inteiro para cuidar.
Muito trabalho, muitos encantos a fazer, muita gente pra conhecer, muita coisa pra mudar...
Essa nova terra parece ser mágica também.
Nela as fadas e magos passaram muito tempo observando a natureza e subverteram a ordem do Mago dos Magos, o maior de todos, que diz que há hora para plantar e hora para colher. Com uma magia poderosa, eles conseguiram fazer com que toda hora fosse hora de plantar e de colher e, por causa dessa magia, as terras do Castelo tem um cheiro permanente de maçãs.
O olhar do Mago Merlin era de expectativa, apostando nessa nova vida.
Como excelente alquimista, sabe que não é só uma questão de apenas fazer as misturas com os ingredientes corretos.
Ele sabe que terá que aguardar um pouco (ou muito) para aprender a mágica deste novo lugar e que, por enquanto, em sua vida, ele estará no momento do plantio; mas sabe também que a colheita ocorrerá no seu tempo e que o tempo agora é um aliado, pois ele está trilhando o caminho escolhido.
Então querido Mago, vai aí um grande desejo e talvez um feitiço, desta humilde fada.
- Que você siga pelos caminhos olorosos do Castelo, que encante as pessoas daquele planalto tal como fez aqui pela serra e que consiga neste novo destino encontrar a felicidade!
Um até breve, sem prazo de validade!
Fada dos Olhos"

Mago Merlin... aquele sempre estará aqui!

20.12.08

Pelo singelo direito de sonhar...

Remexendo coisas guardadas com carinho,
Encontrei uma carta, recebida há muitos anos,
De alguém muito querido,
Que contava uma história mais ou menos assim...

Num momento encantado uma magia aconteceu:
Mãos se tocaram e, num segundo,
Ela tocou o meu coração
E lá encontrou o dela...

Dois corações, duas almas...
Um Mago e uma Fada
Unidos por uma obra do acaso,
Num momento único que jamais será esquecido...

Agora, muito pertinho do Natal, na estação do silêncio,
Quase na hora de mais uma longa jornada,
Transcrevo aqui um dos mais lindos textos que ela escreveu...

"Pelo singelo direito de sonhar...

Um dia me disseram que contos de fadas não existiam. Então, eu que sempre fui turrona não acreditei e disse a todas as minhas amigas que eu mesma era uma fada e, mais do que isto, que todas as noites, ao adormecer, eu ia até a Lua, virava na Rua Regina, lá me abastecia de poderes encantados, encontrava as outras fadas e voltava para Terra, antes do sol nascer.

No meu país encantado existiam também bruxas (mas todas do bem), gnomos, anjos, magos... Havia espaço para todos os seres encantados e, se você quisesse, diria na hora para você qual destes seres você era (todos nós, ao dormirmos, nos transformávamos em seres mágicos). Se fosse uma fada, deveria comer margaridas, porque este era o alimento sagrado das fadas, só eu que não precisava, porque comia lá na Lua.

Até que em uma manhã chuvosa eu acordei e percebi que naquela noite não havia visitado a Lua. Senti-me muito triste: por que será que não fui para a Terra das Fadas esta noite?! Contei os minutos durante todo o dia, ansiosa, esperando a noite cair, para descobrir o que havia acontecido. Qual não foi a minha surpresa quando, no dia seguinte, vi que também não havia ido para a Lua naquela noite. Anos mais tarde fui descobrir que, na noite anterior, havia perdido a minha licença para ser Fada e, com isto, o caminho para a Terra das Fadas havia sido interditado pra mim... Jamais poderia voltar à Lua.

Minha licença foi caçada no momento em que disse para minha amiguinha que Papai Noel não existia. E naquele dia eu não entendi, mas violei a maior lei do Universo... a do encantamento. Não sei se vocês sabem, mas além da lei da gravidade, daquela que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, tem também a do encantamento. São poucas as pessoas que conhecem, mas ela existe sim... diz sobre acreditar naquilo que não vemos e é bem semelhante com o que os adultos, letrados, chamam de fé... Mas ela é mais do que isto, é a matéria que compõe os sonhos, que dá cor a vida e que traça o caminho para a Terra das Fadas. Violar esta lei é crime grave, ainda mais neste caso, em que eu estava retirando o direito de fantasiar daquela pessoinha. A punição para isto é a prisão perpétua no País do Ceticismo... o mesmo lugar aonde havia sido acorrentado aquele um que me disse que contos de fadas não eram reais. Ceticismo que, na tentativa de desvendar os mistérios do mundo, não te permite ver/sentir tais mistérios, porque cega os nossos verdadeiros olhos, os do coração. Não te permite imaginar o inimaginável e, assim, tenta varrer a fantasia da sua vida e tudo fica meio cinza e morno... E toda a memória da infância encantada vai sendo esquecida, pois quanto a isto o Universo é cruel, assim que você fecha as portas para o mundo da fantasia ele também vai se fechando para você...

Sorte que, 20 anos mais tarde, consegui encontrar uma brechinha na porta da Terra da Fantasia, porque sempre que você experimenta algo que você só consegue compreender pelas (sem) razões do coração, como o amor genuíno, uma fada sorri lá na Lua e abre uma pequena brecha pra você, que com sorte, pode avistá-la aqui da terra e agarrar-se a ela... Para que isto aconteça só é preciso andar distraído, garanto...

Ainda sonho em visitar a Rua Regina, principalmente nesta época do ano, em que sinto ainda mais saudades dos encantos... mas meus pés continuam acorrentados, impedindo - me de voar mais alto... Talvez seja por isto que hoje carrego uma fada tatuada na minha cintura... Pelo singelo direito de sonhar.

E se hoje, quase véspera de Natal, você me perguntar se acredito em Papai Noel, a minha resposta seria, claro que sim!!"

Mago Merlin... homenageando a amiga que, assim como ele, sempre esteve aqui!

13.12.08

O Último Baile

Ao final de 3 dias de celebração,
Onde, vestindo suas túnicas pretas com galões esverdeados,
Magos realizaram o feitiço final
E os pequenos aprendizes de olhinhos brilhantes partiram para o encontro de seu destino...

No castelo de cristal, montado justo naquele parque,
Enfeitado e iluminado para brilhar na noite chuvosa,
Aprendizes, magos, fadas e convidados
Festejaram o final de mais uma jornada.

O último baile que ele veria todos juntos...


A Bela, que um dia iluminou as trevas,
Esbanjava alegria e beleza,
Assim como Polinésia, o Anjo, a Oradora, a aprendiz que veio das Minas
E aquela Bruxinha favorita de Vênus...

O Mago não poderia deixar de participar,
Assim como a querida Fada dos Olhos e o Mago da Luz...
Dançaram, brincaram, se divertiram
E sentiram saudades, elogiando o passado.

Os antigos estiveram por lá
E o Mago, mais uma vez,
Reviveu o sonho que o fez tão feliz...
É chegado o momento de seguir em frente, pois este sonho acabou...

Em dado momento, ele se viu envolto em lembranças
E tudo passou na sua mente:
- Por que o tempo não parou?
A resposta não veio e ele preferiu sumir pelo armário...

O dia amanheceu frio...
O silêncio começa na montanha,
Pois terminou a terceira estação
E agora é a hora de ir embora...

Mago Merlin... no carinho deixado em um afago nos cabelos de seus queridos, ele deixou o seu adeus... aquele que sempre estará aqui!

12.12.08

O choro da Lua

Chove...
Gotas finas e lentas...
A Lua chora mais uma vez, 
Quando deveria mostrar sua luz, em porcelana e prata.

Seria bonito ver seu brilho
Iluminando aquela construção...
Imaginemos: um belo castelo
Todo feito de cristal (e por que não?).

Aquele antigo palácio, 
Das antigas festas e de outros bons momentos,
Este ano não pode ser usado
E o Anjo e seus amigos criaram, então, o belo lugar!

Mas falarei disto depois, pois para o feitiço final ainda falta um dia...

Agora, só despedidas:
Da terceira estação,
Dos eternos e queridos amigos,
Da velha montanha...

O Mago, aquele que sempre estará aqui, segue em direção ao sul,
Perto do lugar onde um dia foi encontrar Papai Noel,
Seguindo o clamor de seu coração
E o pedido de uma outra fada encantada (dessa falarei depois também).

Alguns elfos virão ajudar...
Assim como os yetis e a Bruxa da Faxina...
Ainda vai encontrar a professora e a amiga da Bahia
Ainda vai encontrar muita gente...

Pena que a Lua só chora...
Dificilmente seria de outra forma...
Mas a lembrança do brilho dos olhinhos dos pequenos aprendizes
Iluminará o caminho...

Mago Merlin... aquele que sempre estará aqui.

6.12.08

A História do Dragão

Houve um tempo, em outra dimensão,
Que os dragões eram poderosos
E dominavam os homens,
Comandados por feiticeiros do mal...


Um desses dragões recebeu uma missão:
Derrotar um cavaleiro errante,
Que procurava sua princesa
No interior de uma caverna, onde ela era cativa.


Antes de encontrar o cavaleiro,
Ele viu a menina que aproximou-se sem medo...
Deu-lhe um “olá” e acariciou sua testa,
Além de oferecer-lhe um chá.


Uma lágrima ameaçou cair dos olhos do dragão
Que foi embora sem cumprir sua missão.
Afinal, como poderia magoar a doce menina,
Depois de tão gentil acolhida?


O cavaleiro, então, encontrou sua princesa
E, juntos, comandaram uma batalha contra os feiticeiros...

