11.1.11

Tempo

Chuvarada e apagão…
No seu melhor estilo, Adrielle não poderia deixar barato
E pediu até ajuda à lua, aquela da montanha,
Pois, afinal das contas, ele sempre procurou por ela.

Com vassouras e esfregões voando pelos ares
E empurrando tudo na direção do norte,
Surge Sininho, indignada:
- Meu... dá pra parar com isso? Já viram o estrago lá na muralha?

“Invernos, impérios, mistérios,
Lembranças, cobranças, vinganças
Assim como a dor que fere o peito,
Isso vai passar”

Ana assustou-se e Adrielle enrubesceu.
Melinda, de lenço na cabeça, auxiliada pelo Guri,
Quase morreu de rir da cara das meninas.
- Você é Ana Beatriz! Como você cresceu!

Antes que qualquer outro assunto fosse comentado,
Sininho se foi, numa nuvem de pirlimpimpim,
Para voltar a qualquer momento,
Não se sabe bem quando.

“E todo medo, desespero e a alegria
E a tempestade, a falsidade, a calmaria
E os teus espinhos
E o frio que eu sinto,
Isso vai passar, também.”

Em algum momento tudo passa,
Deixa lembranças, doces momentos,
Brilhos, cores, alegrias, tristezas,
Erros e acertos.

“Saudades, vaidades, verdades,
Coragem, miragens e a imagem no espelho,
Como a dor que fere o peito,
Isso vai passar, também.”

Será? Faltam nove dias para a lua cheia
E este é o tempo que resta:
Aquele que foi dado para resistir à dor,
Para suplicar por seu amor...

- Como ela sabia quem eu era?
- Um dia eu te explico, Beatriz...

Mago Merlin... continua seguindo o “Manuscrito”... aquele que sempre esteve aqui!

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