Cai o pano

Cai o pano,
A festa acabou...
É hora de desmontar a cena
E arrumar as coisas...

Cada pedacinho do que havia
É guardado e embalado com carinho,
Pois serão boas lembranças
Naqueles momentos de solidão...

A noite é clara e eu encontro você...
Agora muito longe, mas sempre muito perto...
Finalmente contam-se as histórias
Que ficaram guardadas durante tempo demais...

Nem é mais dia das bruxas,
Mas seu feitiço continua presente e ainda me toma...
E eu espero a chuva...
Aquela, de vida de verdade, que ainda não caiu...

Então peça o que quiser,
Pra você eu não sei dizer não,
Assim como está escrito naquela canção,
Pois vai ser difícil eu me prender a algo tão bom quanto isso...

Mago Merlin... sem chuva, dia de estrelas e lua em crescente... aquele que sempre estará aqui!

Deixa eu brincar de ser feliz!

- Então? Por que desejas ir? - perguntou Rochel.
- Desejo sentir de perto o que vejo daqui... sentir o calor do sol, os pingos de chuva e ter amigos. Quero descobrir o verdadeiro sentido das coisas - ela respondeu
- Perderás parte dos seus dons (ganharás outros)... aprenderás a rir e a chorar também, mas Gabriel assim o permitiu e podes ir se desejares.
- Sim, é o meu desejo - disse o anjo animado - Ficarei com o amor e a vontade de ajudar. Cuidar daqueles que precisam de mim de uma outra forma.

E assim foi. O anjo recebeu as últimas instruções:
- Nascerás em um primeiro dia onde sempre haverá uma festa... e crescerás como aqueles que deseja estar. Estarei lá com você, porém não me verás.
- E como sentirei sua presença? - ela perguntou.
- Acenda uma vela azul e um incenso de cravo que estarei contigo.

Rochel escolheu uma cidade que ela mais se identificasse e por lá ela cresceu e fez amigos.
Nem imagino como foi isso. Certamente ela era algo diferente (um olhar mais inteligente), talvez um pouco desengonçada, mas alegre com certeza.
Aprendeu a voar, pois isso é possível quando se está com o apoio das pessoas que se ama, e dizia que "amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto."

Um dia veio pra montanha. Aprender outro tipo de cuidar.
Fez novos amigos que logo reconheceram sua origem.

Na montanha conheceu o Mago, em um momento que ele estava meio triste... e passou a cuidar dele também. A seu jeito, como já contei outro dia, e ele gostou.

Hoje eu conto essa história porque vi o anjo chorar... e, dessa vez, a Fada dos Olhos vai conhecer o tal do outro dia.... e que o anjo brinque e seja sempre feliz!

Mago Merlin... em um dia de chuva de verão... contando uma história diferente... aquele que sempre estará aqui!

Amor e Fé

Ao final de 3 dias de celebração
Onde, vestindo suas túnicas pretas com galões esverdeados,
Magos realizaram o feitiço final
E os novos aprendizes, finalmente, conheceram a estação...

Mais uma vez, o Mago esteve lá,
Assim como a Fada dos Olhos, o Mago da Luz
E outros mestres poderosos,
Para confirmar o final de mais uma jornada.

De forma madura e firme,
Os aprendizes falaram dos sonhos e da realidade...
Aquela... que vira sonho,
Quando se encontram a fé e a tecnologia...

Uma coisa eles não sabiam (até porque nunca pensei nisso):
Chegamos aqui na mesma época (eles um pouco antes)
E os caminhos foram quase paralelos
Porque, no final, nos encontramos...

E nesse encontro final, vários outros apareceram...
Aprendizes do passado, agora jovens mestres...
Os pequenos aprendizes também, pois foram sonhar com seu futuro próximo...
E todos festejaram durante 3 dias...

No meio de tanta festa
Houve muito choro também...
Afinal, a alegria da conquista foi aliada à tristeza da despedida
E lágrimas fizeram o brilho nos olhos dos que ficam e dos que vão.

Que sejam felizes!
Que tenham sucesso!
Que sempre lembrem da fé e do amor que conheceram nos primeiros dias
E que não esqueçam que isso sempre será o mais importante!

E aquela que confirmei ser anjo, chorava e chorava...mas isso eu conto outro dia...

Mago Merlin... terminou a jornada que começou com eles... aquele que continua sempre aqui!

I just want you to know who I am

Se me achas um mistério,
Como aquela canção,
Saibas que a tristeza pode doer,
Mas é a dor do coração feliz.

E se assim ele é feliz,
Perguntas: por que ele chora...
E se chora ele responde
Que é somente a chuva que cai...

Ver o tudo somente em um momento...
Quis voltar, mas seria em vão.
A sintonia jamais acabará
E eu apenas quero que você saiba quem sou...

Mago Merlin... claro que hoje também choveu... é bom estar perto, mesmo que longe... aquele que sempre estará aqui!

E lá se foram cem...

Num segundo eu estava no futuro
Vendo os olhinhos brilhantes dos pequenos aprendizes
Que já estão na contagem regressiva,
Pois agora só faltam 400...

Ah! Que saudades eu sinto de estar com eles,
Pois brilho igual é difícil de ver....
Ainda bem que existem os convites
E aquela, que se vestiu de anjo (ou será que é um mesmo?), nunca esquece de mandar...

No outro segundo (claro, com a ajuda do armário)
Fui ao passado
Rever os amigos, dispersos pelo mundo,
Para cantar aquelas canções que tanto falo.

E hoje no presente recebo convites
Para mágicas em lugares distantes,
Mas prefiro nem pensar nisso agora e ir pra perto do circo
Que chegou, vindo do sul, para animar a montanha.

É bom ver o movimento da criançada animada...
Ah! Eu vou lá qualquer hora
Para lembrar do passado,
Enquanto chegam os sinais do futuro...

E lá se foram 100 textos
Num final de semana animado,
Onde o armário foi bem útil
E a alegria espantou o silêncio.

Mago Merlin... muito movimento, ouvindo o barulho da chuva que esconde a lua cheia e sentindo o cheiro de terra molhada mais uma vez... aquele que sente saudade e que sempre estará aqui!

Estória ou História?

- Ufa! Terminamos...
- Sente, Estrelinha, e ouça uma história...
- Com "h"? Ou é mais uma "estória"?
- Aqui todas as estórias viram realidade...

Assim o Mago oferece um café à Estrelinha, que completara seu trabalho, e começa a contar...

Numa tarde sem sol, batem à porta...
Ele vai ver e encontra a Lua.
Surpreso, a convida para entrar...
Quem sabe conversar um pouco...

- Mago, de tarde não tem Lua, só de noite...
- Escute somente... tome seu café!

Ela procurava uma mágica...
Colocar escritos em uma imagem
Para dar de presente à Marte
Que, distraída, brincava em frente ao sol.

- Mas Mago - retrucou a Estrelinha - você não disse que a tarde era sem sol?
- Humpf...

Enquanto ele preparava tudo conversaram...
- E o menino? - ele perguntou.
Ela não respondeu...
Ele tentou de tudo, mas ela só queria saber da mágica mesmo...

Imagens com rosas... azuis, vermelhas, em preto e branco...
Lembranças do dia que o menino cantou,
Da Rosa Azul que entregou
Junto com a bolsa azul de tecido suave onde havia a pedra verde e um ponto de luz...

- E o restante da história ficará para outro dia...
- Ah! Não... de novo? - a Estrelinha lembrou o jeito que fala a Fada dos Olhos.
O Mago riu...

- Descanse, Estrelinha... mantenha sua mente aberta. Você ficou muito cansada. Hoje velarei teu sono e te darei bons sonhos... verás as estrelas no céu brilhando como brilhas no País dos Sonhos Verdes...

Mago Merlin... conheceu Terabithia... falará dela outro dia, pois ele continua sempre aqui.

Outra Missão da Estrelinha

Na montanha agora faz muito silêncio...
O Inverno resolveu se despedir assim como os aprendizes (que ainda voltam em breve)
E a Lua chora o tempo todo sem parar (pudera!).
Então...

Um barulho... ela entra pela porta muito agitada...
- Sente-se no sofá, Estrelinha, e coloque os pés naquela almofada em cima do banco. Quer café?
Ela agradeceu, sentou e o Mago serviu o café.
- Então? Conseguiu terminar o que fazia?

Há alguns dias ela estava envolvida em um projeto...
Queria descobrir o mistério
De um tal de pó mágico
Com o poder de cura.

Procurou duas elfos:
Uma tem nome de princesa e o poder da transformação (ah! ela pregou uma peça no Mago...)
A outra tem dois nomes juntos, mas recebeu um apelido por conta do cabelo amarelo...
As três, então, ganharam a mesma missão.

De tanto que trabalharam, ficaram exaustas também.
Combinaram de dormir e sonhar que tudo estava pronto...
- Mas isso você não me pediu! Se pedisse o sonho eu providenciava - disse o Mago
- Por enquanto, já que agora estão todas juntas, tomem café e comam este bolo de aniversário. Apaguem antes as velinhas para não queimar a boca!

Descansaram e foram embora.
Ainda não é esta a missão final da Estrelinha,
Mas o Mago ficou feliz em ter ajudado...
Afinal, está sempre aqui para isso mesmo!

Mago Merlin... lembrando de novo que os sonhos se transformam em realidade... aquele que sempre estará aqui!

Valeu, foi bom, adeus!

