28.5.10

Indiferença 2

Ontem...

A cabeça doía, mas isso já era esperado.
Muito silêncio, algo incomum na lua cheia,
Parecia um prenúncio de chegada
Das coisas estranhas de sempre...

Da mesma forma que há um ano,
A criatura dos tempos aproveitou uma distração
E investiu sem dó contra a casa
Que foi defendida pelo Guardião e pelo Dragão.

As crianças foram abrigadas junto à Rosa Azul;
O Guri puxou Dri e Ana para dentro,
Pois era sua missão defendê-las,
Apesar que, se dependesse delas, estariam no dorso do Dragão.

Hoje...

- O que você vai fazer?
- Seguir o destino, Beatriz. Iremos para outro lugar.

Novamente ela não soube responder.
Ele nunca pediu nada, mas dessa vez fez algumas perguntas.
Ela foi indiferente mais uma vez (tanto faz como tanto fez)... 
E saiu sem terminar o assunto, já que isso foi um incômodo.

A verdade, por vezes, é difícil de enfrentar
Porque é límpida como água de nascente
E não permite escolhas ou máscaras...
É somente a verdade...

- Ela não tem jeito, né?
- Acredito que não... uma pena. Seguirá na solidão ou na eterna desilusão.
- Quer que eu faça alguma coisa?
- Não, Beatriz. Deixe que o tempo resolva.


Mago Merlin... segue o tempo que precede à outra nova era... aquele que sempre esteve aqui.

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