De tão irados que ficaram,
Baniram o dragão para outro mundo...


Ele surgiu num parque de diversões (como aquele que falei outro dia)
E antes que causasse muito espanto,
Viu um armário e por ele entrou,
Vindo parar no País dos Sonhos Verdes...


- Então aqui ele virou jardineiro, Mago? - perguntou a Dri.

A cena era bem interessante:
Os yetis jogavam cartas e as meninas brincavam no lago da cachoeira, enquanto observavam o dragão cuidando das rosas...


- Não é bem assim – respondeu o Mago, afagando sua cabeça – Ele cuida da rosa azul e ainda enfrenta cavaleiros errantes (o menino foi um deles); mas ele é dócil e, um dia desses, pode leva-las para voar.
- A mana tá chamando... me leva no colo?

E o Mago, com muito cuidado, coloca a menina nos braços e a leva até as demais.

“- Xau, Mago!”

Um jato d'água transformou-se em nuvem e desapareceu, a seguir, levandos os yetis e as meninas... Qualquer hora elas voltam... afinal, elas nunca aconteceram...

Mago Merlin... a terceira estação terminará em alguns dias... aquele que continuará sempre aqui!

30.11.08

Chuva e Reflexões

Bem que o sol tentou aparecer,
Mas o tempo é de chuva e já sinto o vento frio...
Nuvens carregadas escurecem o dia
E os pensamentos giram em torno dos momentos futuros...

Encontrou o (K)Clown, outro dia, observando o halo do sol na imagem digital...
- Velho Mago: tudo na vida são momentos e todos os momentos são parte da seqüência da vida...

Considerando que o amigo não costuma falar dessa forma, o Mago retrucou:

- Você normalmente não filosofa !

Ambos riram...

- Veja: de um momento para o outro a esperança pode virar desilusão e desilusão pode virar felicidade; cada momento é eterno quando o relógio está quebrado e o tempo só pára quando o cronômetro, em contagem regressiva, chega a zero!

O Mago preferiu deixá-lo falar...

- O momento seria único se a vida não fosse cíclica, pois a Natureza é sábia... Só que os momentos nem sempre são assim! 
Já que o momento é de reflexão, a bruxa pode falar com o espelho e resolver aparecer com seus feitiços. Só que ele passa, assim como o tempo, mas o momento do antídoto é eterno e vai além,
Pois são dois momentos depois da eternidade...

Por fim, ele terminou o discurso dizendo:

- Quando o momento se torna uma forma infindável de frases entorpecidamente ininteligíveis, é hora de parar e voltar a pensar um momento...

O (K)Clown, então, foi embora. Em algum momento, ele volta...

Mago Merlin... aquele que sempre estará aqui!

23.11.08

O Castelo do Monte

Demorou um pouco para o Mago entender o que se passara...
Hora de voltar de mais uma aventura,
Dessa vez nas terras mais ao sul,
Onde os montes substituem as montanhas...

Já não é novidade que ele sempre peregrina
Pelas terras altas e baixas...
Tanto que, um dia, encontrou a montanha
E os seus queridos aprendizes.

Enfim...

Um longo e rápido vôo...
Depois um coche alugado
E uma estalagem próxima à estrada
Que o levaria ao local indicado.

Era só um longo planalto,
Onde um castelo mostrava o local
Que ele deveria encontrar aquelas pessoas,
Das quais falarei em outro momento...

Recebera um convite...
Fazer novamente o que sabe de melhor,
Encontrar novos sonhos
E destruir a antiga ponte (aquela de que falou o Mago da Luz).

Foi e voltou no mesmo dia...
O coche era rápido e valente (bom companheiro).
Seus pensamentos giraram em meio ao cansaço
E às grandes dúvida de um novo desafio.

Preferiu descansar na estalagem: ia encontrar a Garotinha no dia seguinte.
Só que a bruxa, não satisfeita em enviar a chuva,
Mandou milhares de pessoas bloquearem seu caminho
Para evitar o tal encontro.

O Mago, então, usou de toda sua magia
E desviou habilmente do bloqueio.
Encontrou a amiga e as eternas emoções apareceram depois...
No momento do vôo de volta...

Agora é hora de retornar à realidade atual.
Juntar os pedaços do sonho,
Reunir as forças
E pensar no que será o amanhã...

Mago Merlin... voltando... mas continuando sempre aqui!

20.11.08

Terabithia

Em dado momento,
A bela menina de olhar decidido
Conta para seu amigo inteligente e tímido,
As histórias daquele príncipe e de seu peregrino navio...


Constroem um brinquedo que não era bem uma ilha (mas o nome era parecido)...
Somente um lugar de encantos,
Cheio de mistérios e desafios
Que vencem em seu castelo no topo de uma árvore.


Um dia eles foram embora, mas deixaram lá o seu mundo encantado.

De certa forma, outros que vão embora
Também construíram seu mundo encantado,
Por onde brincaram ao longo de tanto tempo...
- Então meus pequenos: caiu a ficha?

Ontem encontramos alguns...
Fui contar para a amiga Fada dos Olhos
As novas aventuras que estão por vir
E não resistimos ao convite de vê-los de novo.

Então deixo aqui mais um feitiço:
- Quando a noite parecer muito escura e sem fim, que uma breve luz passe por dentro de vocês e traga muita tranqüilidade, pois tudo que movemos para alcançar nossos sonhos é a grande razão de sempre estarmos aqui!

Mago Merlin... finalmente falei de Terabithia... aquele que sempre estará aqui!

16.11.08

Tinha que ser assim?

A noite cai sem frio e sem chuva...
Só um vento fresco, depois de um dia claro.
A preguiça da calmaria da primavera
Preenche os espaços do coração...

Nesta época do ano,
Quando o silêncio vai chegando,
As tardes são sempre assim:
Frescas e silenciosas, lembrando um tempo perdido por aí...

Dá vontade de ficar o tempo todo sentindo o vento
E parar o tempo naquele momento
Em que o sol se pôs,
Mas ainda existe luz suficiente no céu.

Nessas horas, então, a gente pensa e pensa...
Afinal, por que tinha que ser assim?
Por que era risco?
E o Tempo, Senhor da Razão, terá que curar isso também?

- Mago, nós vamos embora!
- Divertiram-se?
- Sim! Você bem que falou que o parque ficou bonito!
- Que bom! Os pequenos receberão o feitiço final lá!

“ - “Xau” Mago!”

E num raio de luz, deixando poeira das estrelas,
Elas se foram, mais uma vez!

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

15.11.08

Cedo ou Tarde

Poderia ser mais uma sexta-feira comum,
Só que nessa o convite veio do Tibet
Que tem um representante aqui na montanha
(pelo menos é o que dizem por aí).

Dessa vez o Mago foi para vê-los cantar,
Não sem antes receber, na sua casa, a Fada dos Olhos,
Que trouxe emocionante presente do Anjo,
Além de outras tantas novidades.

Já não encontrava sua amiga
Desde um dia que encantou a menina Dora,
Com um feitiço de alegria,
Numa curta viagem de aventura (isso eu não vou contar outro dia...).

E lá estavam os pequenos aprendizes...
Falar de um por um, como pediu a Bela que um dia iluminou as trevas,
Ficaria meio difícil, já que todos moram no coração do Mago,
Pois a distância não o deixa esquecer que ele sempre esteve por lá...

Faltando pouco para o feitiço final,
Os seus olhinhos brilharam, mais uma vez, festejando os seus momentos
Enquanto o Mago e a Fada dos Olhos (que sairam pelo armário)
Deixaram seus melhores encantos de alegria!

Mago Merlin... momentos de despedida da terceira estação... aquele que sempre estará aqui!

9.11.08

Bom o bastante

Aquele menino, que gostava da Lua, nunca mais apareceu,
Mas o narrador, depois de ler uns escritos da Estrelinha (aquela que um dia caiu aqui),
Resolveu usá-los para lembrar dele...
Que sumiu num encanto da noite...

E, quem sabe, se o menino surgisse, escreveria algo assim...

Impossível ouvir aquela música,
Que me enfeitiçou quando você estava aqui,
E não lembrar daquele tempo
Que eu cantava pra você.

Impossível ver o fim de tarde,
Com o vento batendo no meu rosto,
E não pensar na lua,
Que logo estará cheia de novo.

Foi tudo como o tocar em uma borboleta,
Bela obra de arte...
"Pequenina, voraz, dona de uma leveza, é sumária, frágil, indefesa e passiva...
Segure muito apertado e se romperá, deixe muito solta e voará..."

E assim foi e você partiu,
Sua beleza foi para outro lugar
E, por aqui, sigo meu rumo,
Mas seu encanto não deixou que eu não olhasse para trás.

Mago Merlin... a Estrelinha agora escreve coisas bonitas e o narrador as usa, pois as mesmas encantam também... aquele que sempre estará aqui.

2.11.08

Dispersos pelo mundo

A pedido de uma amiga,
Que quis ouvir minhas histórias,
Entrei no armário empoeirado
E fui rever o que jamais será esquecido.


Desde o tempo das primeiras festas juninas,
Passando pelas transformações...
De fantasma a carta de baralho,
Passando pelo black power e pelo cereal...

Das primeiras emoções, repetidas quatro vezes,
Como quando vi aquele sorriso, com a placa na mão,
No momento do feitiço final,
E dos diferentes momentos de elogiar o passado, pensando na astronave do futuro...

Lá fora, da janela, só vi uma estrela...
Trovejou e começou a chover...
Como o choro da Lua,
Quem sabe também lembrando os tempos antigos?