Acordou cedo e bem disposto...
Alguma tristeza, claro, mas a felicidade do reencontro foi muito maior.
Novamente eles se vão (voltarão em alguns dias para o encanto final)
Porque é assim que tem que ser.

Antes que partam, os mestres os encontram...
Últimos ensinamentos, boas lembranças, grandes desejos.
O Mago, a Fada dos Olhos e o Mago da Luz também estavam lá...
E a emoção tomou conta mais uma vez.

Será a última? Isso ninguém sabe...
Ele preferiu nem pensar nisso e convidou os presentes para uma viagem
Ao tempo do giz de cera e da canetinha
Para mostrar sua mensagem.. em música e em desenho...

Procurou aquela folha qualquer, mas cheia de magia,
Para falar o que tinha no coração,
Pois a saudade que sentia do que vai ser
Engasgou sua voz também.

Depois de muito choro
Era hora de festejar,
Naquele lugar daquela festa de João,
A Aula da Saudade...

O Mago e os demais ganharam presentes.
O menino não foi (está fazendo suas malas)...
E, na hora de sempre,
O armário foi o caminho... sem despedidas.

- Valeu? – perguntaria a Fadinha.
- Muito – responderia o Mago
- Foi bom?
- Com certeza...
- E agora é adeus?

O Mago silencia...

Mago Merlin... prefere não falar mais nada... aquele que sempre esteve aqui.

Na Lua Nova

Na Lua Nova, Alice reapareceu...
O Mago estava com saudades dela, com certeza,
E ficou muito feliz,
Se bem que pouco conversaram.

Ela conta suas histórias das terras distantes...
Aquelas do sul onde ele já fora uma vez
Procurar seu presente de Natal,
Quando houve o encontro afinal (ela fora com suas fadas).

Ela perguntou: - Por que sua Lua chora tanto?
- Aqui sempre chove - respondeu.
Despediram-se e ela prometeu voltar
Para conversar mais como nos velhos tempos.

Foi ter com o menino num castelo que a menina que risca e rabisca desenhou,
Onde estava exausto pelos últimos dias...
- Feliz? - o Mago perguntou.
- Sim... finalmente consegui, mesmo sem o efeito que o feitiço prometera.

O Mago respirou fundo e saiu...
Afinal vale a pena somente a admiração?
Isto ele não sabe (é só isso mesmo?)...
Só o menino poderá responder (em outra história, em outro dia)...

Mago Merlin... saudade é o que sente cada vez mais... aquele que sempre estará aqui!

De volta pra casa

Poderia ser mais uma quinta-feira comum
Só que nessa, houve um convite para voltar ao passado
E virar um menestrel,
Para cantar e tocar aquelas músicas que hoje disparam outros corações.

Antes, encontrou todos os aprendizes... os novos e os pequenos...
Saudou aquela fada que pegou em sua mão outro dia
Que estava, claro, com seu curinga consorte
E divertiu-se muito com todos que ali compareceram...

Era dia de muita alegria...

Chamou o menino...
Aquele... que já andou por aqui e que estava sumido...
O mesmo que já enfrentrou um dragão
E, assim, permitiu que incorporasse o tal menestrel...

E ele tocou e cantou
Junto com seus amigos, novos aprendizes
Que, em breve, serão mestres também
Quando o Mago aparecerá mais uma vez.

Muitos choraram... ele não viu
Ele não chorou... estava feliz
A Lua estava lá, linda como sempre, com ela muito conversou
E, finalmente, entregou a Rosa Azul...

Voltou pra casa, mas ela viu quando ele entrou no armário...
O Mago já voltara há muito tempo...
Hoje, diferente de outras vezes, o dia foi do menino
Que reaparece para continuar uma linda história de amor....

Mago Merlin... esteve lá, mas foi embora cedo... de qualquer forma, ele ainda é aquele que sempre esteve aqui!

Dia das Bruxas 2

A Lua era crescente quando ele falou do teu feitiço
Que o tomou num sonho que ainda o persegue,
Pois tua conquista foi completa...
E continua... mesmo agora que a Lua é minguante.

Nada foi dito, talvez muito escrito...
Olhares trocados, dúvidas no ar...
Agora só resta o tempo curar
O que o sonho não realizou.

E outro Dia das Bruxas passou,
Mas ele ficou aqui...
Não desistiu dos desencontros (nem dos encontros tortos)
E daquele jeito estranho de amar...

Agora segue adiante,
Pois os momentos estão no final...
É tarde? Talvez...
Mas ficaste em todos os momentos que ele viveu...

Mago Merlin... em mais um momento "inesquecível"... ouvindo músicas que é sempre algo muito bom... aquele que sempre estará aqui!

Desejo

Após dias na cidade, onde as forças da Natureza recobriram a passagem entre o mar e a montanha, ele volta pra casa...
Para procurar a Lua que anda tão distante.

Resolve, antes, parar numa estalagem onde jovens guardiões do mundo virtual discutiam a passagem de uma garota corajosa que os ensinou um feitiço... de desejo...
Achou a história interessante, tamanha a agitação que criou no lugar, mas logo seguiu seu rumo passando, entretanto, lá na fronteira transparente.
De longe já viu o baixinho (aquele de barba verde e cabelo roxo) que discutia com uma garota...
A tal garota (coincidências previsíveis).

Chegou perto dos dois e perguntou:
- Quem é você?
- "Sou αquelα menina que acreditava em histórias de Chapeuzinho Vermelho e os Três Porquinhos... a menina que tinha medo do bicho papão... a menina que escrevia cartas para Papai Noel achando que ele era de verdade..."
- E no que acredita agora?
- "Posso não acreditar mais nessas fantasias, mas uma coisa que sempre vou acreditar é numa história de amor com um final feliz..."

O Mago chamou uma coruja... sussurrou em seu ouvido um recado para Chapeuzinho Vermelho contar para os Porquinhos, Papai Noel e Bicho Papão que uma menina, que perdera alguns sonhos, ia entrar no lugar (melhor eles não aparecerem dessa vez...).

A seguir, ordenou ao baixinho:

- Deixe-a passar, guardião da fronteira transparente. Ela é bem-vinda aqui.
- E o que é o "aqui" velho Mago?
- O lugar de seus sonhos perfeitos, onde anjos sussurram lendas do azul... Onde as crianças vem para brincar... onde existe o jardim das fadas, a mansão da luz, e a cachoeira de água pura...

E a garota corajosa entrou para visitar o lugar.
Tinha um jeitinho de princesinha encantada e algo mimada, daquelas que não quer acordar de seu sonho, mas que, infelizmente, crescera e desistira de alguns... algo desastrada (derrubou o banco cor de abóbora do baixinho)... disse gostar de rosa (cor que logo o Mago providenciou para ela).
Conversaram um pouco e ela foi embora. Recebeu uma rosa vermelha (que representa o grande amor que ela tem no coração) para guardar de lembrança.
- Sempre que desejar entrar, mostre a rosa ao baixinho... E nunca desista de seus sonhos, pois eles se tornarão realidade...

E assim o Mago segue seu rumo... ainda atento nos sinais e já começando a sentir saudades dos que logo se vão...

Mago Merlin... hoje em prosa... aquele que sempre estará aqui!

Canção do Choro

Ficou na cidade mais um pouquinho.
Subiu por aquele caminho no meio de uma floresta,
Que há muito não visitava,
E buscou a direção da praia.

Há dois anos, a viu pela primeira vez (era seu aniversário também).
Uma bela elfo que um dia conheceu Gandalf...
Os cabelos eram mais longos...
Vermelhos, contrastavam com seus olhos claros.

A voz? Algo a parte,
Pois de tão linda
Chegou a levantar uma platéia, lá naquele circo que voa,
Muito "pesada" por assim dizer.

E hoje ela cantou o choro,
Antes de virar mutante,
E levantou a platéia mais uma vez,
Num momento de grande euforia...

Ele foi bem recebido
Teve bolo, chocolate, tudo muito bom...
No final voltou pela mesma floresta...
Feliz, pois foi um dia de festa!

Mago Merlin... esteve lá no aniversário... aquele que sempre estará aqui!

Ócio ao Sol

E o Mago encontra a Grande Loba que hoje conta uma história...

"Nos campos de caça sopra um vento diferente.
Após uma rápida batalha, nessa guerra sem fim, um movimento em falso do Mal pôs tudo a perder e agora, os que sobraram, após ajoelharem-se ante o Grande Poder e terem suas cabeças raspadas e suas famílias amaldiçoadas, desfilam com grilhões no pescoço e olhos secos, certos de seu destino final...
A Loba olha, fareja e continua a caça. Num momento de ócio, entre uma carcaça e outra presa, deitada ao sol de barriga para cima deixando os filhotes morderem sua orelha, a Loba divaga... Quem vencerá a guerra? Quem é, na verdade, o Mal? Poderia o Grande Poder ser o Mal? Ou, exatamente por ser o Grande Poder, ele seria o Bem?
Este último pensamento a faz ficar alerta! Será, então, que a dicotomia Bem/Mal existe? Não seria apenas fruto de sua mente instintiva onde o que não é predador é presa?
E Merlin? Onde se encaixa? E as Fadas?
Após muito pensar, vê que eles são predadores... do Bem, mas predadores. Predadores de predadores... interessante...
A Loba pensa em seus motivos egoístas: só quer um campo de caça para levar comida para os filhotes que ainda não caçam sozinhos. Aproxima-se do Mal, pois de suas presas sobram as carcaças, algumas com algo que ainda presta como alimento. Lembra-se que o Grande Poder sorri quando a vê e afaga suas orelhas (ou será que mostra as presas e demonstra que, com um golpe da mão, pode quebrar seu pescoço?)
A Loba suspira... queria ser dragão e voar acima de tudo, livre para tomar o que deseja, temida sem ameaçar...
Mas seu destino é ser Loba, ser provedora, ser defesa e não ataque.
Uiva para a lua do céu porque o Menestrel, aquele que com sua prosa atacava melhor que qualquer guerreiro, avisa que cansou de lutar. No próximo Solstício estaremos sozinhos, sem voz, sem espada, sem esperança. Restam os sobreviventes cujos cabelos esvoaçam ao vento diferente que sopra por aqui. Um vento mais morno, mais seco. O que vai trazer só se saberá depois que chegar. Será que o Vento vai levar o Mal embora? E "Madame Min" irá junto? Sobrará caça para a Loba ?
Tantas perguntas ao vento e nenhuma resposta...
A Loba abre mais os olhos, espeta mais as orelhas, aguça mais o faro e observa os filhotes na grama. Mais do que nunca é preciso estar atenta aos sinais...

