28.11.09

Entre morcegos e lobos

Tudo foi rapidamente arrumado, pois era necessário tirar o menino dali. 

- Guardião, acolha as meninas. pois não poderei esperá-las. Volto amanhã.

Tamanha era sua irritação,
Pela dor que ele sentira,
Que invocou a lua, ainda em crescente,
Para chorar de dia copiosamente...

"Agora não existem mais pedras no caminho..."

- Ela não podia ter feito isso!
- Adrielle, pare. Será perigoso para eles. Terão que enfrentar essa tempestade para chegar ao seu destino.
- Ana, é da sua essência. Deixe-a. Às vezes é bom colocar pra fora esses sentimentos.

"Tenho que contar meu sonho com você..."

A pequenina não parava
E mais vento e mais chuva
Escureciam ainda mais aquele dia triste,
Onde viajar foi a melhor opção.

"Será perfeito... dia perfeito... tudo perfeito..."

Ver a dor da entrega,
O amor incondicional,
Aquele que dá a própria vida
Para salvar a outra alma.

"Irei na sua casa, comeremos chocolate... depois você me deixa em casa."

A disputa acirrada dos monstros
Em busca do sentimento eterno,
Onde dois eram "Romeu"
Para apenas uma "Julieta".

"Me prometa que se um dia você for embora, você me leva com você"

Sem veneno, sem lâminas,
Somente com o silêncio...
Ele pedira que ela assim não o fizesse
E foi a única coisa que ele pediu: "- Deixe eu te amar como eu deixo você me amar."

"Posso te chamar de amor?"

Sem motivo: ele nada fizera de mal...
Somente abriu seu coração
Em resposta ao amor que ela confessara,
Naqueles momentos de sandice.

- Mais calma, pequenina? - perguntou o Narrador.

"Estas alegrias violentas têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem." (W.S.) 

Mago Merlin... encontrou Papai Noel, mas também morcegos e lobos... independente disso, continua por aqui, como sempre.

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