25.7.09

Que nem maré

Dri acordou cedo e logo cutucou a irmã
Para que saíssem ao quintal.
Encontraram o dragão que as saudou,
Mas viram o céu nublado e o frio estava implacável...

Sentaram no chão, ao lado da mudinha da árvore
Que o gnomo plantara,
E espalharam vários triângulos que criaram
A partir das cascas de pinhão...

Novamente as estrelas de raro brilho,
Como da outra vez, num snowflake koch,
Ficaram flutuando a sua frente
Quando, então, chamaram o dragão.

- Pode nos ajudar? – perguntaram no uníssono tradicional.

Um sopro de fogo azulado
Uniu-se às estrelinhas e dirigiu-se aos céus...
E as nuvens se dissiparam,
Para a alegria das meninas!

O Mago consultara a ampulheta...
Poucos cristais insistiam em demorar a cair,
Mas preparou um coche
Caso recebesse o chamado tão esperado...

- Não, Mago... além do gnomo, nem uma só coruja apareceu! – disse o guardião.

Reuniram-se em volta do fogo
Comeram uma pasta
E finalmente o Narrador resolveu contar alguma coisa,
Mas isso será história para outro dia...

E na noite onde brilhou a luz da solidão
O Mago enviou o dragão ao infinito,
Pois os cristais de areia estão no fim
E o presente virará passado num caminho para o futuro...

- Deborah! – gritaram as meninas, pulando e quase derrubando a poderosa irmã.

“Foi a saudade que fez
Eu chorar outra vez
Não, não quero solidão
Só quero ser feliz de novo”

Mago Merlin... aquele que está com bastante frio, em ode a Vercillo... mas segue por aqui mesmo, como sempre!

Um comentário:

Tatiana Lazzarotto disse...

Eu ia fazer a menção ao Jorge Vercilo! Achei q era uma coisa meio de intertextualidade subliminar, mas vc acabou com a subliminaridade (???) escancarando a fonte no final. Eu sou meio arredia a coisas muito fantásticas (a não ser por Marquez e seu realismo fantástico), mas... gostei da história! Não entendi aquele trecho em inglês, achei o máximo o "uma pasta" e pensei q ninguém usasse coche.
Enfim, escrevi demais. Coisas de primeira visita!
Abraço