Grande Loba... a que anda no escuro, tudo vê e escuta, nada esquece...

Luzes da Cidade

- Veja Mago... antes de partir quero mostrar uma coisa....
Assim disse a Cartomante, antes de seguir seu rumo.
Ela pegou em sua mão (como já fizera a fada de outro dia) e subiram até o topo da montanha,
De onde olharam as luzes da cidade lá embaixo...

- Se pensarmos que cada luz daquelas é uma meta de vida,
Cada vez que a atingirmos ela se apaga...
Da mesma forma que acontece
Quando as pessoas dormem...

Ficaram lá um bom tempo conversando...
No final ela concluiu:
- Conte isso para aqueles que cuida e que ama
E guarde a lembrança de cada ponto de luz em seu coração...

E assim ela partiu...
Num gesto mágico, em um arco-iris
Que brilhou na escuridão
Da noite sem estrelas...

E procurando o que era certo
Concluiu que nem sempre isso é o melhor...

Mago Merlin...fazendo o que a Cartomante pediu...ainda procura os sinais e guarda as luzes que se apagam dentro de seu coração...aquele que sempre estará aqui!

O Conto do Amigo Invisível

No tempo que usava tranças e fitas vermelhas no cabelo,
Onde brincar era a coisa mais séria da vida (brincar sempre é coisa séria),
Conversava com bonecas e só dormia com aquele travesseiro de ursinho (isso ela faz até hoje)
Nem vendo o tempo passar do lado de fora da janela.

Um dia surgiu mais alguém...
Num dia que o armário, se abrisse, revelaria um monstro (e não o Mago, que sai dele de vez em quando)...
Um amigo só dela, que ninguém via, mas todos sabiam que existia...
Com ele conversava, contava seus segredos e pedia carinho e conselhos.

As pessoas achavam estranho, mas não ligavam porque era coisa de criança.
Só que, para ela, ele era de verdade...
E de tanta verdade, aos poucos, ele foi criando vida dentro dela,
Enquanto ela crescia e não usava mais tranças e nem fitas.

Um dia ela pediu sua materialização...
Era um dia especial, que ela usaria um vestido de moça grande
E deixaria de ser aquela menininha que só sonhava,
Para transformar o sonho em realidade.

E assim ele faria... se não tivesse causado tanto medo nas pessoas...
Ah! As pessoas tem medo do amigo invisível...
Elas esqueceram que o tiveram também
Porque ele faz lembrar do tempo dos sonhos verdes...

A menina que usava tranças ficou triste porque ele não veio...
Ele ficou triste porque deixara de ser invisível e não pode ir...
E, ambos tristes,
Seguiram seu destino em direção ao futuro...

Mago Merlin... a Bruxa do Mal, irada, envia seus feitiços na sua direção... agora é hora de prestar atenção nos sinais e na luz que há de chegar... aquele que sempre esteve aqui!

Polinésia

Quando a bruxinha (aquela... da borboleta...)
Convidou para o aniversário daquela pequena aprendiz (pequena?),
Ele não pensou duas vezes, pois fica feliz ao estar com pessoas que gosta
E também precisava relaxar um pouco, depois de dias muito corridos.

Viajou muitas léguas... os seus precisaram dele...
Seu veículo também precisava passar pelo Bruxo do Conserto (essa mágica o Mago não sabe fazer sozinho)...
E entre idas, vindas, voltas e pensamentos,
O cansaço era inevitável.

Essa pequena aprendiz tem um nome diferente...
Parte dele é nome, também, de uma terra mística de onde, segundo a lenda,
Vieram os ancestrais dos habitantes da Ilha de Páscoa (astronautas?).
Belo lugar, como a bela aprendiz, terra final de um grande pintor.

Encontrou outros pequenos... naquele hangar que tem nome de peixe (a festa foi lá)...
A Bela que iluminou as trevas outro dia
E que sempre visita a casa do Mago (anda perdida nos devaneios do lugar),
Também brilhou na comemoração.

Todos dançaram e se divertiram.
Dessa vez, o Mago não procurou o armário
E nem precisou da mão daquela fada (de outro dia)
Para atravessar a rua.

Despediu-se feliz...
Conseguiu todos os seus objetivos...
Nem foi um encontro torto
Porque onde há alegria, os encontros são sempre muito bons.

Mago Merlin... desejando, mais uma vez, um Feliz Aniversário para aquela que tem também nome de rainha... aquele que sempre estará aqui!

A Borboleta Azul

Conta uma antiga lenda que ela existe em algum lugar,
De uma fechada floresta,
No meio de um grande nada,
Onde o tudo será eterno.

É azul, mas só aparece assim para quem evita seus olhos,
Pois de asas fechadas, mimetiza o olhar ao infinito...
Tem o dom da cura (dizem) e pode transformar uma pessoa
Realizando seus maiores desejos...

Outros falam que vê-la, invoca os espíritos da floresta
De onde aquele que consegue tal proeza,
Jamais sairá, pois ficará preso e embevecido
Pela beleza e suavidade de seus gestos.

Aquela bruxinha, favorita de Vênus,
No geral aparece como uma borboleta...
E é assim: azul (que deve ser sua cor favorita),
Sorridente, alegre e cheia de boas energias...

Enfim, a Lua há de parar de chorar (cadê o menino?)
E a Primavera espantará o inverno de vez,
Para que, nos jardins, tudo floresça
E as borboletas encantem e não fiquem só como uma antiga lenda.

Mago Merlin... hoje é Lua cheia, mas na montanha só há chuva. Continua por aqui, como sempre.

Coração da Lua

Dizem que o destino prega peças...
Afinal, descobrira porque voltara pra montanha ao invés de estar com o eremita...
Era pra ficar perto da Lua,
Mas era pra ficar mais perto dos seus também...

Na madrugada, quando foi na direção daquela trilha,
Onde as árvores abraçam o caminho,
O motivo não era alegre...
Uma missão importante estava em curso.

Olhou pra Lua, quase cheia...
Brilhava em amarelo, mas iluminava assim mesmo.
Às vezes, nuvens de fumaça impediam de vê-la completamente,
Mas o caminho era na sua direção.

De repente, perto do amanhecer, ela mudou de cor...
Em formato de coração, fica toda vermelha,
Pulsando, dando força e confiança
Para que tudo desse certo.

A missão foi cumprida...
Exausto, voltou... queria conversar um pouco
Para que a "ficha" caisse logo...
Um longo tempo ainda está a espera...

"- Que o tempo, senhor da razão, seja breve e que a dor seja branda."

Mago Merlin... exausto... esteve lá com os seus, voltou, e continua sempre aqui!

Chuva de Letrinhas

E ele foi pra cidade,
Mas voltou pra contar mais uma história (com "h" mesmo)...

Era uma vez... aquela planície onde a elfo cantou...
Lá, a cada dois anos, acontece uma mágica diferente:
- Ao invés de cair a chuva, do choro da Lua,
São letrinhas que desabam sobre todo aquele lugar...

As letrinhas se unem em pedaços de papel
Que viram montanhas de livros,
Onde pequeninos de olhos brilhantes
E outros, maiores, de olhos nem tão brilhantes, caminham por entre elas.

Ele foi lá para lembrar de bons momentos que já passou
Quando pegava na mão de suas pequeninas crias
E passeava por aquele universo
Tão mágico como o primeiro dia de Primavera...

Dessa vez foi só...
Ah! Lá encontrou a Professora (coisas do destino)
E também uma antiga aprendiz
E não se sentiu tão sozinho assim...

Procurava um livro que a menina que risca e rabisca gosta...
Que fala de estrelas que parecem a rosa azul
Do menino que anda tão sumido...
E de locais mágicos, como o País dos Sonhos Verdes...

Quase encontrou... acabou ontem...
Mas já encomendou naquela loja de livros mágicos
Que fica naquela outra cidade
Do outro lado daquela serra...

Enfim, um bom passeio...
Ia ficar na cidade, mas encontrar o eremita seria péssimo...
Preferiu voltar pra montanha
Onde fica perto da Lua, mesmo que ela ande tão distante...

Mago Merlin... recebe várias visitas... Nini Felix anda sempre por aqui, mas ainda não sabe quem ela é (mas agradece a visita)... enfim, nada como voltar pra casa... por aqui ele continua, como sempre!

