31.1.10

Like a rainbow

Ontem...

- O que tanto mexem aí?

Ana e Adrielle encontraram um baú
Repleto de coisinhas coloridas:
Papel crepon, celofane, feltro,
Agulhas, linhas e canetinhas.

- Como se você não soubesse! - responderam – Vai viajar?

Enquanto as meninas brincavam,
O Mago orientava o guardião:
Era lua cheia e as peeiras viriam ajudar,
Pois os yetis não gostavam muito de lobos.

- Volto em dois dias. Cuidem de tudo.

E assim se fez: o Mago foi encontrar um guia,
Em terras não muito distantes,
Para conhecer algumas cachoeiras,
Lá para aqueles lados onde mora o (K)Clown.

Enquanto isso, lá ainda no monte,
Ana juntara o feltro azul, dobrara crepon amarelo e branco,
Ligara tudo com as linhas e, com as canetinhas coloridas,
Escrevera, num papel, algumas instruções.

Adrielle usara o celofane,
Picado em minúsculos pontinhos
Colocados num sachet de feltro cinza
Que recebeu muitos raios do luar.

- Não achei nada vermelho. - disse Ana.
- Usei tudo ontem quando fiz aqueles peixinhos de alegria para preencher o aquário daquela moça transparente que fazia aniversário!
- Hum... E quem levará nossos presentes?

Procuraram, então, pelo Dragão.
Este recebia um primo distante,
Que não sabia voar, mas gostava de mel,
E a ele entregaram a missão.

Bem observador,
O primo do Dragão acompanhou o Mago,
Esgueirando-se pelo mato,
Para seguir as instruções de Ana, no momento certo.

“ Nas trilhas de brita, que ele vai passar,
Que o crepon ganhe vida em borboletas,
Brancas e amarelas por todo o caminho;
Que o feltro tinja o céu de azul, durante o dia,
E que o celofane se transforme em estrelinhas em volta da lua cheia.”

- Veja, Guia! Algo se move no arbusto. É bem grande!

Descoberto pelo Mago, o lagarto disfarçou:
Com um favo de mel na boca
Fez uma pose, deu uma olhada
E desapareceu rapidamente.

E nas águas que penderam das pedras,
Nos lagos assim formados,
O brilho do sol criou outras cores
Como se tudo fosse um grande arco-íris...

Mago Merlin... logo volta... mas continua por aqui, como sempre!

27.1.10

Calmaria?

Muito tempo sem contar histórias...

Mesmo no monte, assim como na montanha,
Existem épocas de eventual calmaria...
À volta, talvez, um grande tufão,
Mas permanecer no seu “olho”, eventualmente é mais seguro.

Vários dias de chuva e pouco sol.
As meninas deixaram a Natureza seguir seu rumo,
Preferindo estudar alguns escritos, deixados por Deborah,
Enquanto o Mago jogara xadrez com o Dragão.

O Guardião pouco trabalho tivera,
Mas andou distraído na chegada, outro dia,
Da Fada Mila que trazia um convite
Que o Mago deixou para aceitar num outro dia.

- Hum... vocês fizeram muitas travessuras!
- Somente testamos umas coisas que Deborah deixou.
- Não estou zangado. Fizeram bem.
- Nós nunca acontecemos, mas isso não quer dizer que não existimos.

E é chegada a hora:
Levantar a ancora da nau da imaginação,
Virar o leme na direção do vento
E entrar no redemoinho do infinito.

- Estão prontas? O “muito a fazer” se faz presente!
- Já não era sem tempo!

Como no xadrez: uma jogada e tudo se perde,
Outra jogada e há um empate,
Num vacilo se faz um xeque,
Noutro momento se dá um mate.

Seguindo na era de Aquarius,
A Lua já chegou na sétima casa
E Júpiter já alinhou com Marte...
Então é hora da libertação das mentes...

Mago Merlin... aguardando a primeira lua cheia do ano... aquele que sempre esteve aqui!

17.1.10

A Montanha, Angelina e Leoni

Ao final de 2 dias de celebração, outros magos,
Sem túnicas pretas com galões esverdeados, realizaram o feitiço final...
E aqueles outros aprendizes, que também tinham olhinhos brilhantes,
Partiram para o encontro de seu destino...

Há 3 dias...

“- Meninas: ajudem a elfo e tomem conta de tudo. O Guardião cuidará do perímetro com o Dragão!”

O Mago partira rumo à montanha,
Seguindo a mesma rotina de sempre,
Para a formatura da amiga baiana,
Depois de tantos anos da mágica que ele fez!

A emoção do dever cumprido uniu-se à satisfação da festa,
Já que ele bem que gosta desse tipo de celebração,
E até já participou de uma por aqui,
Mas na outra ele não foi convidado...

Depois foi matar as saudades
Daqueles tempos lá naquele mesmo lugar,
Pertinho da casa antiga,
Onde muitos bons momentos foram vividos.

Cantava um antigo herói de uma resistência,
Que há muito conta histórias de amor,
Algumas de ficção, só para o prazer,
Outras com aquilo que ele quer...

No final, tudo fica registrado,
Mesmo não resistindo aos mistérios (afinal, é um garoto),
Naquelas “cores, figuras e motivos”
Que marcam aqueles “laços invisíveis do afeto em frente ao mar...”

