28.3.10

Na montanha mais uma vez!

Há dois dias...

Uma abelha bateu à janela!

Pensando ser a corujinha dos olhinhos puxadinhos
Que, num outro dia, também batera à janela,
Pensando ainda encontrar o menino,
Ninguém prestou muita atenção.

Ela porém insistiu:
Trazia notícias do ursinho
Que já chegara até a Fada dos Olhos
Levando o doce e as flores, providenciados pelas crianças.

As peeiras já se aproximavam,
Observadas de longe pelo guardião.
- Crianças, fiquem na casa. A lua cheia está próxima.
- Vai viajar como sempre? - perguntou o Narrador.

Cumprindo um ritual, comum às vésperas da lua cheia,
O Mago, desta feita, vai até a montanha,
Pois é aniversário da Fada dos Olhos
E também vai ter com o Velho Pai.

- E a Garotinha? É aniversário dela também! - perguntaria o (K)Clown (nunca lembro como escrevi o nome pela primeira vez) se assim ele também estivesse na casa.
- Ficará para uma próxima vez! - responderia o Mago.

Ontem...

Mesmos caminhos, mesmas estalagens,
O avião foi a opção dessa vez,
Mas o coche utilizado foi outro,
Algo, digamos, mais ou menos... hum... funcionou.

Bem recebido, um farto almoço foi oferecido.
Dentre os convidados, alguns dos maiores magos da montanha,
Daqueles que já participaram do feitiço final,
E foi uma tarde animada, pois é assim sempre em seus aniversários.

Enquanto isso, lá no monte...

- Dri! Você falou que ia parar com isso! - ralhou Ana.
- Vou até o fim!
- Ai, ai, ai... ele não vai gostar disso.
- Depois que ele cantou com a Karen, acho que ele nem liga mais.
- A ciranda? Hum...

Mas isso será história para outro dia...

Mago Merlin... na montanha, saudando o aniversário da Fada dos Olhos e da Garotinha... aquele que sempre esteve aqui!

21.3.10

Guardar só o que é bom de guardar

Ia ser só mais um domingo comum,
Daqueles que se seguem a um sábado de coisas a arrumar:
Céu nublado, de começo de outono,
E o tradicional silêncio do dia preguiçoso.

Ledo engano: os pirilampos fizeram bombons!
Chocolate por fora, leite condensado por dentro, envolvendo uva,
E, para enfeitar, ainda usaram a tinta da relva verdinha
Para colorir a embalagem brilhante.

Depois de alguma folia, num lugar apreciado por Olhos Azuis,
Debaixo de um sol brilhante e quente,
Providenciado por Ana com a ajuda do Guri,
O Mago retorna à casa, certo de que conseguiu ajudar.

Anoitece e ele sai à varanda.
As luzes se apagam do nada
E ele olha para a lua em crescente
Tentando localizar Adrielle, que sempre aparece nessas horas.

No meio do pontilhado no céu,
Lembra da Estrelinha, aquela que caiu lá na montanha,
Também da Fada dos Olhos,
Da Garotinha e da Carol...

Todas iluminadas por Marte,
Que chega junto com o outono,
Sem saber exatamente o que quer
Mas com a certeza de que tem que ser agora!

- Ei, Mago! Estás me procurando? - ela riu.

Guardou, então, seus pensamentos,
Deu um abraço na pequena que pulara em seu pescoço
E a levou, no colo, até junto dos demais
Que misteriosamente preparavam flores e um doce.

- Pronto! Adrielle trouxe o ursinho que faltava!

Mas isso será história para outro dia...

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

15.3.10

Aquilo que o vento não levou

Por mais que Ana tentasse,
Adrielle estava decidida em derrotar os ataques da bruxa
E aproveitou que já chegara com ventania e alguma chuva,
Para derrubar, com raios, trovões e mais vento, tudo que estivesse ao seu alcance!

- Mas não precisava derrubar o palco do Gun's, né? - reclamou o Guri.
- Ops.... - ela riu.

De qualquer forma, alguma coisa realmente aconteceu,
Pois a vantagem continuou ao lado do Mago,
Naquele xadrez que ainda segue
Por tempo também indeterminado.

Ao final do domingo, Adrielle foi embora com seu yeti.
- Xauuuuuuu... Mago!

- Por que ficaste, Beatriz?
- Para te dar um dia de sol!

No que o Guri complementou:

“No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento.”

- ......?
- É... encontrei com ele enquanto caminhava com Deborah! E ai gostei do que ouvi e resolvi contar pra vocês!

Mago Merlin... aquele que continua sempre aqui!

13.3.10

Ping Pong

- Você bem que podia fazer uma chegada mais discreta, né Adrielle?
- Guri! Que bom que você voltou! "Tó"... use esta toalha.
- Passei a semana toda pintando o céu de azul. Ana chegou ontem, como se você não soubesse. - disse o Guri, tentando secar o cabelo.