Só Primavera

Abriu os olhos e saudou a Primavera...
O vento ainda era frio, pela despedida do inverno,
Mas era hora de recomeçar,
Pois novos tempos chegaram...

Acabou a nova era pois ela já é a "era"...
Outros virão e alguns já se foram,
Como a Estrelinha que voltou pra casa sem conhecer sua missão
E a Cartomante que seguirá seu rumo.

Novas flores, nos velhos canteiros, estão brotando...
Os pássaros já voam de forma diferente e fazem seus ninhos...
E os pensamentos agoram miram o futuro
Ouvindo o tempo, aquele que é senhor da razão.

Agora é só esperar
Pelo vento chamado paixão
Que vai virar furacão
E vem para decifrar os segredos da terra.

E a Lua será cheia em 3 dias, mas vai chorar mais uma vez (onde está o menino que prometeu entregar a rosa azul e acabar com seu choro?)...

Mago Merlin... tudo foi diferente (mais um sinal?)...vai para a cidade, mas continua sempre aqui.

Versos Livres

Quando conheci a garotinha, ela ainda era muito garotinha...
Delicada, de aniversário mandou, de presente, um caderno feito por ela
Com muito carinho e que causou grande emoção...
Nesse ponto, passei a conhecer melhor os seus escritos...

Ela sumiu, todo mundo sabe disso, mas um dia voltou...
Escreveu e não mandou um monte de coisas (que um dia recebi e não era tarde)...
No encontro, terminou uma conversa começada num ontem...
E começou uma outra....

Enfim, ela cresceu e conheceu aquele "klown" que, um dia, me apresentou também.
Criou-se um laço entre os três, que frequentam os escritos...
E o "klown", visitando os escritos da garotinha, condensou tudo em também versos livres
Que vou colocar na íntegra a seguir...

"Versos Livres"

- Sedução! Eu espero...

- Você sabe que não é real?

- Eu sei...

- Quanto um bom artista costumava endoidecer?

- Costumava sorrir, costumava chorar...

- Segredo estratégico-sedutor?

- De repente, desnudamento! Como se...

- Sem título?- ...o relato...

- Sem título?- ...do jogo do amor, de encontros, desencontros, reencontros...

- Fim?

- Nós entre nós. Entre sentir e dizer o que se sente, a partida, os encontros, as idas e vindas...

- Anjo-homem ou Homem-anjo?

- Efeito lobo-mau...

- Estranho...- Suplício de amor? Nunca mais!

- A espera, a Atração, a Metamorfose?

- Desabafos! 1, 2 e 3!

Quer conhecer? Visite Post Scriptum e Versos Livres

E verá do que falo.

Dessa vez, o mistério não vai existir

E a Fada dos Olhos vai poder conferir...

Mago Merlin... hoje transformado em vento para ajudar a Bailarina (esta é a história para outro dia)... aquele que continua sempre aqui!

Inesquecível

Quando a gente era bem pequeno,
Eles eram menores ainda (ou, quem sabe, do nosso tamanho)...
Cresceram cantando
As canções que dispararam nossos corações.

De amores inesquecíveis,
Como o da Lua naquela lenda
Que fez sorrir ou fez chorar,
Ou do brilho da estrela naquele olhar...

Ja pularam e nos fizeram pular...
Ja falaram da chuva
E agora, no final,
Eles tem ciúme de quem pode ter pra sempre (queriam estar nos sonhos)...

Enfim, só nos resta escutar seus últimos momentos juntos,
Relembrando o quanto já suspiramos
Ao ouvir suas baladas
E o "turu-turu" dos nosso corações.

"Não dá pra não pensar em você... tá cada vez mais difícil não poder te ver... a nossa história só está começando..."

Mago Merlin... nostalgia não faz mal a ninguém.... aquele que continua sempre aqui, no momento esperando a Fada fazer a Lua aparecer de novo no céu (foi isso que ela prometeu?).

Outro Conto de Inverno

Ele acordou sorrindo
E do sorriso à gargalhada foi somente um segundo...
Afinal, foi divertido

Aquele belo sonho de verão...

- Ainda não é verão, Mago, o inverno nem acabou...
- Mas são contos e a gente inventa!

Fora ver o tal barão,
Que já cantou por aqui uma vez,
Num tal hangar com nome de peixe,
No lado direito da rua.

Lá encontrou amigos,
Também uma bela Fada
Com seu curinga consorte...
E na brincadeira...

- Vai parar de contar uma estória outra vez?
- Ah! A Fada dos Olhos gosta disso... mas vou continuar!

Entre flashes e lentes,
Sorriso e cantorias,
Um segredo guardado
Fora então revelado...

E enquanto a noite passou por ele,
A mão amiga da Fada o devolveu para o outro lado da rua...

Mago Merlin...esperando o inverno acabar...aquele que sempre estará aqui!

Estrela de Areia (Hoshi no Suna)

E era uma vez, mais uma vez...

Deitado sob o céu estrelado
Quase sem nuvens, na noite quente de final de inverno,
Naquele momento onde quase desanoitece,
Pensando num alto de colina, onde talvez a encontrasse...

Uma estrela sorridente e brilhante
Viraria um ser de sonhos...
Talvez a resposta, talvez a incerteza...
Talvez somente o anseio do coração...

Ele só queria estar refletido em seu coração,
Segurar sua mão na escuridão
E passear pela colina até o sonho acabar
No primeiros raios do sol da manhã...

Amanhece...
Vê a areia, procura lá sua estrela
Que caíra do céu em sua imaginação,
Mas nada encontra...

E ele seguiu seu caminho, até uma outra história...

- De quem fala, velho Mago? - pergunta a Cartomante.
- Veja nas suas cartas, procure o coração da terra que entenderá...

Mago Merlin... a Primavera se aproxima e, com ela, as boas novas também. Enquanto espera, continua por aqui... como sempre!

Ó do Borogodó

As estrelas voltaram a brilhar na montanha.
Uma travessura da natureza fez sombra sobre a lua,
Enquanto ela chorava por perder o segundo
Daquele dia da eternidade...

A alegria voltou a reinar com aqueles que nascem com um dom.
Alguns aprendizes são assim...
Principalmente alguns que se transformam em personagens
De um conto nem tão de fadas...

E assim foi ontem, quando todos ficaram felizes...
Aqueles garotos e garotas empolgaram toda uma platéia
De mestres, alunos e visitantes
Contando uma história muito divertida...

- Gostou Mago? - perguntou a cartomante
- Com certeza. Você esteve lá? Ou ficou observando através desta cascata de chocolate?
- Estive com o menino e mostrei-lhe outros astros...
- Ele voltou? - perguntou o Mago.

Ela não respondeu...
Ficará para outro dia...

Mago Merlin... o que será que significa "Ó do Borogodó"?... esteve lá, gostou muito e continua sempre por aqui mesmo!

Um segundo

Um segundo foi o tempo que ele esteve por lá...
Naquele momento distraído,
Onde os pensamentos estavam distantes,
Ele somente olhava ao longe...

Um abraço, um beijo...
A cena repete mais uma vez somente,
Mas durou a tal eternidade...
Tudo desapareceu numa nuvem de fumaça.

Andou por lá um tempo...
Tomou cerveja e um pouco de vinho também.
Viu outros olhinhos fitando o nada
Como se procurassem a mesma coisa que ele...

Foi embora antes do Mago (geralmente é o contrário)
Para olhar a Lua no céu...
Vagou um tempo, chegou em casa e dormiu
Para sonhar com o brilho dos olhos de outras estrelas...

Mago Merlin... apesar de tudo acontecer em um segundo, ele sempre continuará aqui!

Passado, Presente e Futuro

Uma travessura do Mago, da Fada dos Olhos e do Mago da Luz
Fez a Cartomante procurar sua bola de cristal
Para entender o que se passava...
Afinal, onde foram parar as 5 cartas do coração??

Ah! Os mestres... já foram cereais e agora viraram cartas!
Uma sequência vencedora com amor no coração
Ao encontro, naquele palácio de sempre,
Do presente, passado e futuro!

Tudo já estava escrito e previsto por aquelas videntes que um menestrel um dia cantou,
Pois nas cartas e nas estrelas, o sonho viraria realidade
E a energia mágica da imaginação
Tomaria conta de todos.

Os novos aprendizes fizeram a tal festa.
A Cartomante, vendo aquilo tudo, apareceu por lá,
Assim como Vênus, que mandou sua bruxinha preferida...
O ogro foi de novo, assim como a Emília e até Alice (a do País das Maravilhas).

Do fundo do mar, veio um peixe e uma concha...
Dos céus, os anjinhos...
Das trevas, a bela que lá mostra sua luz.
Dos desenhos, vários personagens.

Impossível descrever todos que lá estavam,
Mas eles foram imortalizados
Na imagem digital e no coração do Mago
Que, mais uma vez, sentiu grande emoção!

Enfim, tudo um lindo sonho...
Alegre, de brincadeira e muita animação,
Durante toda uma madrugada,
Com a Lua em crescente, brilhando no céu!

Mago Merlin... voltou da festa bem animado... Apesar de sumir pelo armário outra vez, ele continuou por lá e sempre estará aqui!

O Conto da Cartomante de Papel

De repente o Mago viu algo diferente...
Lá num canto, no País dos Sonhos Verdes,
Surgiu uma tenda em preto e branco
Do lado daquele castelo de papel.

Entrou e encontrou uma figura também em preto e branco.
Cabelos enormes, ondulados e olhos pretos,
Sentada em frente a uma mesa,
Onde havia uma bola de cristal e cartas espalhadas...

