23.12.05

O presente

Ao final de 3 dias de celebração
Onde, vestindo suas túnicas pretas com galões esverdeados
Magos realizaram o feitiço final.
Os aprendizes se foram, finalmente...
Para o futuro...

Recebi um recado que deveria encontrar Papai Noel em algum lugar perto do sul (pensava que era ao Norte).
Voei por sobre nuvens brancas, vendo o coração bater por entre elas, ao longe...
Encontrei, no final, o sol.
Passei pelas terras dos piratas, dos índios e do passado.
Pensava encontrar meu presente em algum desses lugares.
Os dias passaram... o presente não veio.
Então concluí: o presente foi o encontro com as terras distantes...
Onde o sol brilha, o céu é azul e o silêncio acalma a alma...

Mago Merlin... aquele que sempre estará aqui e que descobriu seu Natal sozinho.

18.11.05

Debutar

Minha mão é tão pequena perto da dele. Muito pequena mesmo. Quando nos vi tela da tv, percebi que, se mudassem o cenário, a festa bem que poderia ser de debutante... e no fundo, bem que era mesmo. Mas um debutante com outro sentido. A gente debuta tantas vezes na vida, não é? Porque, pensa comigo, debutar é iniciar-se, e a gente sempre tá se iniciando em algo novo na vida - se não está, deveria. Naquela dia que minha mão pareceu tão pequena, nós debutavamos... iniciando de mãos dadas o caminho q decidimos trilhar juntos.

Mas eu, com mãos pequenas e rosto de menina- debutante- de- 15 anos, materializava aquilo que o Aurélio descreve sobre a debutante: "mocinha que estréia na vida social". Apesar das mãos pequenas, do olhar de criança, foi naquele dia, e só a partir dele, que o meu mundo passou a olhar pra mim como Mulher. E agora, As Pessoas da Sala de Jantar me oferecem vinho tinto quando as visito. E deixaram de ser Pessoas da Sala de Jantar pra mim, se tornaram apenas meus Pais.

Mas isso é só um "debut" de uma longa conversa....

Sininho - autorizada para usar saltos altos

6.11.05

Encontros tortos

Ontem, ela saiu a esmo pelo mundo quando tudo já estava escuro e posto, dirigindo um carro, chupando uma bala que um anjo havia lhe dado, bebendo uma cerveja... A vida segue estranhos caminhos, pensava ao volante, e a gente nunca sabe, ao certo, se estamos do jeito certo, no caminho certo, fazendo aquilo que é certo. Mas o que é certo? Suprimir o desejo em prol de uma ou outra questão moral, ou deixar que ele venha a flor da pele e tome corpo no corpo?? A única coisa certa é que, nestes anos todos, não teve um só dia que ele deixou seus pensamentos. Mesmo agora, que se tornou outro, e ela outra também. Quando os olhos se cruzam em momentos assim, derradeiros, que ela sai de casa só porque sabe q ele estará lá, é um amor e uma tristeza tão grande que sente, tão grande, um buraco tão grande... que dói na alma da Menina. Mas que a suga e a atrai para mais encontros tortos como este... em que ela sai na esperança q ele estará lá, ele surge quase no momento em que ela esta indo embora, a vê, lhe diz "oi" com um beijo no rosto e um abraço e depois ela, hipnotizada, fica, olhando de longe, ele com a sua nova Menina esperando o beijo, q nunca sai (!!), q então a mandaria embora para sempre.... e como ele não acontece, ela mantem-se presa a este feitiço... q de tempos em tempos volta, como havia de ser...

Sininho - girando e girando pelos anéis de Saturno

4.11.05

Aniversário

Silêncio
Onde está a música do choro?
O mago invoca o vento...
Surgem, do nada, dois guerreiros com suas túnicas verdes
Onde está o anjo que traz a luz?
Os guerreiros lutam pelo pulsar, mas nada parece acontecer.
O mago abre uma trilha e um rio... doce
Mexe em poções e álcalis são lá jogados!
Já desanimados, os guerreiros parecem perecer ao cansaço
O mago não desistia... parecia que a fadinha soprava a força em seus ouvidos.
Um minuto, 10 minutos, 20!
Onde estará o anjo? Estaria em outro lugar? 22 minutos...
Uma idéia surge e conchas são jogadas no rio.
Elas trazem a vida escondida dentro delas.
De súbito a menina responde... não chora, o vento abafa seu canto
Faz caretas! Os braços mexem, os olhos abrem!
O anjo finalmente chegou!
A menina, Ana Beatriz, completa hoje um ano!