Levantou-se poeira
E valeu e foi muito bom,
Mas agora falta a gente se encontrar
Pra cantar as velhas canções e disparar, novamente, os nossos corações...

Mago Merlin... momento saudosista em meio a uma tempestade... aquele que continua sempre aqui!

31.10.08

Dia das Bruxas 3

Não tenho mais o seu encanto
Que me protegeu das outras vezes...
Uma em crescente, outra em minguante,
Mas em nova o mal teve mais poder.


Já não tenho sua presença
E muito menos a ilusão
Dos sonhos que me trouxe no que agora é passado
E que não tornou-se futuro...

Feitiços estuporantes rasgaram os céus,
Cheios de nuvens de chuva,
Clareando, com raios verdes e vermelhos,
A noite escura e sombria...

A bruxa do mal trouxe reforços:
Bruxos, outros, que conjuram
Feitiços imperdoáveis,
Onde somente o poder do Mago da Mente consegue superar...

De súbito... atingido...
Dores crescentes pelo corpo,
Um grande mal estar
E tudo fica mais claro...

A bruxa se foi, assim como seus aliados.
Pensou ter vencido,
Mas mal sabe ela
Que a queda reverte num levantar mais forte.

Mago Merlin... recuperando as forças... aquele que sempre estará aqui!

26.10.08

Hi-Lili, Hi-Lo!

Lá não tinha o cheiro de pipoca,
Feita pelo moço vestido de branco, vindo da carrocinha amarela...
Maçã do amor foi substituída por outras frutas, banhadas em chocolate,
Mas as moças namoradeiras e os moços tímidos, ainda são vistos passeando pelo lugar.

Balões coloridos cheios de hélio, nem pensar!
Muito menos o teatrinho de marionetes,
A casa dos espelhos, o carrossel
E aquela roda gigante que a todos fascinava!

De qualquer forma, ainda é um parque de diversões!

Com a amiga da Bahia, que lida com as leis,
O Mago passeou naquele lugar, sempre mágico,
Que encanta as crianças e os adultos também
Mesmo que só o auto-pista tenha sobrado dos sonhos antigos.

Na volta, deu uma olhada na bola de cristal...
“Era uma vez...”
A frase apareceu em meio a algumas nuvens
E ele resolveu ver o que era...

Encontrou alguém que veio de um jardim;
Outra que mora em uma ilha distante
E mais uma que veio do espaço.
De comum: as três cantavam!

Ficou lá por um tempo e foi embora.
Vai voltar, com certeza, para saber de mais histórias
Que contará por aqui,
Mas isso será num outro dia...

Mago Merlin... a Bailarina fez aniversário, e ganha os “Parabéns!”... aquele que sempre estará aqui!

19.10.08

Terra, Vento e Paixão

Aí foi uma surpresa não tão espontânea...
O Mago materializou-se no espelho
E a imagem já não era mais em preto e branco,
Pois havia charme, cor, baton,
Seus cabelos agora estavam soltos
E haviam sombras para iluminar, além de um belo pingente.

Ele, então, contou que havia algo que ela deveria ver.

Ela gostou da surpresa e eles conversaram um pouco.
O Mago materializou músicas, em sua caixinha, e fez algumas perguntas,
Já que a bonequinha sumira e ele queria confirmar
Se haviam notas musicais na mesinha de cabeceira.

Resolveu falar de fantasias...
Afinal, será que a vida é uma fantasia?
- Depende – ela respondeu.
- Se seus sonhos viram realidade, antes eles eram fantasias – ele retrucou.

Ela somente pensou...

Imagino se a conversa continuasse...

- Cada pensamento é um sonho precipitando-se numa correnteza,
Trazendo vida ao seu reino de acontecimentos.
Dentro do seu coração existe um espaço onde nada pode apagar suas fantasias.
Mantenha sua mente aberta, entre num navio voador e viaje por sobre a terra, seguindo o caminho do vento.
Busque sempre a paixão e todos os seus sonhos serão realizados...

E assim seguiu o dia chuvoso.
Ah! Na montanha chove, mas está agradável,
Porque podemos parar para pensar
Sobre o que acontece quando o sonho está numa mente louca que acaba por destruí-lo para sempre...

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

18.10.08

Nos tempos do voo da Apolo

Uma história que começou naquela lua cheia e que hoje eu conto aqui...

Naquela hora única em que a noite cai,
Ele vaga por aí, usando caminhos feitos em pedra e aço,

Entre os arranha-céus que parecem espetar o espaço,
E, às vezes, ele se sente só mais um na multidão...

Com o corpo no presente e a mente ausente,

Feito um transe hipnótico,
O Mago busca alguma coisa em algum lugar,
Até encontrar uma imagem no reverso do espelho de duas faces.

Em preto e branco, como antigamente,
Ela mostra delicadeza em seus gestos

Ao pentear seus cabelos longos e ondulados,
Procurando o melhor ângulo, para admirar sua obra...

Mostra vaidade e também gosta de música,
Pois na mesinha de cabeceira parece haver um pianinho,
Logo atrás de um frasquinho de cristal,
Ao lado do voil da cortina que tem um bandô bordado e enfeitado com uma bonequinha de pano (coisa de quarto de menina).

Ele também descobriu que dia 21 ela faz aniversário...
E pediu para deixar esta história aqui como surpresa
Para o dia que ela vier visitar o País dos Sonhos Verdes,
Como já o faz há bastante tempo.

Encontrará também um feitiço:
- " Que a Fênix renasça a cada ano!
Que ela receba sempre o mais puro amor!
E que o som mais forte e fundo das notas da alegria estejam presentes em todos os seus dias!"

Mago Merlin... lembrando um tal de Antonio e um tal de Tibério... aquele que sempre esteve aqui!

14.10.08

Contatos Imediatos

Na cidade o calor já chegou...
Ao mesmo tempo, a primeira Lua da Primavera veio como Manoela gosta:
Um belo halo amarelo,
Numa noite sem nuvens e sem estrelas.


Imagino como foi isso na montanha...
Provavelmente um vento fresco impulsionando o ar puro,
Movendo as folhas das árvores,
Abriu caminho para a sua luz.


Lembro do menino que a idolatrava...
Este sumiu, talvez perdido em um armário
Ou abduzido por aqueles seres de locais distantes...
Enfim, ele era um sonhador.


De súbito, um aviaozinho de papel, com um desenho de uma coruja,
Pousa suavemente na mesa do Mago que procurava uma fresca em alguma janela.
A coruja, por sua vez, pula do papel e entrega um bilhete ao Mago, enviado pela menina que risca e rabisca.
- Hoje não era o dia que eles chegariam? - perguntava a menina no bilhete.


Ele sorriu, mas não soube responder.
Eles? - pensou - será que o menino vem junto?
Aquele casal da lenda surgirá à sua porta?
E será que o ar se tornará mais respirável?


Talvez a Fada San pudesse responder algumas dessas perguntas, mas ela não estava a vista.
Fênix surgiu de surpresa, mas sumiu antes que ele pudesse lhe dar boa noite.
Quanto ao Mago, acho que ele vai esperar um pouco para ver o que acontece,
Porque na cidade as respostas não aparecem assim de forma tão simples...


Mago Merlin... se chegaram ou não, quem poderá responder? O único sinal foi o fuso horário que enlouqueceu... mas o Mago continua por aqui mesmo... como sempre!

12.10.08

Roda Viva

Há muitos e muitos anos,
Quando alguns outros (que se diziam reis) resolveram dominar o homens,
Surgiu um tal de Chico
Que cantou a história de uma roda...

Esse tais que aterrorizaram o mundo, por um tempo,
Já não existem mais (felizmente)...
E da história da roda sobraram algumas estrofes,

Pois tem alguns dias, realmente, "que a gente se sente como quem partiu ou morreu”.

Aqueles pequenos de olhos brilhantes querem contar novamente essa história,
Justo nos dias que receberão o feitiço final...
É certo que eles terão voz ativa, mandarão no seu destino
E suas roseiras serão as mais lindas do mundo...

Mas eles deviam fazer como o Mago (quando ele "irrita" a Fada dos Olhos) e dizer: “– Esta é uma história para contar num outro dia...”.

Voltando aos tais dos dias que o Chico cantou,
O Mago foi convidado para um almoço
Lá naquele lugar onde já subiu um balão
E que existem aquelas crianças com as suas várias histórias.

Lá o Mago vira aprendiz...
Aprende com a simplicidade do lugar,
Com a alegria daqueles que já sofreram
E hoje, bem diferente de outras vezes, estar por lá levantou suas energias (ah! as crianças estavam bem mais alegres do que o habitual).

Na volta, encontrou o Mago da Luz e com ele também aprendeu:

" - O bom mestre é aquele que cria as pontes...
Que nos deixam passar por sobre elas e, com prazer,
As fazem desmoronar para que caminhemos sozinhos!”

Hoje, como um aprendiz, o Mago pensa nisso...
As pontes devem ser “implodidas”
Mesmo que seja difícil, pois às vezes parece melhor deixar tudo como está,
Mas o tempo acabou e é hora de chegar ao outro lado.

Isto sempre é doloroso (a dor faz parte do nascimento),
Mas deve ser feito,
Pois é a única forma que existe
Para seguir em frente...

Mago Merlin... nada como um dia com boas energias e bons pensamentos... aquele que sempre estará aqui!

