20.5.10

Retrato em branco e preto

Depois de uma noite muito fria,
Onde a neve cobriu o jardim e o telhado das casas
E até os pinguins preferiram ficar no forno,
Um casal de tucanos apareceu... mas isso a gente conta outro dia!

- Pode me ajudar, Adrielle? - perguntou o Guri.
- Ah! Eu não sei contar histórias como você.
- Hum... acho que ficará interessante. - disse o Narrador, interrompendo a conversa.


Ela primeiro apareceu sem qualquer cor,
Refletida no espelho de seu quarto,
Enquanto guardava silêncio
Até dizer que esquecera o que combinara.

Ele, por sua vez, já conhecia essa estrada
E sabe muito bem que ela não vai dar em nada,
Pois os seus segredos ele já os tem de cor,
Assim como as pedras que existem nesse caminho.

- Não tem dedo seu nisso, Adrielle?
- Até você Guri?


E o encanto que Ana quebrara
Insiste e volta sempre a enfeitiçar,
Para que ele procure o tal desconsolo,
Dos dias tristes, noites claras, onde tantas vezes lhe escreveu.

Só que agora ele não é tão tolo,
Pois o marcado no peito foi desilusão
E tal cicatriz ainda é recente
Que ainda faz doer o coração.

- Hum... ficou bom! Mas isso não é daquele menino... o Chico?

Mago Merlin... mais um ode ao poeta... aquele que sempre esteve aqui.

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