22.8.10

Waiting for the sun

Há alguns dias, o frio polar e a chuva
Deixaram de ser uma constante.
O sol voltara a brilhar, mesmo que tímido,
O que deixou a todos aliviados.

O Mago andara misterioso, apesar de contente.
Resolveu sair cedo, ontem, e surgiu de novo, após o almoço,
Com uma estranha ave no ombro:
Pequena, da cor do ônix, com um chifre espiralado em sua fronte.

- Por que você estava a pé? E onde está o coche? – perguntaram.
- Viajaremos de agora em diante com o auxílio desta poderosa avezinha.
- Hum... poderosa? Até a corujinha de olhinhos puxadinhos é mais valente que essa aí. – retrucou Adrielle.
- De onde veio essa coruja?
- Me deixa, Guri.


O Mago, então, piscou para Ana
Que, ao que parece, já sabia de tudo.
A menina pegou a ave, afagou sua cabeça,
Pegou suas asas e as abriu.

O bichinho flutuou no ar, sob as vistas de Ana,
Enquanto o Mago lançou um raio de luz
E um som agudo pode-se ouvir,
Enquanto, no lugar da ave, novo coche foi materializado.

- Como eu ia dizendo... – ele concluiu.

Uma cesta, repleta de bombons
E duas garrafas de saboroso fermentado de uva,
Completou a surpresa que virou comemoração,
Já que essa novidade não era esperada.

De volta a seus afazeres...

- Ana, foi isso que aconteceu?
- Sim... ela reapareceu muito diferente.
- E o que você fez pra isso?
- Nada. Ei, onde está Adrielle?


“Você não precisa ser perdoada
E eu não quero te dar compaixão.
É um mundo louco, muito louco
Mas ele ainda está girando.

Não tente ficar muito complicada,
Mas às vezes fica tão escuro que você não consegue enxergar.
Eu sei que você está esperando pelo sol brilhar
E que está cansada de viver nas sombras.

Não desista de você,
Mesmo que tudo pareça muito triste...
E vê se cuida dessa sua alergia né?

Adrielle”

- Vá corujinha. Só você sabe o caminho.

Mago Merlin... o Bonfim o aguarda mais uma vez... aquele que sempre esteve aqui.

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