4.10.08

Parabólica 2

Há pouco mais de dois anos o Mago contou:

“Olhando por ai encontrei, talvez, um anjo que procurava alguém para guardar. Talvez uma menina algo só, procurando, no tempo e nos sonhos, a cura para a solidão (seria ela verdadeiramente só?). Já não era tão criança, gostava de música e gostava de sonhar... Se bem que, dizia ela, “não há muito mais tempo para sonhar porque o tempo escorre dos dedos das nossas mãos”.”

O tempo passou, logo fez aniversário
E o Mago surgiu à sua frente,
Saído daquele mesmo armário,
Levando os presentes que ela pedira...

A menina cresceu
E, claro, muita coisa mudou!
Seus cabelos ainda são longos
Das pontas cor de rosa (o Mago sugeriu isso também).

Suas cores ainda são brilhantes,
Mas o que chamou a atenção foi seu lindo sorriso,
Antigamente escondido,
Que passou a preencher as imagens digitais.

Seus sonhos? Ah! Ela ainda sonha,
Pois, em seu mundo fantástico, ama intensamente a leveza da liberdade...
Só lamenta que a poesia anda meio sumida,
Mas ela tem certeza de que não tem nada a ver com isso.

Hoje, no dia que completa 20 anos,
O Mago não vai lá, como da última vez,
Mas registra aqui sua admiração e carinho,
Enviando os seus votos de Feliz Aniversário!

Mago Merlin... Parabéns, Emi!... Aquele que sempre esteve aqui!

3.10.08

A Velha Senhora

Sempre admirei aqueles que já viram muitas luas
E muitos dias de sol...
Aprendo com eles,
Pois certamente são sábios...

Era uma vez... mais um conto de fadas!

Seus olhos são azuis e seus cabelos, mesmo branquinhos,
São dourados até hoje.
Contou que tocava piano, que fora professora e tivera três maridos...
Poetiza, lançou um encanto ao ambiente com o recitar, de memória, de um poema seu.

Acredita que seu tempo está no fim,
Mas não perde a pose de “mandona”...
Afinal, já andou pelo mundo todo
E já viu do todo um tudo.

Reclamou de uma dor que precisava de um alívio,

Onde um pequeno feitiço resolveu sem maiores dificuldades.
Para comemorar, tomou um café comigo
E lamentou não ter os bombons que oferece aos visitantes...

E desse encontro fica um grande ensinamento:
Saber viver é o mais importante
Para que, nos momentos próximos ao fim,
Saibamos alegrar aqueles que ainda tem muito o que caminhar!

Mago Merlin... ainda fará algumas mágicas para a velha senhora... aquele que hoje está muito “mexido”, mas que continua por aqui... como sempre!

24.9.08

Strawberry field forever

Acreditei que fosse mais difícil,
Mas o retorno veio com a sabedoria
Adquirida nos dias de descanso
Que a conclusão da lista proporcionou.


Então surge a história que começa como as outras...

Era uma vez (assim começam os contos de fada)...
Um menina que gostava do Sol!
Seu nome é o mesmo da Bailarina e lembrou-me Olhos Azuis (ela também domina o globo branco).

Seu apelido é nome de boneca e a forma como o conseguiu eu vou contar a seguir!

Tudo começou num belo dia quando o Sol pregou-lhe uma peça:
Deixou seu rosto vermelho-vermelhinho e a transportou
Para um campo verde-verdinho,
Cheio de morangos silvestres...

Ao voltar para sua casa,
Contou essa história para seus amigos
Que lhe deram o apelido
Mantido até hoje...


Um belo dia, bateu à porta do Mago
Querendo aumentar o seu saber.
Bem recebida assim o foi (ela trouxe as lembranças do tempo que ele ajudava a Garotinha nos seus trabalhos)
E viajou com ele ao passado, para conhecer coisas que hoje já não mais existem.


Assim começou uma nova amizade!
Simpática e de muito bom humor,
Ela segue seu rumo,
Tendo o Mago, aquele que sempre está aqui, a zelar pelos seus sonhos!


Mago Merlin... a terceira estação agora tem a Primavera ao seu lado... aquele que continua por aqui como sempre!

18.9.08

A Faxina

Saiu à varanda e viu o céu estrelado...
Na Lua Cheia as nuvens não permitiram seu brilho
E hoje também não a viu...
O vento piorou muito o frio que o inverno (em seus últimos estertores) não cansa de recordar.


Terminadas as tarefas da lista,
Concentrou-se na leitura...
Lembrou do tempo que era um “devorador de livros”,
Como bem dizia sua mãe.


Isso clareou sua mente,
Da mesma forma que a Bruxa da Faxina fará no sábado,
Apagando algumas lembranças
E abrindo caminho para novos pensamentos.


Já disseram, um dia (acho que ouvi isso de Alice), que você deve sempre esvaziar os armários
Daquelas coisas que um dia foram julgadas importantes,
Para que exista espaço para outras
Que agora devem possuir maior valor.


Uma abertura no caminho...
Trilhar sempre novos rumos...
Estar atento aos sinais (como sempre)
E, quem sabe, pensar no recomeço.


Mago Merlin... no momento lendo contos de fada... aquele que sempre estará aqui.

14.9.08

O Ninho

A chuva forte e rápida
Que caiu e molhou suas vestes e seu cabelo,
Trouxe a certeza de que a tarde seria de recolha,
Pois às vezes esta é a melhor opção (desde que seja uma opção).


Já há uns dias ele arruma sua casa,
Como um pássaro que junta gravetos para seu ninho.
Escreveu uma lista e passou a trabalhar nela
Sem esquecer dos passeios de bicicleta que tanto lhe causam bem.


Sempre atento, também, àqueles que ama e cuida,
Falou com a Garotinha (vai visitá-la qualquer dia desses...)
Que procura novos rumos,
Assim como perguntou à Fênix sobre o trabalho iniciado na semana passada.


Cuidar do ninho e dos próprios pensamentos...
Ele para, às vezes, e pensa
Sobre sua estrada que ainda há de trilhar
E do encontro do amor da própria e única forma que ele acredita.


Sonha com a montanha distante,
Onde não existe a sede do poder
E onde todo dia é um novo milagre
Daqueles que ele um dia também cuidará.


Lá é onde mora aquele casal da lenda...
Sendo lenda, será que tal lugar existe?
Isso ninguém ainda sabe...
Além dele, é claro!


Mago Merlin... a Lua, quase cheia, trouxe a chuva... aquele que continua sempre aqui!

7.9.08

Dia de Verão, em pleno Inverno e no início da Primavera

Um pouco distante da montanha
E mais longe ainda do mar,
Existem terras, onde seus habitantes
Contam, em cantos, histórias de amor.

E essas histórias foram contadas
Para uma platéia de pequenos aprendizes...
Até porque foram pequenos aprendizes
Que cantaram essas histórias.

Em dias de verão, em pleno inverno e no início da primavera,
As canções trouxeram saudades aos que moram longe,
Que gritam a liberdade, enfim tão próxima,
Vários anos depois que outros também fizeram o mesmo.

Fênix pediu para o Mago voltar ao passado
E recuperar canções de outros que mudaram tudo,
Trouxeram novidades, cores e sons,
Aos que acreditaram que tudo poderia ser diferente.

E ser diferente é ser livre
Para ouvir os pássaros, para voar no infinito,
Sentir o vento bater no rosto
E o sol a aquecer nossa alma...

Mago Merlin... dias de sol... aquele que sempre
está aqui!

3.9.08

Lenda ou Ilusão?

Lembrei da Fada Manoela
Quando vi o halo amarelo em volta da lua crescente...
Outro dia foi o sol quem ganhou um halo,
Mas esse quem viu foi o (K)Clown.


Dizem que são coisas da ótica...
Mágicas de outros seres que nos enganam...
São seres do bem, lógico,
Já que mostram coisas belas.

Então... era uma vez...
A lenda de um lugar perdido no meio de um monte de neve gelada.
O acesso era por uma caverna
Que ligava a neve a um mundo tropical.

Nesse mundo existiam vales verdes, cachoeiras, serenidade
E seus habitantes eram governados por um jovem casal que veio de outros tempos,
Para ensinar, aprender
E amar sem qualquer condição.

Lá, dizia a lenda, os casais eram predestinados...
Um encontro casual, somente um olhar
E o brilho do amor, como um halo,
Juntava o corpo e a alma dos amantes como se fosse uma ilusão de ótica.

Será somente uma lenda?
“Será que amar alguém seria, no final das contas, amar a versão de nós mesmos que se mostra no encontro com esse alguém?”
Isso, talvez, Manoela possa responder...
Qualquer hora pergunto pra ela!

Mago Merlin... lenda ou ilusão uma coisa é certa: o amor não impõe condições... aquele que sempre estará aqui!

30.8.08

Outro Pequeno Conto de Inverno

Diz a canção que a boa nova está a caminho,
Pois setembro já é uma realidade
Que a Primavera marcará
Com cores e flores...

Os que hibernavam acordarão...
Preguiçosos talvez, animados quem sabe...
E a procura de lembranças quase esquecidas
Encontrará a realidade!

Antes, porém, o inverno manda o vento...
Não aquele que traz de novo o coração para o peito...
É aquele que leva a fada para o lugar sombrio
Onde só existem trevas, frio e solidão...

A elfo sentiu o seu chorar, mas nada podia fazer sozinha...
Lançou aos céus, então, a súplica da fada machucada
Pedindo para voltar à vida
Salva enfim da escuridão...

O Mago ouviu o apelo da elfo e foi a seu encontro...
Uniram suas forças e ele invocou o ser dos sonhos e a força de Fênix.