- De onde vens? - perguntou?
- Já estava aqui, você que não me via...
- O que vieste fazer?
- Responder aos anseios daqueles que você cuida...

Conversaram muito e o Mago descobriu
Que ela era fruto de outro desenho da menina que risca e rabisca...
Veio para ajudar e era do bem,
E usa as cartas para seus encantos...

No momento, ela tenta entender os movimentos...
Ainda não tem certeza de muitas coisas...
Tentará ajudar o menino a entregar a Rosa Azul...
À Estrelinha (que anda contente) dirá sua missão....

À Garotinha, dirá o caminho da paciência (acha que ela é uma fada... e fadas só casam com curingas)...
À Menina das Cores, mudará o disco...
À Lua, mostrará como parar de chorar...
E tudo isso surgirá a seu tempo (o tal senhor da razão).

O Mago ficou encantado com tudo aquilo,
Pois ela é poderosa e é do bem.
Ofereceu-lhe um chá e biscoitos
E conversaram por muito tempo...

Mago Merlin... recebeu muitas visitas (até Alice resolveu aparecer) e ficou feliz... ganhou uma bronca do Mago da Luz, pois ele estava naquela festa, em espírito, e de longe tudo observava... Em dois dias, num palácio (seria naquele castelo), tudo começará outra vez... e o Mago, claro, que sempre está aqui, lá estará também!

Uni-duni-tê

Alice sumiu...
Transformada em um menina,
De lingua pra fora,
Meio debochada talvez (isto é história para outro dia)...

De qualquer forma,
Aquele gato que ela um dia falou,
Era a forma da lua (o sorriso)
Na festa dos pequenos aprendizes.

Houve o convite e o Mago não recusou...
Afinal, rever aquele brilhinho nos olhos dos pequenos
Era alguma coisa francamente irresistível,
Pois a alegria deles aquece o coração.

Bem saudado ao chegar,
De forma até surpreendente (nem imaginava que seria assim),
Foi servido com bebidas quentes
E uma suave gelatina (daquelas que causam efeitos mágicos)...

Dançou, cantou e brincou como sempre...
Imagens guardadas na memória,
No efeito digital
E também no coração.

E na hora que surgiu o antigo balão,
Todos se transformaram em crianças...

Festejando, com muita animação,
O início da nova era para eles também.

A Fada dos Olhos também foi e ficou feliz...
Dessa vez ela trouxe o armário...
E ambos se foram
Numa nuvem de fumaça...

Mago Merlin... feliz de encontrar os pequenos aprendizes para lembrar que voltou realmente à órbita... aquele que sempre estará aqui!

Voltar à órbita

Vendo as coisas voltarem ao normal
Ele saiu procurando o tal do segundo sol...
Achou uma joaninha, mas era a garotinha
Que, enfim, descobriu que borboleta não era a praia dela.

Falou com a Fada dos Olhos...
Com um livro e um lápis na frente,
Além de uma tesoura na mão, daquelas da menina que risca e rabisca,
Montava outro feitiço de transformação (ah! esta Fada é ótima nisso!).

Viu a menina das cores...
Ela virou uma índia sem colar
E também sem relicário,
Mas parece estar amando, e isto é muito bom!

Depois de tantos encontros,
Passou no País dos Sonhos Verdes...
Lá achou a Estrelinha
Procurando alguma coisa...

- "O que procura, Estrelinha?"
Ela não respondeu...
- "Já descobriu sua missão aqui?"
Ela disse que não...

Mostrou, então, músicas pra ela...
Contou coisas de alguns dias atrás...
E disse, assim como já disseram,
Que o importante é seguir em frente, pra nunca mais viver assim...

Enfim, o sol ainda é um só,
Mas o frio já é bem menor...
E que os bons ventos soprem
Para que a gente siga sempre em frente...

Mago Merlin... ouvindo os pássaros da manhã... aquele que sempre esteve aqui!

Um dia frio

No dia em que a Lua estaria cheia,
As nuvens cercaram toda a montanha...
Como se o centro fosse o de um ciclone
Com o sudoeste soprando a toda força.

O Sol, valente, conseguiu mandar alguns raios
Que formaram um rápido arco-íris, e foi só.
Mesmo imortalizado como imagem digital,
A chuva fina não permitiu sua continuidade.

Seguiu-se o frio.
Nem os pássaros resistiram e preferiram o sossego
No alto dos prédios, escondidos sob as telhas.
No meio disso tudo, o Mago observava...

Veio o sono... ao resistir, seus músculos doeram e suas energias começaram a ser sugadas
Para o interior de uma armadura imaginária de argila...
Enquanto isso, lá fora, a chuva apertava mais e mais...
Como se alguém estivesse jogando minúsculos cristais de gelo na paisagem cinzenta.

Aos poucos ele foi usando tudo que sabia...
Com movimentos lentos, procurou água e comida,
Recuperou as energias dissipadas
E, finalmente, venceu o feitiço que o ameaçara mais uma vez.

Já recuperado, foi atrás de um caldo
E depois comeu chocolate...
Procurou a sumida estrelinha,
Mas somente encontrou, finalmente, a visão da Lua cheia...entre as nuvens.

Mago Merlin... num dia em que os pensamentos foram somente retalhos sem sentido... aquele que sempre esteve aqui!

A Abelha

Na tal da festa que iria durar dois dias
O Mago não foi...
Se bem que o menino quase o convenceu...
Mas poderia ser mais um encontro torto...

Consumido pelo trabalho e pelo frio,
Preferiu tomar um caldo e um vinho para dormir depois...
Afinal, outras festas virão
E a próxima será no mesmo castelo, do outro ano...

Aceitou, porém, um convite da Fada dos Olhos
Para ouvir as músicas de uma abelha...
Daquelas que são erradas, errantes e distantes...
E assim eles foram lá, no tal solar, onde seria a apresentação.

Viram a lua, como o gato de Alice,
De onde veio uma inspiração
Para um feitiço de transformação
Que terá lugar em breve.

E nos dias que a abelha voa e canta, a gente fala das pessoas que gosta...
A estrelinha trabalha, mas fica distante...
A garotinha, que agora quer virar joaninha, ouve as músicas que aquecem seu coração
E a princesinha, finalmente, volta a ser menina da floresta...

Enfim, algumas coisas acontecem,
Mas o que importa é o dia do céu azul,
A noite das estrelas no céu
E o frio que aquece o coração daqueles que moram na montanha...

Mago Merlin... sem maiores comentários... aquele que sempre esteve aqui!

O balão vai subindo

Em um papelzinho desses que a gente perde
(confesso que ainda não o achei por aqui),
Ela escreveu o endereço do lugar onde morava...
Um abrigo, para aquelas crianças que precisam de alguma ajuda.

Quando o Mago chegou na montanha,
Acabou conhecendo o tal lugar
Por conta do tal papelzinho,
Onde um número parecia um pedido de socorro.

Muitas crianças... muitas histórias tristes...
E muita gente legal, fazendo de tudo
Para que a tristeza virasse conto de fadas
Com o tal do final feliz.

Os anos se passaram e muitas vezes ele esteve por lá.
Levou cadernos, lápis e borracha...
Andou de bicicleta com aquelas crianças
E foi a algumas festas.

Conheceu a professora, que hoje chorava tanto e tanto (pessoa de luz)
Porque o final feliz, do tal conto de fadas,
Surgiu após um tempo, talvez longo demais,
Para meninos e meninas que hoje vão embora.

No coração dos que ficam, a tristeza da separação,
Mas a certeza do tal outro dia
Onde a história,
Agora sim, começa...

Na coincidência do tempo, senhor da razão,
Reencontrou a tal menina (Iasmin), noutra festa de João...
Hoje uma bela moça que vive seu conto de fadas,
Mas que jamais esquecerá todo carinho que recebeu no tempo em que esteve por lá...

Mago Merlin... muito mexido porque a energia recebida foi inexplicável... aquele que sempre estará aqui, com certeza!

Quebre os espelhos

Das certezas que a vida não tem Uma delas é inevitável... Um dia, há muitos e muitos anos, Conheci um sujeito alegre e gordinho... Durante um período usou barba e depois não mais. Era um mestre... daqueles que contam histórias. E ele contava uma história de um sujeito que vivia em um quarto Com espelhos por todos os lados. Um belo dia, alguém tacou uma pedra e quebrou um deles... E lá pra fora, do espelho, o tal sujeito olhou. Viu muita gente, de todos os tipos, que cantava e que gritava... Gente que sonhava com um mundo melhor. Ao final dessa história, todos os espelhos foram quebrados E janelas colocadas em seu lugar. E era assim que ele ensinava: colocar janelas e olhar pra fora... Aonde rola o mundo das incertezas... Para que, ao menos, a gente saiba que olhar pra dentro Só serve mesmo para decidirmos quebrar os nossos espelhos. Mago Merlin... um velho amigo agora está olhando pra gente através da janela do infinito. E assim como o Mago, o Zat sempre esteve aqui!

Pequenos Contos de Inverno

Fui à janela ver o que acontecia...
A Lua ainda briga com as nuvens... as mesmas que o saudaram no retorno a montanha...
Ficara mais tempo, na cidade, do que o costume, por conta de uma festa...
Só que errara o dia e acabou, novamente, encontrando o eremita.

Esses encontros não são bons...
O eremita insiste em magias que confundem e só geram exaustão...
Mas ainda é alguma companhia...
Se bem que ele não gosta de companhia (não poderia ser diferente...).