E Raio de Sol recebeu seu presente... mas essa história fica para outro dia!

Mago Merlin... foi lá, ainda esteve com o Velho Pai, e voltou... aquele que sempre esteve aqui!

11.1.10

Doce como sorvete

Alguns trovões no fim de tarde
Finalizaram o que todo final de semana anunciara:
Adrielle voltaria hoje, chegaria no colo do yeti
E ainda traria Olhos Azuis.

O Dragão riu ao ver o yeti
Queimado do sol, de óculos escuros, bermudão e boné,
Mas saudou, com um belo sorriso,
A presença da pequenina, corada de tanto sol que tomou.

Alegrias à parte, “puxões” de orelha também foram dados pelo Mago:
- Vocês não acham que exageraram?
- Ela procurou por isso e encontrou! - as duas, em uníssono.
- Até você aprendeu a falar junto, Olhos Azuis?

Todos riram, mas Olhos Azuis estava apreensiva:
Precisava de um texto, mas o Guri fora embora,
O Narrador estava ocupado, contando essa história,
Restando somente o Mago para dar uma idéia.

E ele disse que procurasse por Clarice...
Talvez naqueles seus sonhos e desejos:
“Que a vida seja doce e que haja esperança suficiente
Para fazê-la feliz”

Não sem antes aprender
Que o que se deseja dizer
Deve ser tão doce quanto um sorvete,
Deliciado de cabeça para baixo!

"Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis."


-....????

"Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada."


E como ninguém nada entendesse,
Preferiram ouvir outras histórias
Até que adormeceram, numa bela manta,
Estendida no meio da sala mesmo.

"Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!"


- Deixe-as, yeti. Precisam descansar. E vá tirar os óculos, por favor!

"E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais..."


Mago Merlin... ode a Clarice... aquele que sempre esteve aqui.

9.1.10

Bodas

O dia seguinte das bodas amanheceu preguiçoso.
Adrielle foi ter com Olhos Azuis
Para repetir um encantamento que fizeram,
Por conta do que houve com o menino... (deixa essa história pra lá!).

- Esteve com ela?
- Sim... mas da outra vez foi mais divertido! Vamos andar de bicicleta, Beatriz?
- Só você me chama assim...

Saíram os dois bem cedinho.
Preferiram deixar o tempo nublado,
Com a brisa fresca das manhãs
E algum cheiro de terra molhada.

Enquanto fada, ela sorria e brincava;
Quando princesa, perdera a majestade.
Ainda é bela e fascina,
Mas preferira a distância.

Ele abençoara os noivos,
Desejando tudo que existe de bom.
Bem recebido, como sempre,
Pensa que sentirá falta quando um dia for embora.

Trocaram olhares e sorrisos tímidos,
Tentando decifrar seus pensamentos.
Até ficaram bem pertinho, mais adiante,
Mas as mãos não se tocaram como da outra vez.

No passeio, passaram lá por perto...

- Quer outra ciranda, Mago?
- Cuidado para não cair, Beatriz.

"E ele quase não lembra da última vez que te viu sorrindo..."

Mago Merlin... voltará à montanha em alguns dias... mas continuará por aqui como sempre!

5.1.10

A História de Raio de Sol

Poderia ficar por aqui perdendo um bom tempo,
Contando e explicando a partida de Deborah,do menino e do Guri,
Mas vou deixar quieto...
Quem sabe, um dia desses a gente explica isso melhor?

Até porque o menino tinha que ir embora mesmo (ficar pra que?),
Deborah chegara no seu limite, por conta de outra história antiga,
E o Guri já mandava muito bem nos escritos
E foi só para fazer companhia mesmo.

Então...

"Senta que lá vem história..." (naquele Castelo, os Contos de Fada começavam assim!)

No meio de uma grande confusão,
Há quase um mês atrás,
Quando se preparava o Natal
E a Lua ressurgia pro menino...

- Nâo enrola, Narrador! - com a mochila na mão, Ana já ameaçava enquanto Adrielle olhava para o céu, com aquela expressão de assustar flor!
- Meninas... calma... ele só está esquentando! - falou o Mago e elas riram!

Bom...
Ninguém notara, mas ela entrara “de fininho”!
Encontrara a Lua Azul, do outro ano, tropeçou
E caiu por aqui, da mesma forma que a Estrelinha!

- Quem Narrador? - Ana e Dri, em uníssono, perguntaram.

Um belo e sorridente raiozinho de sol!
Pequena na altura, grande no coração,
Um sorriso bonito, cabelos curtos, pretos,
Levemente cacheados, trazia um cordão de prata e um pingente.

O Dragão arregalou os olhos!
Afinal, onde já se viu uma coisa assim?
O que ninguém sabia é que os raios de sol,
Quando de lá se desprendem, podem parecer o que eles quiserem!

E assim se fez... com um brilho infinito,
Na sua coragem e curiosidade
De conhecer e aprender sempre um pouco mais,
Preencheu um espaço que ficara vazio.

E ainda vou contar muitas histórias dela... mas aí, como sempre, ficará para outro dia!

Mago Merlin... o Ano Novo chegou... mas ele continuou por aqui... como sempre!