E assim ordenou:
“ - Chame-a... salve-a da noite sem lua e sem estrelas... faça seu sangue correr antes que a escuridão a desfaça!”

A tarde é chuvosa...
Da janela vê-se o rio, mas ele está preguiçoso também...
E, em algum lugar, uma fada se prepara para ir até a Lua,
Virar lá na Rua Regina, se abastecer de poderes encantados e encontrar outras fadas...

Para voltar a Terra, antes do sol nascer...

Mago Merlin... aguarda a Primavera e as boas novas... aquele que continua sempre aqui!

23.8.08

A Terceira Estação

Vou elogiar o passado,
Pois é assim que a saudade aparece
E marca o início da terceira estação,
Onde sabemos que o passado é presente e afirma o futuro...

Tentei escrever de outra forma
E cheguei a rascunhar algo antes,
Mas a falta dói no peito
Mesmo nos momentos de alegria.

Quase não fui (verdade)!
Uma tentativa frustrada, pela amiga Fada (dos Olhos),
De seguir uma outra trilha
Mantendo as lembranças somente no coração!

Houve um convite antigo (do Anjo que sempre cuida de mim)
Reforçado por outro, do pequeno aprendiz que representa os demais...
Algo que me deixou muito feliz
Já que há muito eu não estava presente.

E assim foi... tudo de novo!
Feitiço de transformação, dessa vez vindo do deserto,
Presente de fada mãe de fada (as fadas possuem mães também)
Lá na casa da Fada dos Olhos (grande amiga de sempre).

No local que este ano substituiu os castelos e palácios de outros tempos,
Fomos saudados pelos olhos brilhantes dos pequenos,
Também transformados em diversos personagens
Daqueles outros diversos contos de fadas!

Falar de alguns seria o mesmo que esquecer vários outros...
Prefiro dizer que eles estavam lá,
Assim como os mais antigos, dos outros anos,
Revivendo nossos velhos e bons momentos.

Brincamos, brindamos e nos abraçamos como sempre...
No final o velho armário,
A antiga rota da despedida,
Onde entramos com a saudade no coração!


Que eles sigam felizes...
Que tenham sucesso..
Ainda falta o feitiço final
E nós estaremos lá!

Mago Merlin... feliz mais uma vez... aquele que continuará sempre aqui!

17.8.08

A Fada Manoela

Um farfalhar de asas chamou a atenção do Mago...
De longe pareciam aqueles bichinhos que avançam sobre as lâmpadas no verão,
Com a diferença que eram coloridos
E bem mais animados...


Ao se aproximar, notou que eram fadinhas...
Uma delas, toda dourada, pousou em seu ombro, disse se chamar Manoela
E contou que ele acabara de entrar no Reino das Fadas Maricotinhas,
Onde somente elas vivem...

Ela perguntou aonde ele ia...
Ao que respondeu:
- Um lugar perto da Terra do Nunca, comemorar o aniversário de outra fadinha...
- Desejo ir com você, mas não posso ficar longe de fadas porque desaparecerei ao vento...

O Mago pensou por um momento e propôs transformá-la em boneca...
Seria um presente para a fada aniversariante,
Quando ela poderia se transformar novamente
Sem o risco de desaparecer...

Havia, entretanto, um problema:
E se a fada não a reconhecesse e ela ficasse pra sempre como boneca?
Ao que Manoela respondeu:
- Se tudo der certo, a Lua nascerá amarela, bem lá no horizonte...

E assim combinaram e viajaram.
Manoela, já transformada, foi embrulhada num papel de seda rosa,
Protegida do frio pelo casaco do Mago...
Ambos receberam a rápida saudação da Lua que estava preocupada com o eclipse que viria a seguir.

O que aconteceu depois o Mago não viu.
Entregou o presente e Sininho o guardou para mais tarde...
O que se sabe é que, realmente, a Lua nasceu amarela no horizonte
E ele sorriu...

Mago Merlin... ele e a Estrela de Saturno foram comemorar o aniversário de Sininho... aquele que foi lá, mas continua sempre aqui!

10.8.08

Transições

Nem sempre se consegue observar a transição entre as estações...
Este ano eu acho que consegui ver alguma coisa:
Os dois últimos dias não amanheceram,
Pois pareceram noite o tempo todo.

De qualquer forma, o frio e a chuva
Não impediram que eu fosse almoçar com o velho pai
(aquele que sempre esteve lá!)
Na outra cidade... daqueles outros velhos tempos.

Na volta, aquele baixinho que já falei outras vezes e que guarda a fronteira transparente,
Estava algo assustado, pois entraram três seres enormes
Acompanhando aquelas três meninas que falei outro dia...
Vieram de um lugar distante que já estive uma vez e que revi outro dia.

- Já que vocês nunca aconteceram, por que trouxeram os yetis?
- Eles é que nos trouxeram, respondeu Deborah (a mais velha)... queriam conhecer este lugar.
- Vão somente brincar ou desejam mais alguma coisa?
- Trouxemos um presente...

Antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa
Os yetis, carinhosamente, as pegaram no colo...
- “Xau” Mago!
E todos desapareceram num rastro de arco-íris.

Diria Fênix que essas meninas são estrelas mágicas...
Quanto ao presente, ainda não o vi (falo dele outro dia).
Só sei que novamente as estrelas apareceram no céu
E a lua torna a sorrir como o gato de Alice...

Mago Merlin... a segunda estação vai chegando ao fim (por que será que os pequeninos de olhos brilhantes estão discutindo tanto?)... aquele que sempre esteve aqui!

4.8.08

Bilhetinhos

Fui para outros tempos e outros mundos...
Descansar e ver como as coisas funcionam do outro lado...
A Estrela de Saturno foi comigo para encontrar
Aqueles lugares bonitos da cidade, conhecer o frio e o barulho da segunda estação.

Por aqui nem o narrador ficou para contar minhas histórias...
Pudera! Ele trocou os astros e levou uma bronca de Saturno!
Afinal essa estrela de que falei,
Era sim favorita de Saturno e não de Júpiter (mas ele já desfez o equívoco)!

Com tamanha confusão ele preferiu férias,
Ao invés de contar as coisas que encantam
Aqueles que visitam o Pais dos Sonhos Verdes
E que acreditam que seus sonhos serão realidade.

Por aqui vários bilhetinhos...
A professora leu um velho livro e adorou!
Ah! Teve uma festa de João (a única que fui)
Lá naquele lugar onde o balão subiu (foi uma linda festa...)!

Mago da Luz já avisou
Que a Fada dos Olhos prepara outra transformação...
O Anjo também mandou um convite
Para a abertura da terceira estação.

Enfim passou-se quase um mês...
Foi tudo muito diferente e tranqüilo...
O frio já se afasta da montanha
E as chuvas já começam a chegar...

Mago Merlin... de volta... ele foi mas continuou sempre aqui!

6.7.08

A Princesa Elfo

A entrada em mais uma nova era
Foi muito desgastante para o Mago...
Ainda enfraquecido, preferiu ficar “eumismado”,
Como já disse, um dia, a Fada dos Olhos...

Procurou por Fênix
E soube que tudo que a ensinara dera certo,
Pois ela criou estrelas
E levou aqueles outros incrédulos para uma dimensão além da nossa.

No meio do frio e dos pensamentos
Surge a Estrelinha (aquela que um dia caiu aqui na montanha)...
Com frio e também cansada, mas querendo escrever coisas bonitas
Para uma amiga querida que fazia aniversário.

Como um dia foi a Garotinha,
A Estrelinha não conseguia colocar no papel
Aqueles sentimentos difíceis de expressar,
Já que guardam, também, segredos de dentro da alma.

Conversaram. Falaram de rosas, de doces, de festas...
Ela contou daquele livro mágico (onde ela colocava seus segredos)
Que fora substituído pela compreensão da amiga
Com quem, agora, divide seus sonhos...

Enfim conseguiu: usou o perfume das rosas,
O doce do chocolate, misturou tudo num encanto de alegria,
Lembrando do poder daquela elfo
Que fez a Estrelinha lembrar de todo seu brilho.

E ficou mais ou menos assim:
-” Que você, Princesa Elfo da Transformação, continue acrescentando minutos significativos ao tempo... pegue o essencial de tudo: o perfume e a beleza das rosas, o doce do chocolate e transforme tudo aquilo que é importante para você em encantos de felicidade. Parabéns... Estarei sempre ao seu lado (como diz o Mago) para o que precisar.”

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui.

1.7.08

Fractais?

Três irmãs brincavam num jardim da montanha do Mago...
A mais velha, Deborah (a abelha), cuidava das menores
Ana (a Bia) e Adrielle (a Dri)...
Elas faziam formas na areia, cobrindo com pétalas de rosa...


O Mago aproximou-se...
As mãozinhas ágeis das menores (Bia devia ter uns 8 anos e Dri uns 4)
Criavam triângulos entre triângulos e formavam estrelas de um raro brilho
Que a mais velha elevou-as a flocos de neve (ela tinha um grande e misterioso poder..).


- Ah! - disse o Mago – Fractais!
As pequenas riram e explicaram em uníssono:
- Amor, velho Mago!
- Incondicional! - retrucou a mais velha.


Ele sentou e começou a observar.
Formas semelhantes e de complexidade infinita eram criadas,
Iluminando os sonhos que não seriam vistos
Ou as flores, esquecidas, dos caminhos percorridos.


Perguntou quem eram.
"- Somos o que nunca aconteceu...
O que foi amado e que nunca pediu o amor...
O que amou, infinitamente, no universo da imaginação."