Na montanha muito silêncio...
Enquanto a chuva briga com o sol,
Onde somente a Lua perdeu (está distante mas linda como sempre, com certeza)
E a Estrelinha desapareceu (foi pra longe também, brincar com os seus).

Há festa, mas também distante...
Coisa dos antigos colonos e de alguns que se dizem reis...
Esses últimos foram saudados por alguns outros que se sentem escravos...
Justo no início de tais festejos...

Coisas que a Grande Loba contará qualquer hora.
Encontrei-a, outro dia, algo cansada...
Está no tempo das coisas estranhas, mas já bem no fim...
E prefere ainda o silêncio, para voltar mais forte, num outro momento.

Chegar à montanha foi a grande dádiva...
Estive com a bela jovem que prepara os caldos naquele castelo, ora vazio...
Saudado com um beijo no rosto
E ótima refeição... naquela noite fria e cheia de nuvens...

Enfim, encontrei também a Fada dos Olhos...
Envolvida com testes, a saudei com imagens
De alguns aprendizes, que brincam e dançam,
Enquanto vislumbram o futuro...

Mago Merlin... dias tranquilos... terminando de ler um livro, ouvindo músicas suaves e continuando sempre aqui!

Num domingo qualquer

Era o final de um bom dia...
Recebeu os seus: Pai, Fada Madrinha... a Bailarina veio também...
Amiga mais antiga e seu marido e até um irmão adotivo...
Assim foi o dia de um domingo.

Feliz, mas cansado das festas,
Recebe muitos presentes
E recados dos amigos e de sua princesinha também (a do Mago),
Através da tecnologia digital (ah! isso existe aqui também).

Num dia especial, encontra o menino (aquele)...
A Garotinha perguntara por ele mais cedo...
Andava sumido porque só aparece de vez em quando,
Pois estava tudo muito tumultuado no País dos Sonhos Verdes.

Não fala com ele, mas nota que está feliz,
Assim como o Mago...
Conseguira seu intento? Entregara a rosa azul?
Esta resposta surgirá num outro dia (para desespero da Fada dos Olhos...)!!

Hora de dormir quase chegando...
O Mago ainda espera encontrar a estrelinha,
Pois no céu a lua ainda não brilha tão forte.
Dormirá, certo de que nada será como fora antes...

Mago Merlin... somente feliz... aquele que sempre estará aqui!

Nova Era

E, à meia-noite, recebeu o primeiro abraço
Da pequena e bela aprendiz que veio das Minas....

Ontem, os novos aprendizes passaram por uma transformação...
Foram ao futuro, imaginando como será em poucos meses.
E lá estavam aqueles que já foram cereais,
Assim como outros tantos mestres poderosos.
Todos em beca, naquele palácio de sempre,
Registrando as imagens que jamais serão esquecidas...

Na volta ao presente, o passado agora era a meta...
A Fada dos Olhos ofereceu sua casa
E providenciou a tal mágica para que o Mago e o Mago da Luz,
Tivessem vestes adequadas para mais uma viagem.

Então, em roupas coloridas, entraram no armário e lá chegaram, onde uma fogueira e um caldo de feijão abrigavam os presentes
Do implacável frio da bela noite na montanha e onde a festa era de um certo João...

Enfim e dessa forma,
O Mago matou as saudades daqueles aprendizes,
Comemorando sua própria entrada
Em uma nova era...

Mago Merlin... hoje estará com os seus para comemorar o aniversário... mesmo em nova era, avisa que continua sempre aqui!

O Conto da Estrela que caiu

Era uma vez - e mais uma vez - um Conto de Fadas...

Vagava brilhando por entre as nuvens...
Aproveitava que a lua era nova
E o escuro da noite,
Para ser a mais bonita, dentre todas aquelas que estavam no céu.

De repente, tropeçou e despencou lá de cima...ops...
Meio assustada, encontrou um baixinho (aquele que falei outro dia)
Que estava dormindo na porta daquele país que também já falei...
Passou por ele, bem devagar, até encontrar a montanha.

Era a montanha do Mago, onde ele estava no tempo das coisas estranhas.
Aí, outra porta... toc toc...
- Quem é você? Como caiu aqui? - ele perguntou.
- Nem sei ao certo, mas não tente me entender...tente ver além do que realmente sou.

O Mago ofereceu chocolate...
Olhou para ela, viu aquelas coisas que estão realmente além do entendimento e disse:
- A quantidade de paixão que existe dentro de você só não é maior que o infinito...
Não a guarde porque é energia pura... se não der pra usar como você gostaria, transforme-a em outra coisa boa também...

E dessa forma criou-se outro mistério...
Caira a estrelinha na vida do Mago...
Mas isso é outra história
Para o tal do outro dia...

Mago Merlin... o tempo das coisas estranhas está para terminar e nova era se inicia... sob a luz das estrelas, ele continua sempre aqui!

Post Scriptum

Era uma vez a garotinha...
Pois é... é aquela que já falei
Que, em um momento da sua vida,
Ganhou um passaporte e agora acabou a metamorfose.

Outro dia falei de seu amigo muito rápido
Sem contar direito quem ele é.
Uma coisa um pouco difícil
Porque também nem sei bem como ele é.

Do que sei... em analogias, seu nome lembra festa de criança,
Visto que, por lá, sempre existe alguém com nome parecido
Para alegrar todos os presentes
Sem mostrar, realmente, seu rosto e seus sentimentos.

Dizem que tais "alguéns", são na verdade tristes,
Mesmo que assim não o pareçam.
O amigo da garotinha não tem olhar triste
E muito menos esconde seu rosto.

Aparece e critica, de forma colorida e em prosa (pois se confunde se tentar versos),
As aventuras de sua amiga
Que são acompanhadas pelo Mago
Que sempre cai na gargalhada quando lê os tais escritos.

Ele também escreve de esportes, buracos na estrada,
Telhados que estão furados, qualquer coisa que apareça.
E agora vai começar a fazer os "post scriptum" da vida...
Para acompanhar uns versos livres e uns textos de seis perguntas que surgiram por ai.

Mago Merlin... aquele que sempre estará aqui, fala de um "clown", no melhor sentido da palavra, para ver se alegra um pouco sua casa na última semana do tempo de coisas estranhas...

Somente para sonhar

Saiu na janela e viu as estrelas no céu...
Cansado, mas satisfeito porque cumpriu sua proposta...
Bebeu vinho, escutou as canções que o deixam feliz
E lembrou dos seus sonhos...

Neles, ela estava bem pertinho dele
Porque só em sonhos isso acontece...
Já que, na realidade, ela é só sua admiração,
Assim como as estrelas que são as únicas coisas que brilham hoje no céu.

- Ah! Mas e a Lua? Perguntaria a Bailarina...
- Hoje somente nos sonhos... seria a resposta.
Existem coisas que só surgem em sonhos
E os sonhos são feitos somente para sonhar...

Mago Merlin... recebeu muitas visitas de pequenos, novos e antigos aprendizes, mas hoje somente quer sonhar porque está bastante cansado do trabalho na cidade... de qualquer forma, continua sempre aqui!

A incerteza do coração

Era uma vez um garoto
Que era um aprendiz daqueles diferentes...
Nos olhos, a alegria...
No coração a incerteza.

Mas nesse coração incerto
Batia um ser de muita coragem e determinação...
Passou por trilhas muito complicadas...
E venceu batalhas que ninguém ousou enfrentar.

Um dia, chegou o dia...
Que seu coração incerto, alcançou a única certeza da vida
E seus olhos, sua alegria, sua coragem e determinação,
Passaram a viver no coração daqueles que agora tem saudades.

Mago Merlin... no silêncio do respeito... assim como o Mago, o Té sempre estará aqui!

No forno por arrebatamento

Grata surpresa...
Um dia de sol e de viagens a outras terras...
Mesmo que somente através de um portal
Daqueles que só levam nosso espírito.

Juntos, o Mago e a Fada dos Olhos
Trilharam o caminho do fuso horário
E foram parar em terras distantes,
Onde degustaram de todas as iguarias servidas.

Ao chegar de volta, viu que a força da magia começara finalmente a surgir...
A garotinha dormiu, sonhou, saiu do casulo...
Demorou para ver aquilo que o Mago já contara numa outra vez...
E do forno da inspiração, começam a surgir boas novas.

Ela tem um amigo...
Juntos desfiam escritos brilhantes que fazem sorrir o Mago...
Ambos trilham a mesma rota
Na direção do sucesso...

Enfim, hoje o Mago está mais feliz, mesmo no tempo onde mais coisas estranhas continuam a acontecer...

Mago Merlin... sempre aqui, velando por aqueles que ama, para que sejam felizes. Lembrem-se:
- Paixões são coisas que a gente não termina... elas se apagam ou se transformam em amor eterno...

Alice

Doce Alice que cuida de duas fadas
E também de duas elfos (se bem que mais a distância).
Quando a conheci, gostava de gatos...
E se tranformava em uma, às vezes...

Nunca tive medo de suas idéias...
Ela sempre foi muito sincera...
E agora as transforma em belos bordados
Contando que a loucura é da cabeça dos outros...

Gosta também de imagens e as faz muito bem...
Ensinou às fadas como fazê-las...
Que agora, fazem imagens de coisas que só elas conseguem ver
Como a música das andorinhas e os olhos das vitórias...

Doce Alice, que aproveita as horas de silêncio e preguiça
Para ouvir o barulho do vento e o o brilho das sombras
Para tratar de ser feliz...