Mago Merlin - aquele que sempre esteve aqui

17.10.05

A trilha

Engrandecer...
A trilha era aberta...
De súbito as árvores começaram a abraçar o caminho
Um túnel formado em linha retilínea (pleonasmo)
De fim inseguro...
Entrar nele? Seguir outro caminho?
Seria então a realidade ou seria somente um portal?
Teria volta? Seria labirinto?
Ou seria somente a realidade, posto túnel sem fim?
Um pedido então: - “Mago, me guie!”
O silêncio cobriu de nuvens a trilha
Agora só o tempo poderá responder sua súplica...


Mago Merlin - aquele que sempre esteve aqui

14.10.05

O Guerreiro e a Menina: hipérboles da vida

Ela acordou numa manhã de sol, olhou pela janela e agradeceu aos céus ao vê-lo ali, ao seu lado. Guerreiro adormecido que voltará de mais uma batalha contra os dragões. Imóvel, inerte, olhos cerrados. O amanhecer seguia lá fora e ela mantinha-se ali, perdida, ainda em estado hipnótico ouvindo a respiração dele próxima ao seu pescoço. Prazer derradeiro, encontrado sempre neste espaço do retorno do Guerreiro que volta para o seu seio. Prazer que sente pelo prazer de sentir que ele volta pra ela, por ela e que nada, além dela, o faz retornar todos os dias para aquele mesmo lugar e dormir despido, só pra ela, sem a fantasia de Guerreiro, nos seus braços... mesmo que tudo isso seja apenas uma hipérbole de um simples retorno ao lar, mas o qual a graça da vida senão as hipérboles?

O dia seguiria seu curso, a vida seguiria seu rumo, e ela poderia passar uma eternidade naquela mesma posição, porque afinal de contas, o Guerreiro havia voltado!

Aos poucos os raios de sol foram entrando pela janela e lá se foi a Menina, matar uns cem dragões (era a sua vez agora). Vestiu a armadura, pegou a lança e saiu a caça sabendo que ao voltar aqueles olhos não estariam mais lá e mais uma vez repetiria-se o curso mítico de suas vidas, onde seu corpo encontra-se com o dele neste breve espaço do retorno-amanhecer, mas suas vidas... ah, estas encontram-se umas cem vezes por segundo...

Sininho - o retorno daquela que não foi!

28.9.05

Apresentação

Era uma vez...
Os contos de fada começam assim....
Bom, isto é um conto de fadas?
Pode ser, mas tem mago e fada...
Guerreiros, princesas, até gente comum

Então...
Era uma vez um mago. Ele andava nas trilhas do tempo. Vou chamá-lo Merlin em homenagem a outro grande mago q andava nas brumas.
Viveu em várias eras. Viu guerras, terremotos e pessoas trilhando pelo tempo. Vivia nas encruzilhadas da vida, e era um sábio. As pessoas não sabiam q ele era um mago mas gostavam de seus conselhos.
Era só...
Um dia encontrou uma fadinha... vou chamá-la de Sininho em homenagem a outra fada q andava na Terra do Nunca. E onde fica a Terra do Nunca? Dentro da imaginação das pessoas...

- Bah! – disse o mago – Nunca é algo que não existe...
- Rabujento! Ouça o canto do vento..
“Pra que usar palavras perdidas
Pra dizer o que se pensa e sente
Enquanto diz que não entende
Por que evitas o compreende?

Não, nunca, nenhum
Sim, sempre, algum
O amor está dentro de cada um
Dos seres mágicos, dos elfos e dos guerreiros

Troque as frases:
Nunca vou te esquecer... Pra que?
Sempre lembrarei de você...
Mude os sentimentos:
Eu nunca vou deixar de te amar... ame o momento
Porque te amarei eternamente...”

- Então, velho mago, a Terra do Nunca se transforma em sempre... e sempre... sempre estaremos aqui!

Mago Merlin - aquele que sempre esteve aqui...