Assim elas se foram... como num sonho:
A mais velha conjurou um redemoinho de pétalas e luzes,
Mas ainda deu para ouvir a despedida num risinho...
“ - “Xau” Mago!”


Mago Merlin... na montanha faz frio, mas lá só cai neve “de mentirinha”, como na brincadeira de criança... aquele que continua sempre por aqui!..

25.6.08

O Velho Pai

Este ano a coisa começou pela manhã...
Não foi a bela aprendiz, que veio das Minas,
A primeira à dar os “parabéns”
E sim o velho pai, que sempre está aqui...


Ah! Sim... a presença é indispensável
Porque sua disposição é incomparável.
Anda pra cima e para baixo,
Sempre animado e sorrindo...


O dia começou com o bicar das corujas na janela (quase 100)
Que vieram de todas as partes,
Trazendo mensagens
Daqueles que andam dispersos pelo mundo...


A Fada dos Olhos fez diferente: materializou sua voz
Com a bela saudação logo cedo,
Enquanto outros aguardavam
Para comemorar com um delicioso café da manhã...


E o dia foi passando...
À noite, um jantar reunido com os seus...
Ainda veio a Bailarina que trouxe doces
E a Estrela de Saturno que veio de muito longe...


E assim foi o aniversário...
O velho pai esteve lá, claro!
O Mago da Luz falou das saudades, aquele "Pexe" materializou sua voz também...
E o (K)Clown (junto com a Garotinha), deixou uma bela mensagem:


“- Dizia o velho mestre que um Mago jamais envelhece!
Então porque os anos passam para ele?
Para que possam, os aprendizes, aprender vagarosamente os seus valiosos ensinamentos!”


Mago Merlin... mais uma era começando... agradeceu a todos, um por um... aquele que sempre estará aqui (assim como o velho pai)!

20.6.08

Últimos Dias

Confesso que a visão sempre causa bons efeitos...
Vi a Lua cheia na estrada quando desci a serra a caminho do mar...
Surgiu no meio de nuvens de chuva, iluminando aquela antiga trilha,
Da mesma forma como surgiu nesses dias, no meio da cidade de pedra.


Os últimos dias antes, novamente, do recomeço...
As coisas estranhas aconteceram (e se superaram, se lembrar dos anos anteriores),
Mas agora um pensamento bom me passa pela cabeça...
Uma mistura do que já vi e do que um dia verei de novo.

A cena: início do dia... uma névoa fria envolve toda a montanha...
As crianças e seus casacos azuis, com gorros
Para proteger do frio,
Caminham na direção da escola.

As flores vermelhas contrastam, em meio à névoa,
E brilham, devido ao orvalho, com os primeiros raios de sol
De uma manhã de outono, quase inverno,

Onde tudo é silêncio, por um breve intervalo de tempo...

Dizem que no outono não existem flores,
Mas na montanha tudo é diferente...
Assim como naquele lugar que a imaginação criou,
Onde, um dia, tudo também será diferente.

Fim de tarde... mais um dia de trabalho se foi...
No quintal, novamente a névoa toma seu lugar.
O cheiro do café quentinho e do bolo de milho, recém tirado do forno a lenha,
Inspiram outro bom momento, misturados ao perfume do mato molhado.

Nos últimos dias do outono...
Nos últimos dias de coisas estranhas...
Vale a pena olhar a Lua
E buscar novas energias naquelas boas lembranças...

A Estrelinha foi passear, mas já deixou a saudação... o Anjo não avisou, mas houve uma festa daquele tal João... ufa! Falta pouco...

Mago Merlin... aquele que sempre estará aqui.

11.6.08

Viagem Estelar

O Mago volta para casa observando as estrelas
Por onde andara há alguns dias...
Seu destino foi Mercúrio, bem perto do Sol,
Não sem antes saudar os demais astros...

A Estrela favorita de Saturno foi com ele,
Mas somente ele foi saudado por Marte que surgiu, depois de tanto tempo,
Lembrando o contraste entre a ciência e a fé,
Daquele tempo que hoje elogia (pois traz saudade).

Aquela Estrelinha, que caiu na montanha e que conversa muito com ele,
Também apareceu contando suas histórias (dessa vez foi ela),
Onde você pode ser o que quiser: desde um peixinho do fundo do mar
Até um pássaro que voa bem alto, sentindo o vento e mais nada...

Enfim, passou também por Vênus, mas não encontrou aquela bruxinha dela preferida...
Somente observou o movimento dos amantes
Que idolatram tal deusa esta semana,
Por conta do amor que ela inspira...

E a Lua anda por aí...
Agora sorrindo como o gato da amiga...
Ah! Alice fez aniversário outro dia
E dela ele jamais esquece...

Mago Merlin... voltou pra montanha para recuperar as forças esgotadas pela cidade... pouco tempo, poucas horas... ainda falta revisitar o planeta daquele principezinho... aquele que continua sempre aqui!

4.6.08

Fênix (ϕοῖνιξ)

Ela olhava para o infinito,
Onde uma floresta ladeava sua casa
E gerava a dúvida
Daquilo que lá existia...

Um mundo mágico? Talvez...
Onde os animais falam com você,
Onde aqueles seres de contos de fada batalham a seu lado
E onde o mar atravessa a floresta como um rio de águas cristalinas....

Pode ser, também, que existam seres do mal (ela já disse que pensa assim...),
Mas eles não possuiriam poder suficiente para machucá-la,
Pois é uma Fênix que vive por muitos e muitos anos
Ou renasce a cada dia...

Eu sei que seu olhar guarda um mistério...
Chego a me perguntar se ela não é fruto somente da minha imaginação
Porque ela conhece Terabithia, acredita no poder dos armários
E nas mensagens das corujas...

Em dias onde as forças diminuem
(Aqueles onde coisas estranhas acontecem todo ano)
Talvez a pira de ramos de canela, sálvia e mirra
Já esteja pronta para, enfim, queimar o antigo e fazer renascer, das cinzas, o novo tempo... mais uma vez...

Mago Merlin... tempo de coisas estranhas... aquele que sempre estará aqui.

31.5.08

O Sétimo Ano

A bruxa bem que tentou atrapalhar, como sempre,
Só que anda enfraquecida por conta do seu inferno astral que terminou há pouco...
Enviou chuva forte e desânimo,
Além do frio e do vento.

Só que o barulho apareceu...
Não como antigamente, mas foi o barulho de sempre
Daqueles meninos que cantavam e animavam
Os corações dos mestres e aprendizes.

Eles voltaram e, junto com eles,
Aqueles que se foram em forma de saudade,
Vindos de todas as partes,
Para brindar mais uma vez.

No início o Mago e a Fada dos Olhos (que, claro, foi quem animou o Mago e neutralizou o feitiço da bruxa)
Foram saudados pelos pequenos... aqueles dos olhinhos que sempre falo.
O Anjo estava lá, assim como a Bela que iluminou as trevas, Polinésia, dentre outros
Assim como os próximos... aqueles que o Mago não conhece...

Aos poucos o “sétimo” foi chegando
E confirmando a tal da máxima
Que “saudade é um elogio ao passado”,
Pois os tempos mudaram, mas o coração continua o mesmo e assim sempre será!

E naquela história do homem e a estrela, a paixão recupera a emoção do estar junto...

Mago Merlin... frio, chuva e barulho... é a segunda estação francamente instalada... aquele que trabalha na cidade, vive na montanha, mas continuará sempre aqui!

25.5.08

O Encanto do Bilhete

Despediu-se da Estrelinha e foi olhar para o céu
Naquele momento que tudo muda,
Onde a felicidade é relativa
E o coração descobre o significado da história...

Eis que mais um bilhete aparece em cima da cômoda.
“ A mágica só se torna mágica quando acreditam que ela realmente está entre o céu e a terra! Ou entre o mar e as estrelas?”
Imediatamente um ciclone domina o Mago fazendo-o desaparecer da montanha (havia um feitiço escondido naquelas palavras)...

- Quem é você? – o Mago ouve uma voz
- Sou o Mago que mora na montanha – ele responde enquanto observa quem se materializa.

De início, pareceu que era brincadeira de Chapeuzinho Vermelho...
A seguir achou que era uma princesa...
Antes que a voz respondesse, perguntou:
- Seria você mais uma estrelinha que caiu?

Ela disse que não era bem isso...
Somente alguém que mora num lugar distante,
Perto de lugares conhecidos,
Que acredita que os amigos podem ter idéias contrárias, pois isso engrandece...

Ele tirou o pó de suas vestes (viajar em ciclones gera muita poeira)
E conversou com a nova amiga.
Ela mostrou-lhe seu piano,
Afinal, como ela disse, “é a música que contagia a mágica e paixão, é o som do ritmar do orvalho...”

Despediram-se... a mágica do bilhete era temporária.
O Mago voltou para a montanha
Onde o frio embalou seu sono
Para caminhar ao sol, no dia seguinte...

E a menina das cores agora sorri... disso eu falo outro dia...

Mago Merlin... conheceu Nini Félix... aquele que sempre esteve aqui!

Som e Luz

Enquanto a capivara pastava à volta da casa...

- Você falou que contaria sua viagem no tempo. - reclamou a Estrelinha.
- Sim, mas isso não impede também de falar da capivara!
- Comece! - insiste a Estrelinha
- Assim seja...

Era uma vez uma casa de imperadores...
Aquela onde estive outro dia quando decisões foram tomadas.
Velhos amigos convidaram para uma volta ao passado, guiada pelos fantasmas do tempo.
Ah! Esses fantasmas! Contaram uma história real de uma festa de princesas...