E que, em seu aniversário, seus desejos para a estrela sejam realizados!

Mago Merlin... hoje comemora o aniversário de Alice... não aquela daquele país de maravilhas e sim aquela que trilha, com suas fadas e elfos, o caminho da felicidade. Lembra a ela que, mesmo distante, ele sempre estará aqui!

A Lua Azul

No tempo em que as coisas são estranhas,
Ser pouco menos que um estranho,
Daqueles que conhecemos de longe e só sabemos quem é,
Não deveria causar espanto aos seres comuns...

Certamente ele não queria isso...
Até tentou, mas desistiu.
Não era dia para ser comum,
Pois era a festa daqueles aprendizes que cantam.

Esteve com todos... os antigos, os novos, os pequenos
E aqueles que nunca o serão.
Mago da Luz e Fada dos Olhos, também prestigiaram a festa...
E viu Marte, de quem não fala há muito tempo...

E a segunda lua cheia do mês, brilhava no céu e no pensamento.
Mais brilhante do que de costume...
Azul como parte da veste do Mago...
Com uma única estrela a olhar o tempo todo para ela.

E em sonhos podemos pensar
Que nessa única estrela do céu, estava o menino
Com a lamparina que o Mago ganhou no vilarejo.
Ah! Por isso sua luz ficou mais intensa e conseguiu acompanhar a da lua...

E no mesmo sonho ele somente admirava
Sua beleza em prata, porcelana e hoje azul
Como a rosa que ele portava,
Mas que não sabe quando conseguirá entregar.

Mago Merlin... feliz pois conseguiu estar na festa e voltar, a seguir, para a cidade... mesmo lá, sempre estará aqui!

Coisas estranhas

E então novamente acontece...
Aquele tempo por onde passou, recentemente, o Mago da Luz.
Coisas estranhas acontecem, até o frio chega mais cedo...
A Lua chora de novo, desta vez até imagino o por que.

Notícias estranhas... acidentes com pessoas que quero bem.
Nem o caldo no castelo dos anjos foi igual dessa vez.
Chego em casa, coloco as músicas de um lindo momento
E encontro uma estrela que caiu aqui, não por acaso.

O frio é intenso, o ar é seco,
Nem o vinho melhorou a tal sensação...
Melhor observar tudo a volta,
Pois amanhã será mais um dia em direção ao último.

Mago Merlin... texto estranho para um momento estranho como vários que ainda virão durante um mês... mas, de qualquer forma, ele sempre estará aqui.

Dois Centos

Mais uma vez e assim sempre será...
A alegria de estar com eles deixa o Mago satisfeito...
Mesmo na cidade, ele sempre está por aqui.
E assim foi, recebeu a carta e brincou com todos.

Então, resolveu dar um pulo no Pais dos Sonhos Verdes,
Onde deixara o menino dormindo no encanto dos seus sonhos...
O acordou e convidou para a festa...
Onde ele chegou, até que cedo.

A Lua estava lá, linda como sempre.
Brilhava em prata e porcelana,
Mesmo em nova e abafada pelas nuvens, que fizeram até chover...
Ah! Não era seu choro, pois estava feliz (saira de um tal casulo).

Não vou falar desse dois, pois agora são poucos os segredos (para contar outra hora)...
O Mago ficou feliz e é o que importa,
Mesmo sentindo falta dos antigos.
A Bruxinha de Verde sumiu e da Princesa do Rei, nada se ouve falar...

Chove na montanha, é tarde, e faz frio...
Ouve-se falar dos outros,
Dos amores até a eternidade...
O que se sabe é que a sintonia, fará um dia inventar o tal do amor maior.

Mago Merlin...voltou da festa...um discreto engasgo pela emoção de sempre... mas continua por aqui mesmo!

Fora de curso

Eventualmente todos sentem isso...
Algo fora de curso, de rota, sem fio da meada...
O velho tempo, as vezes, é imóvel,
Confirmando as descobertas do dentro de qualquer ser...

Vi as nuvens saindo da água do rio...
Seres voltando, depois de folguedos na noite estrelada e fria...
O inverno se aproxima em rota de colisão...
A mesma rota da paixão que poderá acontecer.

Enfim, em quatro dias, novamente em casa...
Preparando o mês seguinte que começa em breve.
Muitos mistérios daquele lado, da direita, da mesma estrada de sempre
Que leva ao País dos Sonhos Verdes (será que a menina que risca e rabisca ainda está por lá?).

Mago Merlin... sem maiores considerações... desejando Feliz Aniversário para aquela que risca e rabisca... sumido, mas continuando sempre aqui.

Sei lá...

Ela tinha um brilhinho escondidinho nos olhos marejados...
Como fazê-lo aparecer?
Um soluço até na hora de dizer seu nome
E um suspiro a seguir...

Fora ouvir canções que falavam de amor...
E como resistir à lembrança e a saudade a seguir?
Não houve jeito:
Empalideceu e viajou naquele sonho.

Tinha que voltar, de alguma forma,
Pois o brilho de seu olhar infantil,
Lembrando do primeiro amor,
Era uma coisa muito linda pra ficar assim escondida.

O Mago foi lá... olhou pra ela e disse alguma coisa.
Ela respondeu: "Sei lá"... e sorriu.
Ele perguntou outra coisa...
E ela sorriu outra vez...

Deu-lhe água, ofereceu um bom lugar para ouvir as canções,
Mas ela preferiu seguir seu caminho...
E deixou, na lembrança,
Aquele brilho que só quem já viu, sabe como é...

Mago Merlin... ainda sob o encanto dos bons momentos dos últimos dias... aquele que sempre estará aqui!

Feche a porta

Então ele foi...
No início ajudou... no outro dia, comandou...
E naquele terceiro, foi um ser comum
E brincou com aqueles que ele quer bem.

Encontrou Olhos Azuis e outros de seu tempo...
Também foi saudado pelos novos e pelos pequenos aprendizes.
Dançou com eles, riu com eles e nem pensar em chorar
Porque a noite ainda era de festa e o que importava era ser feliz.

A Lua foi... linda no céu, quase cheia...
Parou de chorar por conta da ilusão
Vinda da incerteza e da insegurança
Que, às vezes, conseguem enganar aqueles que tem dúvida.

O menino não foi, melhor assim...
Seria outro encontro torto
E o Mago preferiu deixá-lo dormir
Ao lado do encanto do sonho...

De certo acorda hoje, novamente exausto mas feliz...
Certo de que o tempo resolve, pois é senhor da razão...
Assim como o coração, que expulsa o amor de dentro dele (antes que impedre)
Para que ele seja real e, um dia, ele seja de alguém...

Mago Merlin... portas fechadas para o menino dormir... aquele que esteve lá, mais uma vez, e que sempre estará aqui!

Procura-se minha Esperança

Alguns visitam a casa do Mago e se identificam com os contos... desta vez foi o Mago que fez uma visita e reverencia a história contada pela Menina das Cores de quem tanto ele já falou...

"Começou como um conto de fadas. A brisa leve entrava pela janela, movia o cata-vento em cima da escrivaninha e acabou trazendo consigo um barulho de asas. A princípio achei ser a minha imaginação, mas repetiu-se e repetiu-se...
Foi assim. Ela entrou pela janela numa noite em que eu não estava muito bem. Lá estava eu com minha fé machucada enquanto ela pulava agitadamente pelos espaços do meu quarto.
Talvez quisesse chamar minha atenção. A minha descrença e a solidão já eram tamanhas que resolvi dar a atenção que pedia. Sorri por alguns segundos. Dizem que a esperança traz consigo soluções.
Acreditei por alguns segundos até perceber o quanto ela era pequena, frágil e, de tão inquieta, deduzi que não estava bem. Lamentei comigo mesma. Era isso... Tudo estava tão errado que até a esperança que me havia sido enviada estava machucada. Podia ter tido qualquer reação. Ignorá-la, espantá-la, tentar incorporá-la completamente. E tudo que consegui fazer foi ficar olhando, olhando, até começarmos a conversar. Não que ela fosse de muitas palavras, pra ser sincera, não disse nada. Mas entendi que seu silêncio era diferente de muitos outros silêncios aos quais me habituei. Ela me ouviu atentamente até que eu entendi o que devia ser feito. Eu tinha que ajudá-la, tinha que fazer com que ao menos aquela esperança conseguisse sobreviver. Tarefa grande demais pra mim, talvez. Estudei um pouco sua espécie, sua raça, seu credo. Fui tão longe que até retirei da minha própria lembrança alguns nomes estranhos pra uma esperança tão fraca. Ofereci alimento, ela precisava ficar forte. Não aceitou. Continuamos a conversar até que ela, para o meu espanto, começou a deliciar-se com o banquete de forças. Chorei. Foi bonito, meio sublime. As lágrimas simplesmente despencaram. Não sei se chorava por mim ou pela mágica. Não faz muita diferença. Tive uma companheira pela noite. E no dia seguinte tiramos fotos, nos divertimos, rimos, compartilhamos alguns medos. Certo é que durante a noite tive uma força que não tinha há muito tempo. Depois de fitar o céu por horas a fio, escrevi tudo que vinha a minha cabeça, esvaziei muitos e muitos pensamentos. Deixei alguns guardados, mas sei que, quando fui dormir, lá estava ela do lado da minha cama... Lá estava minha esperança...
Adormeci. Sonhei muitas coisas das quais não me lembro e acordei com um som diferente de tudo que eu já ouvi. Era baixo, triste, melancólico. Por alguns segundos eu pensei comigo que aquele era o som que definia exatamente todo o meu ânimo nos últimos dias. Se existissem Fênix acredito que seu canto seria como aquele. Mas só me dei conta de que tudo aquilo era real alguns segundos depois e, no choque de realidade, levantei-me assustada pensando se minha esperança estava bem, se era ela que estava cantando, se eu não estava machucando-a. Mas o som cessou exatamente na hora em que levantei. Sumiu. Minha esperança havia desaparecido. O quarto estava fechado, sem nenhum espaço pelo qual alguém daquele tamanho poderia fugir. E ela não estava em lugar algum. Não adiantou procurar, não adiantou chamá-la. Ela simplesmente sumiu. Sumiu como seu canto.
Seu nome era Elyan"

Emi... longe demais das capitais...

