17.11.10

Outra Calmaria?

Não cheguei a contar antes,
Por pura falta de vontade,
Já que uma pretensa calmaria
Instalou-se por toda a parte.

Coisas de fim de ano...

Já se fala em Natal e a casa ficou vazia.
De tempos em tempos isso acontece,
Pois as meninas voltam para lá (onde é mesmo?),
Mas retornarão ao monte em breve.

Sendo assim, ele foi para a cidade:
A mesma que esteve há dois anos
E até encontrou a Garotinha por lá
O que, certamente, não aconteceu dessa vez.

Procurava somente um movimento
E, talvez, só um momento com ele mesmo,
Na estrutura de vielas em concreto,
Porém com sonhos espalhados para todos os lados.

Pessoas procurando alguma coisa diferente,
Que nem elas sabem bem o que é,
Correndo de um lado para o outro,
Iluminadas pelas vitrines de cristal.

Os livros brilharam seus olhinhos quando ele apareceu:
Pareciam borboletinhas dispersas por todos os lados,
De todos os tamanhos, cores e desenhos,
Voando sobre as flores de primavera.

Ele agradeceu a acolhida (foram gentis),
Mas escolheu somente um novo livro mágico a escrever,
Durante o ano que se iniciará,
E prometeu voltar outro dia, à procura de um piscar.

Nada a fazer, somente aguardar...
Mas sonhar ainda é possível
Assim como inventar coisas diferentes
Para fechar, com chave de ouro, outro ano que se vai...

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui.

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