- E como eles fizeram?
- Abriram um portal de luz através de pingos d'água diminutos e lá contaram a tal história daqueles imperadores que foram donos da casa.


A noite era de estrelas e logo os fantasmas foram embora.
Os amigos jantaram, a seguir, servidos pela bela jovem de nome doce como o mel.
Na saída, saudados assim foram pela lua. Já quase pela metade, mesmo assim iluminou o antigo palácio com seu brilho de prata.
A lua... Agora em minguante, mesmo assim não perde a majestade.

- E a capivara?
- Falo dela outra hora...

Mago Merlin... dias de sol e de lua... feliz por reencontrar velhos amigos. Aquele que sempre estará aqui.

15.5.08

Mágicas e Paixões

A mágica da montanha surge através de sons, nuvens e palavras...
Encontro aquele “klown”, amigo da garotinha (passou a ser meu amigo também),
“Brigando” pela atenção da amiga que também surgira do nada,
Enquanto cuido de um pé cortado da menina-moranguinho (dessa eu falo outra hora).

Na mágica, até a Menina das Cores ressurgiu
Como uma fada encantada, que traz amor no coração.
Mostro ao “klown” que executa a pergunta:
- E qual seria o conto se a fada assim não fosse?

Embatucado com a pergunta, digo que gostei apesar de não entender muito bem o que ele queria dizer. Ao que acrescenta:
- Gostou? Sem entender? Está parecendo comigo quando ouço suas histórias... mas é simples: o conto não seria o mesmo se a fada que nele protagoniza não fosse do jeitinho que a gente gosta que ela seja!

Sugiro mais músicas. Ele envia imagens em movimento de sons, da rádio experiência, de bons momentos passados.
É a mágica da montanha...
Surge do nada, com fadas, magos e duendes... com paixões, luas e momentos inesquecíveis...
E clowns é claro!

Mago Merlin... recarregando as energias... aquele que sempre estará aqui!

Prisões

Dias se passaram até conseguir chegar em casa...
Nem foram tantos, mas a sensação de prisioneiro não é interessante (melhor poder olhar para o céu).
O Eremita não apareceu, pois há muito ele foi expulso da montanha...
Só que, na cidade, ele surge às vezes.

Eremita: o símbolo da prisão...
Aquele que sucumbiu aos encantos
Dos que acreditam viver livres,
Enquanto se entrelaçam em grilhões.

Alguns pensam – e o Eremita é assim – que liberdade é ter o poder,
No crescer de um ego doentio,
Na ilusão da felicidade
Em grandes coisas de valor inexistente.

O poder carrega a ansiedade ao lado
Das correntes da angústia,
Que os fazem sucumbir
E viver em prisões, na ilusão da liberdade.

Por elas caminha o Mago,
Observando o engano de seus moradores,
Enquanto os algozes, que também são prisioneiros,
Acreditam que viverão pra sempre impunes.

“- Que a mágica da razão, de quem o tempo é o grande senhor, um dia tome o controle da situação e liberte os eternos eremitas de seus cubículos rodeados de espelhos.”

Mago Merlin... observando... esperando o momento de seguir em frente, sempre em rumo da liberdade. Aquele que olha para o céu e que continua sempre aqui!

11.5.08

A Carta

Chegou em casa cansado,
Pois o outono começa a deixar espaço para o inverno,
Com chuva e frio,
Como é comum na montanha.

De longe, viu uma pequena luz em cima da cômoda...
Chegou perto e materializou-se um envelope...
Uma carta...

- Carta? – perguntou a Estrelinha
- Sim... falando daquela outra estrela, lá de Júpiter – respondeu o Mago.
- A favorita daquela história?
- Não seja apressada e somente escute...

Aproximou-se e o envelope pulou em suas mãos.
Sentou, abriu e começou a ler...

“Merlin.
Eu estou escrevendo essa história porque sei que é o único que pode compreendê-la. Você tem os muitos anos de experiência, sempre por perto, observando e aprendendo com os pequenos seres desse mundo encantado... e você é dono de um coração que é capaz de ver muito além. Por isso também digo que é o único que pode guardá-la.
Como uma boa história, irei começar com: “Era uma vez”...

Uma pequena estrela no céu, meio tímida, com medo de seu próprio brilho...”

- Imagine! Uma estrela com medo do seu brilho?
- Você também já foi assim...

“Ela estava cansada de somente brilhar... de ver o passar das noites... de estar lá no céu tão silencioso e distante de tudo. Ela sonhava... sonhava com os seres que, lá de cima, observava.
Em especial, havia um determinado ser encantado que era diferente. Ele tinha um dom que há muito outros haviam perdido: ele sabia sonhar, usar a imaginação e manter sua mente aberta...”

- Hum... você já andou contando isso...
- Pegue uns biscoitos, Estrelinha.

“Ele também olhava o céu, onde centenas de estrelinhas brancas, coloridas e de maior ou menor brilho, pareciam brincar naquela outra dimensão... e nessa noite do “Era uma vez...”, ele olhou para o céu e o observou com mais atenção.

Sua essência passou por aquele portal e, como um raio, encontrou o olhar da tal estrelinha tímida e pequenina, escondida num pedaço pequeno de céu escuro, protegida pelo planeta Saturno.
E assim a mágica aconteceu! A estrela deixou pra trás o medo de seu próprio brilho... eles, então, se uniram... num mesmo longo caminho a percorrer...”

- E quem mandou a carta, Mago?
- Nem imagino. Apareceu como os bilhetinhos que Nini Félix deixa.
- E quem é Nini Félix?
- Também não imagino quem seja...

Mago Merlin... o frio está chegando e os momentos de maior magia também... aquele que sempre estará aqui!

6.5.08

Somente um sonho

A Estrelinha andou por uma floresta
Cheia de fadas e duendes...

- Então, agora é sua vez! Conte essa história! - pediu o Mago
- Sei contar não...
- Tente... libere seus sonhos.
- Você falou para tomar cuidado porque eles se transformam em realidade... conte um sonho você... depois eu elaboro melhor.

O Mago serviu um chá e começou:

- Há muito tempo um feitiço não se realizou: o choque entre as esferas da distância (depois eu explico isso) causaria efeitos imponderáveis.
Eram duas figuras místicas. Uma grande e outra pequena... ambas de grande poder reservado nas tais esferas.
Um sonho... onde o único poder era a própria imaginação e dois desejos incrustados em duas pessoas.
A grande foi bem recebida. As pessoas jamais conhecidas eram claras nesse sonho. Alguém diferente também apareceu (nos sonhos tudo é possível). A pequena sorria...
Eles saíram, passearam por locais desconhecidos da pequena. Falaram algumas coisas, se abraçaram e se beijaram.
E aí o sonho acabou...

- Mas isso é história que se conte? - reclamou a Estrelinha.
- Sonhos são assim... quase ninguém os entende. Tome seu chá. Depois conto da carta que recebi. É uma outra história que ficará para outro dia...

Mago Merlin... viu a Fadinha feliz (ela reencontrou um caminho...)... esperando novidades... aquele que sempre estará aqui!

20.4.08

Dois Poemas

Há pouco menos de um mês,
Na última lua cheia,
O Mago andou por outra cidade,
Mas hoje a observa da montanha.


E, assim, lembrou de outra lenda
Que fala de dois poemas
Cantados aos nascimentos,
Pelos anjos do dom.

Um deles invoca o positivo...
O outro, claro, o negativo,
Onde vale o equilíbrio
Que andou esquecido há algum tempo.

Aquele homem, de quem falei outro dia,
Tinha um poema do bem...
Cuidaria, amaria, seria feliz com coisas simples,
Mas isso teria seu preço...

Seria incompreendido... sentiria sozinho
As coisas boas e ruins.
Conheceria o perigo e o sono o protegeria...
E, em transe, traria mágoa a quem ele amaria.

- Mago – perguntou a Estrelinha – ele seria triste?
- Talvez...
- Mas você o viu feliz no futuro...
- O lado negativo pode ser modificado...

E da lenda invoca um feitiço: - “Que as forças do bem mostrem a luz das estrelas para aqueles que as vêem... e que eles as sigam na direção da felicidade...”

Mago Merlin... segue a segunda estação com muito barulho vindo do norte... aquele que sempre estará aqui!

15.4.08

Ébano e Marfim

No dia dos seus anos,
A Estrelinha pede
Um conto novo,
Para alegrar seu dia especial.


O Mago pensou um pouco
E decidiu falar de uma viagem,
De tantas outras já feitas,
Onde lembrou das teclas do piano...

Em ébano e marfim elas são perfeitas
Porque transmitem sons mágicos,
Vindo de mãos ágeis e de todos os tamanhos,
Que penetram na alma daqueles que os escutam com o coração.

- Mas não era de uma viagem que você falaria? - perguntou a Estrelinha
- Exato... fui conhecer a mistura das teclas... um lugar onde as pessoas são cinza.
- E lá não existe cor?
- Cinza é uma cor, Estrelinha, se bem que nem tão alegre como o vermelho ou o azul ou o amarelo ou o verde.

No tal lugar é tudo muito diferente da montanha...
Do nada os seres cinza vão surgindo e preenchendo os espaços...
Num momento nada à volta;
No outro, muito barulho e agitação...

- E por que eles são cinza?
- Porque é difícil ver o sol (aquele do gigante); o ar é pesado e você pode se sentir só mesmo com muita gente à sua volta.
- Ah! Não gostaria de conhecer lugar assim...
- Lá existe amor também...

