2.2.09

O Guri

De longe o Mago avistou o baixinho...
Aquele... barba verde, cabelo roxo, banquinho cor de abóbora,
Entregando o papel e o lápis mágico multicolorido
A um guri que não deveria ter mais que uns treze anos...

- Você está mais rigoroso com este do que foi com a menina que risca e rabisca – disse o Mago.

O guardião assustou-se. Pudera! Outro dia ele permitiu a entrada de alguém que não deveria mais entrar e, agora, tentava compensar seu equívoco.

- Libere a passagem! Venha guri... tomaremos um chocolate.

O visitante, assustado, assentiu com a cabeça, que mantinha sempre baixa, como os servos de outrora ao avistar seus senhores cruéis.
A muito custo, ele perguntou:
- Que lugar é este?
- Aqui encontrarás o que desejares. - respondeu o Mago.

Conversaram. O guri estava triste, pois achava que magoara a amiga, já que, após um breve elogio, ela emudecera em rubro e saiu de perto, com uma rápida despedida.
- E o que desejas então?
- Que ela volte e continue minha amiga.

Um barulho, lá fora, tirou a concentração de ambos. Os yetis chegaram trazendo as meninas e eles, efetivamente, nunca foram discretos.
- Posso brincar com elas? Já terminei o chocolate.
- Se isto te deixa feliz, pode ir.

Muitas horas de folguedos depois, Deborah trouxe o guri.
- Ele veio se despedir.
- Feliz agora?
- Sim. Já sei o que fazer. Te agradeço.
- Volte quando quiser! Um dia conhecerás o dragão.

Um coro de quatro vozes ecoou ao longe... “Xau Mago” ... e assim todos se foram, desta vez em faíscas douradas que Deborah providenciou!

“ Que ele mantenha a cabeça erguida (sem servidão), olhando sempre pra frente, encontre novamente a amiga e assim continue feliz!”

Mago Merlin... ouvindo aquelas músicas dos momentos “inesquecíveis”, aguardando a volta da Fada dos Olhos... continuando por aqui, como sempre!

Nenhum comentário: