14.11.07

Valeu, foi bom, adeus!

Acordou cedo e bem disposto...
Alguma tristeza, claro, mas a felicidade do reencontro foi muito maior.
Novamente eles se vão (voltarão em alguns dias para o encanto final)
Porque é assim que tem que ser.

Antes que partam, os mestres os encontram...
Últimos ensinamentos, boas lembranças, grandes desejos.
O Mago, a Fada dos Olhos e o Mago da Luz também estavam lá...
E a emoção tomou conta mais uma vez.

Será a última? Isso ninguém sabe...
Ele preferiu nem pensar nisso e convidou os presentes para uma viagem
Ao tempo do giz de cera e da canetinha
Para mostrar sua mensagem.. em música e em desenho...

Procurou aquela folha qualquer, mas cheia de magia,
Para falar o que tinha no coração,
Pois a saudade que sentia do que vai ser
Engasgou sua voz também.

Depois de muito choro
Era hora de festejar,
Naquele lugar daquela festa de João,
A Aula da Saudade...

O Mago e os demais ganharam presentes.
O menino não foi (está fazendo suas malas)...
E, na hora de sempre,
O armário foi o caminho... sem despedidas.

- Valeu? – perguntaria a Fadinha.
- Muito – responderia o Mago
- Foi bom?
- Com certeza...
- E agora é adeus?

O Mago silencia...

Mago Merlin... prefere não falar mais nada... aquele que sempre esteve aqui.

Um comentário:

Unknown disse...

jorge luís borges diria que a eternidade é um castigo... e de certa forma o é. mesmo com o desapego sendo um mistério quase assim tão grande... ser eterno é ter uma nostalgia tão grande quanto o ser; melancolia, nas montanhas distantes, por entre os prédios que adormecem sob o luar esfumaçado da madrugada. sendo breve, se vive mais intensamente. duradouramente intenso, eterno posto que é chama, ou algo assim parecido, o que a memória quer nos revelar. boa noite, mago. e uma boa semana.