A Estrelinha sorriu. Nove meses se passaram desde que ela caiu na montanha (naquela época onde coisas estranhas acontecem).

Cresceu, ficou mais bonita e brilhante e agora segue atrás de seus sonhos...

Mago Merlin... aprendendo... desejando tudo de bom à Estrelinha... aquele que sempre estará aqui!

7.4.08

Blue

Todos os anos a cena se repete, mas as cores podem ser diferentes!
Aqueles pequenos, de quem ando distante,
Coloriram de azul diversas cenas espalhadas por ai,
Enquanto sorriam e competiam... como crianças que são!


O Anjo não chamou o Mago,
Mas ele esteve lá em pensamento...
Acompanhou as “nipo” imagens
E sorriu também ao vê-los brincar.

Polinésia, Bruxinha favorita de Vênus.
A Bela que iluminou as trevas,
O Mago da Luz,
Todos surgiram e alegraram as boas lembranças.

Poderia ir? Claro...
Melhor ver de longe (será?)...
Saudades (é certo),
Pois a lembrança dos olhinhos brilhantes dos pequenos, naquele último dia, jamais será esquecida...

Mago Merlin... observando e lembrando que ele é aquele que sempre estará aqui!

1.4.08

Conto da Segunda Estação

No último mês coisas estranhas aconteceram:
O Mago esteve duas vezes no passado,
Uma vez no futuro
E enfrentou a bruxa....


- O que causou tudo isso no final da estação do silêncio? - perguntou a estrelinha ( aquela que um dia caiu na montanha... já contei isso) que voltara de uma viagem.
- Ouça, então, uma história para poder entender...

Era uma vez dois seres que viviam em universos paralelos... daqueles que, de repente, se misturam devido a aberturas exóticas de portais dimensionais... daqueles que, vez por outra, seus habitantes passam de um lado para o outro desequilibrando os universos, quando tudo pode acontecer!

- Mas Mago, o que aconteceu dessa vez?

Imagine esses dois seres, em mundos estranhos e diferentes, vivendo sem se encontrar. Ele era o homem (aquele mesmo que encontrei no futuro) e ela a estrela.

- Igual a mim?
- Isso, assim como você. A diferença é que você caiu aqui na montanha e estava deste lado do portal, enquanto ela seguia um rumo paralelo.

Enfim, em dado momento, eles se olharam e uma vontade muito intensa de ficar perto gerou a abertura dimensional e toda essa grande confusão. Deu muito trabalho, mas agora tudo está voltando ao normal. Contei com a ajuda das fadas...

- E o que vai acontecer agora que eles se encontraram?
- Isso eu conto outro dia... só sei que o silêncio acabou, o equilíbrio voltou e a segunda estação segue em frente... e os dois, agora, vivem juntos do mesmo lado do universo!

Mago Merlin... saudando a segunda estação que espantou o silêncio lá para o outro lado... aquele que sempre estará aqui!

30.3.08

Brincadeira de Criança

Aquela fada estava muito alegre
No dia que reuniu seus amigos
Nas oito dezenas e cinco lá perto do relógio,
Numa noite onde havia o sorriso do gato lá no céu.


Aos poucos os convidados foram chegando.
O Mago também foi festejar com a amiga.
Encontrou vários bruxos e fadas queridos
E até alguns antigos aprendizes.

A Grande Loba também foi
E o Mago cobrou suas histórias,
Enquanto o pisca-pisca do gelo multicolorido
Iluminava o salão, como se assim fora estrela.

Muita música, comida boa e animação...
Efetivamente a turma se esbaldou de tanto dançar.
Claro, veio o bolo e a cascata de chocolate
E a lambança de criança foi inevitável.

Com a mágica infantil já instalada, todos se transformaram:
Tearas de princesa, orelhas da “Minnie”,
Gravatas coloridas e, claro, óculos,
Completaram a comemoração.

E assim, brincando como criança,
A Fada dos Olhos comemorou seu aniversário.
A amiga querida e incondicional
Que morará pra sempre no coração do Mago.

Mago Merlin... feliz por comemorar mais uma vez... aquele que sempre estará aqui!

28.3.08

Por todos os dias das nossas vidas

Uma volta ao passado, quando tudo começou...

"Era uma vez um mago.
Ele andava nas trilhas do tempo. Vou chamá-lo Merlin em homenagem a outro grande mago q andava nas brumas....

Um dia encontrou uma fadinha... vou chamá-la de Sininho em homenagem a outra fada que andava na Terra do Nunca"

Naquelas trilhas do tempo, outro dia, o Mago andou pelo futuro.
Encontrou alguém lá na casa de sapê (já contei essa história).
Dessa vez, procurou alguém querido
De quem tinha saudades e que também continua sempre aqui.

Lá naquela cidade, além da tal muralha,
Mora a Fadinha (que eu falei lá em cima),
Com seu curinga consorte,
Desde que foi autorizada a usar salto alto.

Ela recebeu-o na sua casa
Com um bom jantar e uma boa conversa.
Mostrou várias imagens e viajaram, na imaginação, até àquele dia,
Onde tudo fora emoção.

Dois anos se passaram, alguns momentos somente a memória mostrará,
Mas nada será esquecido,
Pois marcaram todos os corações presentes,
Por todos os dias das suas vidas.

Enfim, foi muito bom.
Laços agora mais apertados, em mais uma "nova era",
Observando os vários sinais novos
Que iluminam um novo tempo.

E, no final, um presente completou a emoção do reencontro...
A sombra perdida avança na cachoeira imaginária
Esperando o momento
Que a menina vai costurá-la naqueles pés...

Mago Merlin... para comemorar o aniversário, hoje, da Fada dos Olhos, conta a história que ficou devendo outro dia, para que ela fique feliz... mas do aniversário dela eu conto outro dia. E ele, claro, continua sempre aqui!

24.3.08

Viagem através dos portais

Enfim, resolvera partir para a cidade, além da muralha,
Conhecer os vários portais que lá se cruzam.
A Lua o viu e sorriu – pensara avistar aquele tal sumido menino...

Só que dele o Mago nunca mais ouvira falar.

Foi saudada assim mesmo, com uma reverência, e só.
Logo ela desapareceu, escondida pelas nuvens,
Provavelmente pensando no que perdera
E buscando seus novos rumos.

No fim da estrada, o Mago era esperado por uma estrela...
Aquela... de Saturno (a preferida), que o receberia
E o guiaria através dos caminhos mágicos
Que brotavam, como flores, por todos os cantos.

Foram na Terra da Cultura, onde livros, sons e imagens
Se misturavam numa única nuvem multicolorida.
A seguir, por sob a terra, chegaram ao mercado,
Onde seres exóticos, oriundos de cidades distantes, se deliciavam com as iguarias oferecidas.

Por uma rua comum, no dia seguinte,
Uma passagem estreita, que parecia não ter fim,
Levava a um centro oriental, enfeitado com luminárias vermelhas,
Confirmando que “saudade é um elogio ao passado”.

Por fim o acompanhou ao encontro com a Fadinha,
Para rever um passado recente, de grandes e inesquecíveis emoções...
Mas esta é a tal história que contarei outro dia...

Mago Merlin... foi lá e voltou, conforme dissera... aquele que sempre estará aqui!

19.3.08

Eu quero uma casa no campo...

Andando por aí encontro a Garotinha
Que lembra um dito mais antigo:
- “Tudo termina bem:-se não está bem, ainda não chegou ao fim"...
Assim como acontece nos contos de fada.


Falando nisso: - A vida é igual aos contos de fada?

Talvez a resposta esteja em outra história,
Inspirada no tal dito antigo,

Que a Garotinha lembrou
E que conto a seguir...

Era uma vez... os contos de fada começam sempre assim...

Um homem comum, num futuro de distância imprecisa:
- Bom caráter, correto nas suas coisas...
Dizem que era sonhador (principalmente uma amiga que ele tem);
Alguns achavam que era doido varrido e, claro, tinham muita inveja dele.

Procurava sempre a continuação de alguma coisa
E pouco parava em qualquer lugar.
Tinha um objetivo
Que nem ele sabia bem qual era.

Ao certo, por muitas vezes, sofreu
Em silêncio, pois era discreto;
Em outras ocasiões, foi muito feliz
E hoje fica sossegado numa tal casinha de sapê.

A casa fica logo além de um lugar distante,
Encravada, na floresta, de tal forma que o limite
Entre o final da casa e as árvores
É francamente impreciso.

Uma pequena varanda com uma rede,
Uma porta, uma janela e só.
Lá dentro, a sala misturada ao quarto
Com seus limites baseados em degraus.

O Mago esteve lá - ele viaja no tempo também - para visitar e aprender (afinal ele também quer plantar amigos, discos e livros).
Encontrou o tal sujeito na varanda, fumando uma guimba, barba por fazer, camisa aberta, bermuda e chinelo...
E conversaram durante umas longas 4 horas.

Ele contou como fora parar ali e como encontrara uma estrela,
Fonte de sua inspiração
E força para continuar seguindo em frente.
-“Estrela?” - pensou o Mago...

Despediram-se e o Mago foi embora...


-”Quem era?” - pergunta a bela jovem saída de um armário.
-“Um amigo” - responde o homem.
E juntos retornaram, por onde ela veio,
Para outro lugar que eu contarei outra hora...

Mago Merlin... agora ele é quem vai ao encontro da Estrela de Saturno... vai e volta, pois ele sempre estará aqui!