11.1.10

Doce como sorvete

Alguns trovões no fim de tarde
Finalizaram o que todo final de semana anunciara:
Adrielle voltaria hoje, chegaria no colo do yeti
E ainda traria Olhos Azuis.

O Dragão riu ao ver o yeti
Queimado do sol, de óculos escuros, bermudão e boné,
Mas saudou, com um belo sorriso,
A presença da pequenina, corada de tanto sol que tomou.

Alegrias à parte, “puxões” de orelha também foram dados pelo Mago:
- Vocês não acham que exageraram?
- Ela procurou por isso e encontrou! - as duas, em uníssono.
- Até você aprendeu a falar junto, Olhos Azuis?

Todos riram, mas Olhos Azuis estava apreensiva:
Precisava de um texto, mas o Guri fora embora,
O Narrador estava ocupado, contando essa história,
Restando somente o Mago para dar uma idéia.

E ele disse que procurasse por Clarice...
Talvez naqueles seus sonhos e desejos:
“Que a vida seja doce e que haja esperança suficiente
Para fazê-la feliz”

Não sem antes aprender
Que o que se deseja dizer
Deve ser tão doce quanto um sorvete,
Deliciado de cabeça para baixo!

"Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis."


-....????

"Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada."


E como ninguém nada entendesse,
Preferiram ouvir outras histórias
Até que adormeceram, numa bela manta,
Estendida no meio da sala mesmo.

"Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!"


- Deixe-as, yeti. Precisam descansar. E vá tirar os óculos, por favor!

"E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais..."


Mago Merlin... ode a Clarice... aquele que sempre esteve aqui.

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