19.1.11

Sonhos e Despedidas

A primeira a chegar foi a Fada Madrinha…

- Guri! Traga Melinda! – ela determinou.

Muito nervosa, pois o perigo mora na lua cheia,
Aproximou-se da velha fada, ainda carecendo se arrumar,
E perguntou do que se tratava,
Já que nunca tinha falado com uma fada de verdade.

- Menina... em que mundo você mora? Nunca ouviu falar da Cinderela e de tantas outras? Vim resolver seu maior sonho, para que você participe da festa!

Num toque de sua varinha de estrelinha na ponta,
Um belo vestido preto, para manter seu estilo,
Substituiu as roupas de usar em casa,
Complementado com bela presilha prateada no cabelo.

- Obrigada, Fada Madrinha! Nem precisava se incomodar.
- Mas isso não é tudo! De agora em diante, os lobos nunca mais te incomodarão e você seguirá sua vida sem precisar ter medo da lua cheia. Você agora está invisível para eles.

Ela correu para fora da casa...
Procurou pela lua, ainda escondida pela chuva (ela chora),
Agradeceu a grande benção, abraçou o Guri
Que, por sua vez, ficou meio enrubescido.

- Tenho que dar uma saidinha, tá? – piscou para o Guri – Mas eu volto. Fui!

Como chegou, ela sumiu.
Ana e Adrielle, que tudo observaram,
Voltaram a seus afazeres, pois o tempo é curto,
Já que a festa acontecerá em dois dias.

Fui encontrado(Narrador) conversando com Deborah.
O sorriso de Adrielle desmoronou,
Pois o menino fora embora
E preferiu não se despedir (seria maior o sofrimento).

Pulamos isso? É melhor...

Sonhos, despedidas, alegrias, tristezas...
Lua Cheia... a primeira do ano...
Tudo muda, nada será igual
E novas decisões serão tomadas...

Na despedida dessa narrativa, ficam trechos de um soneto,
Com um toque pessoal entre parênteses,
Pois cada um escreve para cada um
E nem sempre as palavras são assim... tão exatas...

“Te peço desculpas por estar indo embora
Assim tão de repente, sem sequer avisar (mas acho que você já sabia).
É que meu coração cansou, e não é de agora
Vem de muito sofrer...

Sei bem querida que te jurei amor eterno
E prometi por nada no mundo te abandonar
Mas de repente o meu céu (quase) tornou-se inferno
Por minha vida te dar e mais nada ganhar

[...] Somente cansei desse seu desprezar

E este é tanto o motivo de meu desalento
E mesmo te amando, aqui neste momento
Estou indo embora pra (talvez) não mais voltar”

Narrador, citando André Moraes... o Mago saiu com o Dragão, na direção da lua... mas ele continuará por aqui, como sempre!

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