11.5.08

A Carta

Chegou em casa cansado,
Pois o outono começa a deixar espaço para o inverno,
Com chuva e frio,
Como é comum na montanha.

De longe, viu uma pequena luz em cima da cômoda...
Chegou perto e materializou-se um envelope...
Uma carta...

- Carta? – perguntou a Estrelinha
- Sim... falando daquela outra estrela, lá de Júpiter – respondeu o Mago.
- A favorita daquela história?
- Não seja apressada e somente escute...

Aproximou-se e o envelope pulou em suas mãos.
Sentou, abriu e começou a ler...

“Merlin.
Eu estou escrevendo essa história porque sei que é o único que pode compreendê-la. Você tem os muitos anos de experiência, sempre por perto, observando e aprendendo com os pequenos seres desse mundo encantado... e você é dono de um coração que é capaz de ver muito além. Por isso também digo que é o único que pode guardá-la.
Como uma boa história, irei começar com: “Era uma vez”...

Uma pequena estrela no céu, meio tímida, com medo de seu próprio brilho...”

- Imagine! Uma estrela com medo do seu brilho?
- Você também já foi assim...

“Ela estava cansada de somente brilhar... de ver o passar das noites... de estar lá no céu tão silencioso e distante de tudo. Ela sonhava... sonhava com os seres que, lá de cima, observava.
Em especial, havia um determinado ser encantado que era diferente. Ele tinha um dom que há muito outros haviam perdido: ele sabia sonhar, usar a imaginação e manter sua mente aberta...”

- Hum... você já andou contando isso...
- Pegue uns biscoitos, Estrelinha.

“Ele também olhava o céu, onde centenas de estrelinhas brancas, coloridas e de maior ou menor brilho, pareciam brincar naquela outra dimensão... e nessa noite do “Era uma vez...”, ele olhou para o céu e o observou com mais atenção.

Sua essência passou por aquele portal e, como um raio, encontrou o olhar da tal estrelinha tímida e pequenina, escondida num pedaço pequeno de céu escuro, protegida pelo planeta Saturno.
E assim a mágica aconteceu! A estrela deixou pra trás o medo de seu próprio brilho... eles, então, se uniram... num mesmo longo caminho a percorrer...”

- E quem mandou a carta, Mago?
- Nem imagino. Apareceu como os bilhetinhos que Nini Félix deixa.
- E quem é Nini Félix?
- Também não imagino quem seja...

Mago Merlin... o frio está chegando e os momentos de maior magia também... aquele que sempre estará aqui!

Um comentário:

Anônimo disse...

A mágica só se torna mágica quando acreditam que ela realmente está entre o céu e a terra! Ou entre mar e estrelas?