2.12.09

Os lobos, o menino e a tempestade

Mais uma tempestade e outro apagão...

- Não fui eu! Mania de achar que sempre que chove e falta luz a culpa é minha!
- Adrielle, isso já é rotina! – disse o Narrador.
- Dessa vez a culpa não foi dela...

Ana voltara sem Deborah.

- Onde está sua irmã, Beatriz?

Naquela noite, a matilha se reuniria ao leste.
Defenderiam suas terras de qualquer invasor,
Pois era lua cheia e, nesses dias, ninguém pode ser aproximar,
Já que seria considerado uma afronta à adoração das feras.

- Foi atrás dele com o Dragão. Criamos a tempestade para tentar atrasá-lo. Pediu que te avisasse.

Caminhou durante três dias e três noites
Até encontrar a floresta protegida,
Onde até mesmo os morcegos a evitam,
Pois sabem do perigo que podem correr.

Acampou, durante o dia, em silêncio,
Como já o fazia desde que começara sua jornada.
A tempestade se aproximava, levantou o acampamento
E caminhou depressa.

De longe os avistou sendo também farejado pelo líder.
Deborah também o viu, mas ainda estava distante.
Ele tirou da sua mochila um restinho de encantamento,
Para afastar as nuvens e deixar a luz da lua o revelar.

Num último momento de hesitação
Recebe um recado trazido pela corujinha dos olhinhos puxadinhos:
- Preste bem atenção!

- E o que mais havia no recado? – perguntou o Narrador.
- Só sei que foi o suficiente para que ele recuasse a tempo do dragão criar uma barreira de fogo entre ele e as feras.

Neste momento, Deborah entra na casa, a tempestade cessa e a luz volta.

- Ele está bem. Virá pela manhã.

Mago Merlin... aquele que sempre esteve aqui!

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