11.9.10

Arco e Flecha

Apesar de estar em nova há três dias,
O (K)Clown conseguiu iluminar um pequeno feixe de lua,
Como se fora um arco, armado com uma flecha,
E também uma pequena estrelinha, como se fora os dedos de um arqueiro.

- Esta história é sobre Cupido, Narrador? – perguntou o Guri.
- Calma e escute até o fim.


Durante a semana, Adrielle e Ana dividiram o dia:
Nublado, de manhã, e ensolarado, à tarde.
À noite, nessa fase, as estrelas surgem mais brilhantes,
Misturando sua luz à das fadas da primavesa.

A elfo limpou o jardim, onde mudas de rosa ainda existem,
Auxiliando o trabalho das pequeninas elementais
Que lidam diariamente no meio da terra
No preparo da estação das flores.

Um movimento diferente e risonho era observado
Na antiga confeitaria, nos fundos da casa, que virara galpão,
Onde diversos tubos de encanamento foram acumulados
Desde os tempos lá da montanha.

- O que você pensa em fazer com isso, Ana?
- Uma última tentativa, já que todo o restante falhou.
- Mas você desfez aquele encanto e não tem mais jeito.
- Foi necessário, Adrielle, ele precisava e pediu.


Com a ajuda de uma fada confeiteira que passava por ali na hora,
“Fios de ovos” viraram aramida que foi fixada no arco da lua.
O Guardião baixinho utilizou seus conhecimentos de ferreiro
Para transformar os canos numa fina flechinha brilhante.

- Falta a pena. Adrielle, você guardou alguma daqueles quero-queros nervosinhos?
- Quando eles atacaram o Mago, uma voou e eu guardei de lembrança.
- Ótimo! Vai servir com certeza! – concluiu Ana.
- Quem vai atirar? – perguntou o Guardião.
- Como se você não soubesse! – o uníssono fechou o assunto.


Pontaria certeira, faltava ainda que ele descobrisse
Que nesse dia não surgiriam desculpas...
E assim o coelhinho douradinho foi convocado
Para concluir todo o encantamento.

- Viu, Guri. A história não era do Cupido.
- Mas o que aconteceu depois?
- Isso eu conto num outro dia...


Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

Um comentário:

Klaus Pettinger disse...

Mas que tal, gostei! Como diria quem sabe o que fala, não duvide do poder bélico-amoroso da lua! Valeu por mais esta referência lunar-fotográfica-klownística...hahaha! Um abraço!