4.8.10

Um conto de um dia frio

Depois de servidos de muitos sanduiches,
Além de chocolate quente, preparado com uma antiga receita
Da muito e muito velha avó e que a velha mãe também fazia,
Ana, Adrielle e o Guri resolveram montar uma “cabaninha” e contar histórias.

Nem notaram o movimento dos yetis lá fora...
Sim, a neve caiu não muito distante
E eles pediram que o Dragão os guiasse até o local,
Onde juntaram alguns sacos das estrelinhas de gelo.

Embaixo do enorme lençol esticado por sobre cabos de vassoura,
Pijamas de grosso moleton, com desenhos de temas diversos,
Gorros, luvas e meias de dedinhos coloridos
Completaram o visual do acampamento improvisado.

- Nossa, Adrielle, dessa vez você exagerou! – reclamou o Guri.
- É, mas Ana também deu uma ajudinha...
- Eu? Quem ficou magoadinha foi você!
- Ah! Tá! E você nem aproveitou né? – todos riram.


De volta ao quintal, muito bem agasalhados,
Dispensaram o Dragão com medo que ele espirrasse,
E começaram a juntar a neve em bolas grandes,
Para criar uma surpresa para as crianças de manhã.

O assunto estava animado e Ana começou a explicar,
Que talvez com o frio a ficha caísse e ela conseguisse cumprir sua missão:
- Bolas! Ela não encontra o fim do arco-íris, não consegue ter seus sonhos transformados em realidade e não consegue concluir que não dura um dia sem ele por perto!

Uma bola maior na base, outra menor no centro
E outra menor ainda servindo de cabeça.
Começaram a enfeitar com os outros adereços,
Só que o Dragão, muito curioso, resolveu dar uma espiadinha.

O Guri, pelo seu lado, estava bem tranquilo:
Com frio ou com calor nada mudaria,
As coisas estão bonitas e tranquilas
E ele sabe que não adianta ter pressa pra continuar a contar aquela história.

Uma pena perdida de quero-quero foi o suficiente:
De forma certeira, a narina direita do Dragão foi atingida
E saiu yeti voando pra tudo quanto é lado, depois do estrondoso espirro.
- Nãooooooooooooooooooooo!!!!!!

Com tanta reclamação do Guri, Adrielle resolveu facilitar um pouco
E pegou uma caixinha de madeira de onde tirou três esferas metálicas
Que flutuaram, ganharam mais brilho
E aqueceram o iglu onde eles estavam.

- Eles não estavam brincando de “cabaninha”? – perguntaria Olhos Azuis.
- Iglu ficou mais adequado! – responderia o Mago.


Desolados, molhados e chamuscados,
Os yetis olharam para o Dragão
Que, algo envergonhado, só conseguiu dizer uma palavra:
- Ops!

Já mais quentinhos, foi a vez de Adrielle:
- No meu caso, magoadinha foi pouco, mas não vou dizer como fiquei. Ela bem que sabe que um toque dele e seus problemas desaparecem e ela até pode ficar cantando de alegria; se sente bem e indestrutível, mas.... caramba... ela não muda!

Eis que, de repente, um estrondo e um apagão.

- Adrielle, de novo não!
- Ei, sem essa, não tenho nada com isso. Foi algo lá fora!
- Vamos ver então.


Um boneco de neve, procurando terras mais quentes,
Caira que nem a Estrelinha, bem no jardim do Mago.
Se bem que também esbarrou nos fios de energia
E tudo escureceu...

- Que lugar é esse? É a Bahia?

Esclarecido de sua localização,
Agradeceu o convite de hospedagem,
Pediu um chocolate quente e foi servido.
Despediu-se e concluiu:

- Obrigado por tudo. Estou procurando uns pinguins. Aqui é muito frio. Vou é pra Bahia! Fui..................

Mago Merlin... apesar do frio, mantem o bom humor... aquele que sempre esteve aqui!

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