O Feitiço

Enquanto na cidade, o Mago esteve com o eremita...
Com ele trocou idéias e discutiu alguns mistérios...
Falou com a Grande Loba também
E preparou-se para o caminho da festa.

Sim, aqueles que se diziam reis, fizeram novamente uma festa
E chamaram o Mago...
Desta vez, não para comandar e sim para ajudar...
E ele aceitou, mais uma vez, mas somente por um dia.

Nos demais, seria algum ser comum...
Para observar, se divertir igual aos outros...
Sem, claro, invadir aqueles tais portais dimensionais
De onde a volta nem sempre é fácil.

Mal podia imaginar que, de repente, ja transformado,
Enfrentaria tantas intempéries...
O céu de lindo azul, começou a escurecer...
Nuvens carregadas, trouxeram o vento e a chuva...

Horas parado no caminho agora escuro...
Queria chegar logo, descansar um pouco...
Abrira uma porta, mas por ela o frio cortante
Fez doer seu coração.

Esquecera do feitiço antigo
Que a bruxa (um dia dama) do lago lançara no passado...
O qual já enfrentara diversas vezes
Mesmo sem saber como o fazer.

Conseguiu chegar, todo molhado da chuva...
Até animado, apesar de exausto...
Mas o feitiço continuou e o obrigou a dormir...
Sozinho... Com sua dor...

Acorda no dia seguinte...
Vê a chuva fina que persiste,
Mas vai a festa assim mesmo
Pois hoje não será somente um ser comum...

Mago Merlin... esperando o menino acordar e entregar a Rosa pois a Lua voltou a chorar como previra... mas estará sempre por aqui!

Essência Imortal

Era uma vez uma elfo que tinha o dom da música... e lançava um encanto em todos que a ouviam...

Quando a Bailarina soube que a elfo viria pra cidade
Logo chamou o Mago, aquele que sempre está aqui,
Para acompanhá-la nessa aventura.
Providenciou, para ele, vestes adequadas
E assim partiram na direção da planície, onde ela mostraria suas canções.

Na última hora, convidou também a Bruxa da Estrelinha Azul...
Esta tem o dom da cura através do toque das mãos
E também tem o dom da transformação,
Pois transformou o Mago em um rapaz condutor (para agradar sua avó)
E encheu de brilho a amiga Bailarina...

Várias tribos reunidas na planície...
Novos e antigos seres, esperando o grande momento
Onde o doce sacrifício da espera
Seria recompensado com um sonho final...
Trazendo aqueles que necessitam, de volta a vida...

E assim foi...
As tribos gritaram e saudaram a bela elfo
De olhos azuis e cabelos negros
Que encantou a todos
Com sua imortal essência...

Mago Merlin... agora já novamente transformado em um ser comum... esteve lá com a Bailarina e a Bruxa da Estrelinha Azul... mas continua sempre aqui!

Pequenas Maravilhas

E naqueles contos de fada estão as pequenas maravilhas que iluminam nossas vidas...

Exausto... assim estava ele ao cruzar o portal.
O Mago o vira, assim que recebeu o anel de Alice,
Através de um raio multicolorido
Que iluminou a parede logo à sua frente...

Passou pelo guardião (aquele baixinho de outro dia...)
E procurou abrigo em um castelo mágico de papel (desenhado por aquela menina...)
Nem os brinquedos dos gnomos e duendes o animaram...
Na mão, o troféu da luta com o dragão...

Do armário, então, saiu o Mago.
- Feliz, menino? - perguntou.
- Sim, porém em vão... a Lua ainda está em crescente e logo vai chorar novamente...
- E você não vai estar lá? Afinal, não era pra isso que você queria a rosa?

O menino não respondeu... caíra no sono...

O Mago, então, colocou a rosa em uma bolsa azul de tecido suave...
Junto, a pedra verde que ganhara no longínquo vilarejo
E falou bem baixinho:
-"Que o encanto do sonho dure pra sempre, pois amar sempre será difícil, mas desistir do amor sempre será impossível."

Mago Merlin... hoje escrevendo um conto com personagens conhecidos, mas é só mais um conto de fada. E os novos aprendizes receberão o encanto final, mais uma vez, com a presença do velho mestre que também sempre estará aqui!

Devaneios

Depois de ver os novos e os pequenos aprendizes competirem
E ficar feliz por matar as saudades,
O Mago divide-se em dois e parte para a cidade
Onde também é aprendiz (de certo modo) e observador...

Deixa uma parte na montanha, pois sempre estará aqui
Perto daqueles que pensam nele,
Que brincam com ele,
E que cantam e choram também!

De carona, acredita ter levado Elyan,
Pois a viu no capô de seu carro (ah! Magos às vezes usam essas coisas...)
Ela sumiu também, mas trouxe uma mensagem da menina das cores...
Mas isto é história pra outro dia...

E ele segue pensando na partitura de andorinhas,
Em lá maior...
Mas não entende o que as flores querem dizer...
Uma ignora, outra olha pra esquerda e outra segue em frente...

O que será que a fada de Alice viu nelas?

Muitos mistérios, assim com o tempo (porque será que ainda não faz frio?)
Desta vez, aquele que tem nuvens
Que andam escondendo a Lua,
Que anda chorando também (o choro da dúvida)...

Na luta contra o Dragão, está vencendo o menino (o outro, não aquele da princesinha)
Sumido este, está ocupado... aparecerá na hora certa...
Outra luta é travada na terra do gnomo e da princesa do Mago
Contra as incertezas do dia a dia e contra forças do mal...

Enfim, coisas da cidade
E da montanha também...
Pois o contraste dos mistérios
É o que leva a vida adiante.

Mago Merlin... em devaneios... vendo as lutas daqueles que amam para conquistar seus sonhos... desejando sucesso pra bruxinha de verde que faz aniversário amanhã... e continuando sempre aqui!

O Teste da Fronteira Transparente

Quando o Mago conheceu a menina das cores,
Conheceu também outra menina...
Uma que risca e rabisca
E tem o dom do desenho,
Por onde transmite seus pensamentos.

Outro dia, em sonhos,
Esta menina encontrou um portal...
Uma fronteira transparente... limite entre o acordar e o País dos Sonhos Verdes.
Lá havia uma folha de papel e um lápis mágico multicolorido
Que permitia que os desenhos tomassem forma real.

Logo na entrada, havia um ser baixinho
De barba verde e cabelo roxo...
Um desses seres que não tem definição
Que estava sentado em um banquinho cor de abóbora
Para não perder a esdrúxula combinação de cores...

- "Para passar, tem que resolver o teste". - disse para a menina.
Sem muito entender (afinal, que teste era esse?), a menina pegou o lápis,
Desenhou uma pedra, uma folha de papel e uma tesoura
Entregando a seguir para o baixinho
Que sentado estava, sentado continuou.

Então ela falou: -"Você escolhe um e eu outro".
Escolheu a pedra (acho que ele pensou que era o desenho mais forte)...
Ela escolheu a folha de papel... embrulhou a pedra e a jogou fora!
Sobrou a tesoura... usou-a, recortou a folha do desenho inicial como uma flor
E ofereceu ao baixinho!

Este agradeceu, sorriu e abriu o portal!
- "Seja bem-vinda ao País dos Sonhos Verdes...
Venha sempre que precisar".
E a menina acordou de seu belo sonho
Certa de que tal lugar, sempre estará por lá!

E a outra menina, a das cores,
Que andou usando vermelho,
Já voltou para o azul
E hoje aparece deitada em uma colcha de fuxico
Oferecendo uma flor para alguém de quem tem saudade...

Mago Merlin... contando histórias de sonhos... matando saudades dos novos e dos pequenos aprendizes que hoje competem entre si... contando pra eles, que ele sempre estará aqui!

Algum lugar do passado

E o Mago procura aquela trilha, velha conhecida...
Atravessa o túnel das árvores
E vai ter com os seus
Naquela fazenda do passado...

Tranforma-se em antigo menestrel
Para recordar velhos e bons tempos...
Descobriu onde foi parar o púcaro
E conhece um sabiá!

Pássaro misterioso
Que bate na janela todas as manhãs.
Parece querer entrar...
Abre-se o caminho, mas continua o mistério.

A chuva só apareceu quando voltou para a montanha.
Chora de novo a Lua? Que aguarde o menino...
Pois a rosa ela há de lhe entregar
Para acabar de vez com seu choro.

Enfim, encontrar coisas do passado
Para comemorar a ressurreição
Das coisas que sempre estarão lá
Assim como o velho Mago.

Mago Merlin... ouvindo os mistérios da velha canção de outros menestréis... aquele que sempre estará aqui!