Há pouco mais de uma semana...

O jogo tomou um rumo inesperado:
Duas pirilampos, representando vários outros,
Trouxeram uma conhecida carta
Que o Mago recebera algumas vezes na montanha.

Novamente viu o conhecido brilho
Naqueles olhinhos encabulados;
Se bem que ele deve ter chegado ao rubro no seu rosto,
Pois o fato foi francamente inesperado.

- Vou tentar arrumar tudo até amanhã! - disse Ana.
- Eu ajudo! Aprendi muitas coisas com Deborah também!.
- Conte da nossa irmã e do menino também... como eles estão? - perguntou Dri.
- Crianças! Hora de dormir. Tomem cuidado, pois os ataques da bruxa recomeçaram. O Dragão e os yetis protegerão vocês, mas sempre é bom prestar atenção.

Resolveram dividir um quarto só,
Para relembrar os bons tempos e contar as novidades,
Enquanto o Mago, silencioso,
Preferiu rever o xadrez em curso.

Mudanças de planos, outras direções,
Belas surpresas e novas alegrias...
Assim é o jogo, quando a vitória deixa de ser importante
E o viver ressurge como Fênix.

Um novo grupo, novos olhinhos brilhando,
Enquanto a bolinha branca pula de um lado para o outro,
Para diminuir a tensão, afastar a timidez
E fazer o por do sol brilhar mais uma vez!

- Então, finalmente entregou o presente de Natal?
- Hora de dormir, Beatriz!
- Só você me chama assim!

Mago Merlin... elogiando o passado, vivendo o presente... aquele que sempre esteve aqui!

7.3.10

Elite 2

Demorou para falar daquele aniversário,
Pois coincidiu com a volta ao tabuleiro
Do jogo que ainda segue,
Apesar das peças que foram pregadas.

Seus pensamentos eram somente uma programação
E preferiu uma saudação formal,
Ao invés de alguma coisa a mais, um presente talvez,
Mas nem a lembrança de Natal ainda entregara.

Teve a impressão, durante o ano, que ela ficara constrangida
Com os eventuais mimos que aconteceram,
Pois declarou-se tímida, apesar de bem corajosa,
Já que o rubro de seu rosto, nesses momentos, fora bem nítido.

Um ano depois, muitas coisas aconteceram:
Mudou o penteado algumas vezes e teve mechas cor de rosa;
Seu sorriso, agora algo metalizado, continua chamando muito a atenção
E foi fundamental naquele dia da superação.

Cresceu, aprendeu coisas novas,
Segue, sonhando acordada,
Na direção que o vento aponta,
No caminho da felicidade.

"Que seus dias sejam sempre azuis,
Que as noites sejam repletas de estrelas
E que o sucesso brilhe como o sol
Iluminando eternamente o seu caminho!"

- Mago, o Guri voltou! - disse o Narrador.

Mas isso será história para outro dia... 

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

1.3.10

A Estrada de Flores Amarelas

De tempos em tempos, geralmente na lua cheia,
O Mago procura a cidade grande,
Onde readquire algum poder perdido no tempo,
Visitando alguns lugares e encontrando bons amigos.

Contou-se, dessa vez, que, antes de partir,
Recebeu a visita da Lua, com seu brilho inconfundível
De prata em porcelana, com seus cabelos dourados
E seus olhos verdes que mudam de cor.

- Irás sozinho, desta feita, mas deixarei presentes pelo caminho!

Decidira ver Alice, um ano depois da primeira vez
Desde que veio morar no monte,
Aqui nas terras distantes mais ao sul,
Onde o verão é curto e o inverno é implacável.

No dia sem sol e com muitas nuvens,
Naquele trecho que pertenceu a uma princesa,
Encontrou o tal presente:
A Lua deixara seu brilho em forma de flores amarelas sobre as árvores.

Na cidade, mais um presente,
Dessa vez vindo de Alice
Que reunira, às suas fadas, outros seres mágicos,
Cada um possuidor de um dom especial.

Divertiu-se, dormiu bem tarde
E, da cidade, trouxe ainda livros e mais alguns víveres,
Pois o trabalho por aqui recomeçará em breve
E seguirá naquele “muito a fazer”.

Na volta, a Lua o esperava:
- Gostaste dos presentes? Ainda te trago um bilhete do menino. Leia e o entregue se assim o desejares.

“ Foi bom ir embora, pois as cortinas se fecharam.
Realmente foi um show e tanto,
Mas agora já acabou.
Então, receba os aplausos”.

E isso não será história para outro dia...

Mago Merlin... novas energias... aquele que sempre esteve aqui!